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Category Páginas da Vida

Aos três anos, e pertinho do Natal de 2014 , Lucas foi diagnosticado com Leucemia Linfóide Aguda tipo B (LLA B) e luta para ter uma vida igual às crianças da sua idade.

Sorridente, brincalhão e cheio de vida, quem vê o pequeno Lucas andando pela casa ou brincando com seus bonecos, não imagina que atrás desse sorriso fácil existe uma batalha contra a leucemia.

Diagnosticado em dezembro do ano passado, após uma série de idas e vindas ao hospital, Lucas Silva e seus pais, Andreia e Anderson, sofreram com a demora do diagnóstico correto.

“O Lucas começou a apresentar alguns sintomas faltando dois meses para fazer 4 anos. Ele teve febre, vômito, anemia, dificuldade pra andar, sentia muito sono e cansaço. Só queria dormir.  Parou de comer totalmente, só mamava e o que nos deixou ainda mais alarmados foram uns caroços que apareceram na parte de trás do pescoço.  Eu o mediquei com dipirona, a febre cessava e voltava. Levamos ele ao Pronto Socorro – PS do nosso convênio, e a médica de plantão, prescreveu um antibiótico, disse que era uma gripe. Ele tomou esse antibiótico por 1 semana e continuou na mesma situação. Depois de uma semana, voltamos ao PS, e para a nossa “sorte” a mesma médica nos atendeu e mandou continuarmos com o antibiótico. Na ocasião, conversei com o meu marido e decidimos não dar mais o antibiótico e marcar uma consulta com a pediatra que o acompanhava. Na segunda conseguimos passar na médica, o Lucas já não andava mais, só queria  colo. Eu e meu marido entramos com ele pálido e cansado. É muito triste ver um filho nestas condições. A médica o examinou, pediu exames de sangue, urina, fezes e fizemos tudo o mais rápido possível. À tarde, meu marido recebe uma ligação da pediatra pedindo para fazermos novamente o exame de sangue. Neste momento, já sabíamos que tinha algo errado. Fizemos o exame de sangue no dia seguinte bem cedo, à tarde ela chamou pra conversarmos no consultório. Na hora que ela nos falou que era Leucemia nosso mundo acabou. Nos sentimos frágeis, pequenos, sem poder algum. Ver um filho naquela situação, em nossos braços, pálido, sem andar, sem comer e sem forças nem pra sentar foi horrível”.

Quando vocês descobriram o diagnóstico do Lucas, qual foi a primeira coisa que passou na sua cabeça?

“Na hora que ela disse Leucemia, veio na minha cabeça, Leucemia é Câncer e Câncer MATA!

Meu Deus  vou perder meu filho, lindo, amado, cheio de vida, sorridente, carinhoso, que foi tão esperado e desejado! Saímos do consultório diretamente para o Hospital para ele ser internado. Ficamos internados por quase 10 dias. Ele foi internado dia 9/12/14, dia 15/12 saiu o resultado do mielograma, que foi feito dia 10 em Santo André, São Paulo. O laudo final do tipo de doença saiu dia 18/12. Acabou com o nosso ano e com o nosso Natal. O médico oncologista deu alta dias antes do Natal para podermos passar a data em casa. Bom, nesses dias que o Lucas ficou internado, ele ficou o tempo todo tomando antibióticos, depois que a febre cessou, tomou várias bolsas de sangue e plaquetas. Não tínhamos motivo algum pra festejar o Natal, mas decidimos festejar e fazer uma festa bem bonita pro nosso pequeno. Acho que foi a festa de Natal mais triste e importante de nossas vidas! Depois que ele teve alta do hospital, ele melhorou bastante, não estava mais tão pálido e já andava melhor e sem dificuldade. Antes do Natal, ele ainda chegou a fazer duas quimioterapias. Na primeira quimio eu chorei muito. Ver seu filho fazendo um negócio desse, não é fácil. Senti uma dor profunda na alma, graças à Deus, ele fez a quimo dormindo o tempo todo. Na segunda, que foi dia 23/12/14, o Papai Noel do Shopping, foi até o hospital, e perguntou se haviam  crianças, levaram ele direto para o Lucas. Ele ficou super feliz e isso me deixou feliz também. Esses pequenos gestos fazem a diferença”.

E como foi explicar isso para uma criança de 3 anos?

“Em janeiro, começamos o tratamento com afinco, indo de segunda a sexta ao médico, o Lucas tomando injeções, fazendo exames todos os dias, fora as injeções na coluna, as internações, etc…, falava que ele tem um dodói no corpo, e falo que todas essas injeções é pra ele sarar logo. Por causa da Leucemia, o Lucas tem várias restrições, não pode ir à piscina, praia, tomar sol, comer embutidos ou tomar Yakult. Mas sempre que ele quer  fazer algo que ele não pode, pergunta: `Mãe eu já sarei???’ Isso acaba comigo. Tento ser forte, sempre. E respondo pra ele: Quase Amor, você está quase sarando! Assim que o Lucas ficou internado, fizeram um exame nele chamado mielograma, pra saber o que realmente o Lucas tinha, qual tipo de leucemia. Ele foi diagnosticado com a Leucemia Linfóide Aguda tipo B (LLA B). De tudo o que passamos, mesmo ele tendo Leucemia, eu agradeço todos os dias, por ele não precisar de transplante. O Lucas respondeu muito bem todo o tratamento, nunca apresentou manchas roxas na pele, nunca sangrou, nunca foi internado com infecção. As internações dele foram somente para transfusão de sangue ou plaquetas, eu só tenho a agradecer por isso tudo! Depois que passamos a frequentar esse tipo de ambientes, com crianças doentes e vendo o nosso próprio filho doente, nós passamos a ver nossa vida com olhos diferentes. Começamos a dar mais valor ao que não dávamos antes e não queremos mais saber de “besteiras” do dia a dia. Hoje, eu mãe do Lucas, não trabalho mais, tive que deixar tudo, por causa do tratamento do meu filho, meu marido é quem  trabalha o tempo todo para poder custear o tratamento e tudo mais. O tratamento consome demais meu tempo, sou eu quem levo  o Lucas nas consultas, nos exames e nas internações. Isso absorve meu tempo, meu psicológico, sempre estou cansada, por muitas vezes, quase fiquei depressiva, mas “coloquei” na minha cabeça que ficar depressiva, não vai ajudar em nada, sou eu que tenho que estar ao lado do Lucas, sou eu quem tem que ser forte por ele, sou eu que tenho que segurar a mão dele na hora das injeções e tudo mais. Minha força vem do meu filho. Ele mesmo doente, tomando injeções todos os dias, está sempre sorrindo, sempre feliz e isso me dá forças. Por ele ser uma criança e não um adulto, o tratamento dele foi muito bom, não entende a gravidade da doença e acaba não tendo a expectativa da internação ou de saber o resultado de um exame. Isso tudo só faz ajudar o fato dele ser inocente e pequeno. Se fosse comigo, não sei se teria toda essa “força” que ele tem! Sou privilegiada, meu marido é companheiro, somos mais unidos do que éramos antes, a minha família e minha sogra nos ajudou muito. Não conseguiríamos passar por tudo isso sozinhos. O tratamento é cansativo e pesado e às vezes, por mais que tudo está indo bem, nos sentimos tristes e cansados. Família ajuda muito!”.

Como era a mãe Andreia antes do diagnóstico e como é a mãe Andreia agora?

“Antes do diagnóstico, me importava com “besteiras” do dia a dia, festas, passeios, viagens, etc…, hoje em dia, nem me lembro quando foi a última festa que fui. Como o Lucas não pode ficar saindo por causa da imunidade baixa, faz um tempão que não saio e isso me mostrou que não me faz falta. Penso em só ficar com o meu filho e saber que ele está bem e feliz”.

Para finalizar, deixe sua mensagem para todas as mães que estão passando pela mesma situação:

“Eu me achava incapaz de passar por tudo isso, mas a nossa força vem dos nossos filhos. Não podemos nos abalar pela doença, temos que ser fortes por eles; temos que estar atentas ao tratamento, que é pesado, que é perigoso e é cansativo. O Lucas no início tomava vários remédios diferentes em horários diferentes e nós somos os responsáveis pelo bem estar e qualidade de vida deles, então temos que estar atentas a tudo.”                                                                                                              

Entenda a Leucemia
A leucemia é um tipo de câncer no sangue (hematológico)  causada por uma alteração no DNA das celulas-tronco dentro da medula óssea. Tem como principal característica o acúmulo de células jovens anormais na medula óssea que substituem as células sanguíneas normais. A causa exata da maioria dos casos de leucemia infantil não é desconhecida. Os médicos descobriram que o risco desse tipo de câncer é maior em uma série de condições genéticas. Existe vários tipos de leucemia e as mesmas atingem crianças e adultos.

Segundo o Instituto Nacional do Câncer – INCA, ocorrem cerca de 257 mil casos de leucemia por ano no mundo, dos quais cerca de 56% afeta os homens. O número de casos novos de leucemia vem aumentando ano após ano. A causa exata da maioria dos casos de leucemia infantil não é conhecida. Os médicos descobriram que o risco desse tipo de câncer é maior em uma série de condições genéticas, que são descritos em fatores de risco.

***

NOVEMBRO DOURADO
O mês de novembro é também conhecido, mundialmente, como Novembro Dourado – ação realizada pelas entidades que oferecem apoio ao tratamento do câncer infantojuvenil em parceria com a CONIACC (Confederação Nacional de Instituições de Apoio e Assistência à Criança e ao Adolescente com Câncer).

O objetivo é divulgar a importância da discussão do diagnóstico precoce do câncer Infantojuvenil para a sociedade, com a ajuda dos meios de comunicação e principalmente, sensibilizar o Ministério da Saúde para que sejam implementadas políticas públicas em favor do diagnóstico precoce do câncer Infantojuvenil.
Os tumores mais frequentes na infância e na adolescência são as leucemias, os do sistema nervoso central e os linfomas. Os menos frequentes são o neuroblastoma (tumor de células do sistema nervoso periférico, frequentemente de localização abdominal), o tumor de Wilms (tipo de tumor renal), o retinoblastoma (afeta a retina, fundo do olho), o tumor germinativo (das células que vão dar origem aos ovários ou aos testículos), osteossarcoma (tumor ósseo) e os sarcomas (tumores de partes moles).
Até o final de 2015, o Brasil terá cerca de 11.840 novos casos de câncer em crianças e adolescentes, sendo que 70% dos casos podem ser curados, se diagnosticados precocemente.

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Aos 30 anos e no sexto mês de gravidez, Juliana Moro foi diagnosticada com melanoma maligno nível III

Nem todo mundo que entra em uma batalha sai vencedor. Porém, muitas vezes, apenas o ato de lutar pelo que se acredita, superando os seus limites e medo, já é uma vitória. Enfrentar um câncer de peito aberto, com um sorriso e amor no coração não é fácil para ninguém, imagine receber o diagnóstico grávida de seis meses?

Aos 30 anos e grávida do seu primeiro filho, Juliana Moro descobriu o melanoma maligno nível III. Artista Plástica, esposa, irmã, amiga e filha dedicada, ela viu sua vida virar de ponta cabeça em questão de segundos.

“Fiquei em choque! Estava grávida de 6 meses e de imediato o que passou pela minha cabeça foi: será que essa doença pode afetar minha bebê?! Porque estou recebendo um diagnóstico desse bem durante a minha gestação?!”

“Minha descoberta do câncer aconteceu em dezembro de 2013, quando estava grávida de 6 meses. Senti um caroço, como se fosse uma espinha no couro cabeludo. Esse caroço aumentava e diminuía constantemente. Com o passar do tempo esse caroço começou a coçar e incomodar bastante. Fui ao dermatologista e a médica solicitou uma biópsia, mas me acalmou dizendo que provavelmente era uma verruga. Depois de algumas semanas veio o resultado – melanoma maligno nível III. Nem a dermatologista sabia como me dar essa notícia! Apenas me disse que era extremamente grave e de imediato fui encaminhada ao hospital AC Camargo para uma nova avaliação. Lá eles repetiram a biópsia com uma margem maior do local e a confirmação veio conforme o primeiro exame – melanoma maligno nível III. Fiquei em choque! Nunca tinha escutado falar em Melanoma e muito menos o que ele poderia me causar!! Meu maior medo era que essa doença chegasse até minha bebê e muitas dúvidas rondavam minha cabeça. Foi então que minha jornada começou”.

“Realizei diversos exames para saber se estava tudo bem com o restante do corpo e com a bebê. Os oncologistas se reuniram com minha obstetra e concluíram que o ideal seria realizar o parto assim que completasse 7 meses de gestação. A opção de realizar a cirurgia com a bebê no ventre não foi aconselhável pelos riscos que poderia acontecer, e nem eu queria isso, não achava justo roubar a magia da gestação por causa de uma doença tão cruel. Resolvi então tomar a minha decisão de segurar a gestação até o oitavo mês! Os médicos, meu marido e meus pais não gostaram nada da ideia, mas tiveram que aceitar minha escolha e assim foi”.

Medo, dor, anseios e insegurança são sentimentos que vêm a tona, por conta da fragilidade e impotência que a doença traz na vida de qualquer pessoa diagnosticada com câncer. Mas Juliana passou por cima de todos os seus medos e decidiu encarar o câncer com muita fé e otimismo pelo seu marido e filha.

“No dia 04 de fevereiro de 2014 minha filha nasceu! Foi um dia de grande emoção! A única coisa que me preocupava era de saber se ela estava bem de saúde. Minha pequenina seguiu para a UTI Neo Natal e permaneceu por lá por 7 dias. Foi a semana mais longa de toda minha vida! Foram dias de muita dor e muita angústia. Passava o dia inteiro no hospital realizando exames preparatórios para minha cirurgia e acompanhando a evolução da Maria Clara na UTI Neo Natal. Podia segurá-la no colo, amamenta-la…mas sempre em volta de um monte de fios, cheio de horários e restrições…aquilo tudo era muito pesado! Eu chorava todos os dias! No dia 11 de fevereiro dei entrada no AC Camargo para realizar minha cirurgia e deixei minha mãe responsável por acompanhar a Maria Clara no hospital. A angustia de não estar perto da minha filha era terrível. No dia 12 de fevereiro, data da minha cirurgia a angustia era ainda maior. A insegurança de tudo o que poderia acontecer, o medo do que viria depois e a tristeza e não estar ao lado da minha filha! A coisa que eu mais queria naquela hora era receber a ligação da minha mãe dizendo que a Maria Clara teve alta. Foi então que o telefone tocou e minha mãe me disse – Filha, a Maria Clara teve alta! Já podemos ir para casa! Eu que estava deitada na maca dei um pulo e gritei para o meu marido – vai agora buscar nossa filha que ela vai para casa!!! E como se fosse um presente para me acalmar, na mesma hora, o enfermeiro entrou no quarto e disse – Juliana vamos para o centro cirúrgico? E eu pulei daquela maca sem nenhuma dúvida ou medo, apenas confiante que logo estaria em casa cuidando da minha pequena. A cirurgia demorou mais de 4 horas, mas foi um sucesso. Retiraram o tumor com uma grande margem de segurança, juntamente com alguns linfonodos do pescoço para análise. Voltei para o quarto parecendo uma múmia…rs…A dor era intensa e tinha muita dificuldade de falar e de me alimentar. No dia seguinte o médico passou pelo quarto e perguntou como eu estava. Mesmo com muita dor eu disse – Doutor, estou me sentindo ótima! Já posso ir para casa?E ele como um anjo disse – ok! Vou te liberar logo pra você ficar com sua filha. Cheguei em casa e mesmo com muita dor e restrições, fui correndo para o quarto dela e peguei minha pequetita no colo! Esse foi o melhor presente de todos”, emociona-se Juliana.

A pequena Maria Clara trouxe luz e esperança para a artista plástica. Depois de 15 dias sem poder lavar o rosto, Juliana voltou para o hospital para a retirada do curativo.

“Foi a primeira vez que me vi careca! Foi assustador! Mas a alegria de estar viva e ter superado aquele tormento era maior que tudo. Aos poucos ia me adaptando a nova fase.
Fui encaminhada ao oncologista, o Dr. Milton, especializado em melanoma. O resultado de meus linfonodos estavam livres de neoplasia, mas mesmo assim o médico achou melhor realizar um tratamento preventivo com Interferon. Inicialmente passaria por doses diárias, via venosa por 30 dias e depois partiria para o tratamento 3 vezes por semana com doses intra muscular”.

“Confiei muito no médico e um mês depois da minha cirurgia iniciei o tratamento. Infelizmente tive que parar de amamentar, mas achei melhor fazer a escolha de prevenção do que o medo da doença retornar. Não podia imaginar, mas este foi o tratamento mais difícil de todos que passei até hoje. Tive todos os efeitos colaterais possíveis – dores fortíssimas pelo corpo, dor de cabeça constante, febre diária, vómito, sangramento nasal, enjoo, calafrios, ora diarreia ora constipação, perda do paladar, palpitações e diversas reações cutâneas. Depois de longos 6 meses o médico suspendeu meu tratamento por toxidade. Tive finalmente um descanso e pude curtir um pouco minha licença maternidade.”

No final do ano de 2014 comecei a ter sangramentos junto com as fezes e o médico me solicitou um novo PET CT. Em janeiro de 2015 saiu o resultado – Neoplasia óssea localizada na bacia. Fui submetida a uma biópsia e a confirmação veio depois de uma semana – Metástase de Melanoma. Foi muito difícil de digerir essa informação! Tinha feito tudo o que o médico pediu como forma de prevenção, mas infelizmente a doença havia se espalhado.

Iniciei então o tratamento de imunoterapia com Ipilimumabe. Foram 4 doses e suportei muito bem o tratamento, tendo poucos efeitos colaterais. As dores no local da bacia passaram a me incomodar muito e então fui encaminhada à radioterapia. Realizei 5 sessões diárias, apenas com o intuito de diminuir a dor. No final do tratamento repeti o PET CT e novas metástases surgiram – abdomen, alça do intestino e pescoço. Fui encaminhada então para um novo tratamento, também na área da imunoterapia chamado Nivolumabe. Antes de iniciar o tratamento refiz o PET CT e novas metástases apareceram – 7 ossos e uma no fígado. Rapidamente comecei o tratamento. Confesso que com o passar do tempo, receber a noticia de mais e mais metástases não era fácil, mas uma força muito grande ia se formando dentro de mim.

No começo do mês, como de rotina, realizei uma nova bateria de exames e para minha surpresa tive mais 7 novas metástases ósseas, totalizando 14 (fêmur, tíbias, ombro, braço, várias na bacia, coluna e em duas costelas). Meu oncologista também não ficou feliz com esse resultado, então mudamos a estratégia e agora partirei para a quimioterapia tradicional, com previsão de 6 ciclos inicialmente. Durante toda essa minha luta criei uma página no facebook chamada – Um melanoma em minha vida. Nela, relato os acontecimentos dessa minha jornada contra a doença e as dúvidas e alegrias que vou encontrando pelo caminho. Uma delas, a mais emblemática, foi o convite que recebi para ser a vice-presidente da ONG Melanoma Brasil. O convite veio da fundadora da ONG e hoje minha grande amiga Rebecca Montanheiro, que também teve o diagnóstico de melanoma.

Como era a Juliana antes do diagnóstico e como é a Juliana agora?

“A Juliana antes do diagnóstico é também a Juliana antes da gravidez. Não dá para separar uma coisa da outra. Antes do diagnóstico e da gravidez eu era uma pessoa que trabalhava muito e tinha pouco tempo para os amigos e família. Não conseguia participar dos eventos rotineiros como aniversários, férias prolongadas ou datas comemorativas, estava sempre trabalhando! Fumava muito e sempre que podia tomava uma cerveja para descontrair. A Juliana antes do diagnóstico/maternidade se preocupava muito com a opinião dos outros e com futilidades. A Juliana antes do diagnóstico/maternidade chorava por qualquer coisa e oscilava demais com suas emoções e desejos. A Juliana antigamente se entristecia com facilidade e sofria sem muito motivo. Hoje, me considero uma pessoa muito melhor e muito mais feliz! Em todos os sentidos. Me sinto uma pessoa mais humana, mais calma, mais segura. Hoje me sinto mais amada e mais amável. Me sinto mais forte e muito mais corajosa. Me sinto mais confiante e com uma fé renovada!

“Não existe remédio melhor do que o amor dos familiares e amigos. Isso transforma a vida das pessoas. Se você não sabe dizer em palavras, demostre em atitudes. Ajude nas tarefas diárias, faça pequenos agrados, vibre com as pequenas vitórias e doe a maior positividade que existe dentro de você!”. Esse é o recado que a Juliana More, essa guerreira, quis deixar para as pessoas que têm algum parente ou amigo diagnosticado com câncer.

“Não é fácil lidar com essas reviravoltas que a vida dá, ainda mais quando se trata da nossa saúde e de uma doença tão cruel e feroz como é o câncer, mas nunca perdi a fé e nunca desisti de viver!! Vou ter que encarar pela segunda vez a perda dos cabelos, vou ter que enfrentar uma fase muito difícil de efeitos colaterais, mas sigo lutando diariamente para ser feliz e aproveitar tudo que me for permitido!.”

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Dona de um sorriso acolhedor e uma blogueira de sucesso, Sonia conta um pouco da sua luta contra o Linfoma de Hodgkin, tipo esclerose nodular, estágio IV e como ele mudou a sua vida.

Aventureira das artes. Adora rabiscar alguns desenhos e vive fotografando tudo pela frente. Assim é Sonia Niara, uma jovem que esbanja alegria e amor por onde passa. Aos 21 anos foi diagnosticada com Linfoma de Hodgkin e viu sua vida mudar da noite para o dia. Vamos conhecer um pouco a história dessa guerreira, que mesmo com todos os obstáculos, tirou lições positivas da doença e hoje é inspiração para milhares de pessoas.

Aos 18 anos Sonia deu um grande passo em sua vida, foi em busca de seu sonho: faculdade de medicina veterinária em uma universidade pública. Mesmo distante da família e dos amigos, ela colocou o medo e as incertezas dentro da mala e foi mesmo assim. Mal sabia que esse era apenas o primeiro desafio que iria enfrentar.

Alguns anos depois, já acostumada e feliz com a nova vida, Sonia sentiu alguns caroços no pescoço e resolveu procurar um médico.

Para descartar a pior hipótese o primeiro médico que procurei foi um oncologista. Fiz uma punção aspirativa e deu negativo para células anormais. Comecei a passar por muitos outros médicos, para entender o por quê dos gânglios, da coceira pelo corpo e da tosse seca. Na semana em que eu tinha uma consulta com um médico de cabeça e pescoço acordei com uma febre muito alta, suando, com o pescoço extremamente inchado e dolorido. Então, fiz a biópsia cirúrgica e dias depois, no  dia 8 de outubro de 2012, no auge da juventude, aos 21 anos, tive o diagnóstico de Linfoma de Hodgkin, tipo esclerose nodular, estágio IV. Foi o começo de uma grande batalha! ”.

Receber o diagnóstico de um câncer não é fácil, aliás deve ser uma das piores notícias que uma pessoa pode ter. O sentimento é de medo, angústia e perda. Imagine para uma garota de 21 anos? Sonia estava no começo de sua vida, com planos e certezas e não esperava por uma provação tão forte como essa.

Com toda a sinceridade, foi um tanto quanto inexplicável para mim. Em partes eu sabia que poderia ser algo grave, mas quando a suspeita se confirmou, em meio às lágrimas e consolada pelo abraço da minha mãe, eu fui tomada de uma certeza tão grande de que tudo daria certo, independentemente do tempo que eu tivesse que permanecer nesse trajeto. E, claro, depois desse momento, vieram muitas dúvidas em relação ao tratamento e efeitos colaterais. Mas, prezo em viver um dia de cada vez”.

E foi rodeada de muito amor que ela ergueu a cabeça e decidiu encarar o Linfoma.

Fiz 8 meses de quimioterapia e tive a remissão total. Com tamanha felicidade, ganhei uma viagem internacional e quando voltei, fiz o primeiro exame de controle. Nele, encontramos uma massa no pulmão. Fiz uma cirurgia para biópsia, retirei o ápice do pulmão esquerdo. Foi então que descobri: o Linfoma de Hodgkin estava ali novamente”.

A primeira batalha já estava vencida,  e como ela mesma diz, precisou mais uma vez mostrar para a vida que quem manda é DEUS, e que não ia deixar o câncer estacionar novamente.

Fiz 4 meses de uma nova quimioterapia. O Linfoma de Hodgkin resistiu. Entrei com o pedido de uma ‘Medida de Salvação’, com um medicamento importado e de última geração. Fiz 3 aplicações e não teve um resultado esperado. Em Junho de 2015 fiz 20 sessões de radioterapia, pois é um tratamento essencial para destruir o Linfoma. Foi quando a boa notícia veio: houve remissão quase que total do Linfoma. Decidimos seguir por um protocolo de quimioterapia mais forte, o qual foram 4 internações de 20 dias cada”.

Atualmente, Sonia está se preparando para um novo tratamento chamado Interleucina e futuramente um PET SCAN (sigla em inglês para a tomografia por emissão de pósitrons – Positron Emission Tomography).

De todo o tratamento: qual foi a fase mais difícil para você e sua família?
Creio que para a minha família o que gerou sofrimento em alguns momentos foi a expectativa, pelos longos 3 anos de tratamento. Mas, para mim, o momento mais difícil foi quando peguei o resultado do PET Scan após o Transplante de Medula Óssea Autólogo. O tumor estava maior do que antes. Isso foi um grande susto, embalado por muitas perguntas, mas principalmente a dor de ter passado 30 dias internada com fortes efeitos colaterais e isso não ter feito nem ‘cócegas’ no Linfoma.

Conte um pouco da sua família e de como ela está sendo essencial para vocês nesse momento:
Minha família basicamente se resume aos meus pais e meus 4 irmãos, com suas esposas e meus 5 sobrinhos. Família é essencial, não importa o tamanho! E, tê-los por perto foi fundamental em todo o processo. Eles foram as primeiras pessoas a verem cada etapa, o que me ajudou também na fase de ACEITAÇÃO da perda dos cabelos. Ver que o processo de transformação não atingiu somente a mim, mas a eles também, me faz ver mais ainda que tudo tem um propósito, bem como pensar no sofrimento deles me deu muita força para lutar em determinados momentos!

Como era a Sonia antes do diagnóstico, e como é a Sonia agora?
Sinceramente, eu vivia em um momento bem egoísta da minha vida, somente pensando em meus sonhos, meus planos, meus projetos. Ao mesmo tempo, meu coração estava DESTRUÍDO, resultado de eu mesma tê-lo guiado pelas minhas vontades. Eu mal sabia quem eu era, mal sabia expressar minhas emoções e razões de forma saudável. Era totalmente influenciada pelos outros e pelo meu enganoso coração. Feria as pessoas sem arrependimento algum. Eu não estava vivendo, na verdade eu estava morrendo.

Hoje, percebi que estou vivendo verdadeiramente. O que não significa me achar perfeita, mas significa me ACEITAR como sou, mas também não me conformar como estou. Aprendi que sempre posso recomeçar. Me sinto em constante crescimento, mesmo já sendo adulta. Aprendendo a deixar minhas vontades egoístas morrerem e me expressar com liberdade, mas sem irresponsabilidade. Aprendi que sempre posso recomeçar.

Você precisou ser forte desde o começo. De onde você tirou e ainda tira tanta força e esperança?
Eu entendo essa pergunta não como ‘de onde’, mas ‘de quem’ tirei forças. E não há outra resposta se não a perfeita força de Deus, que nos é dada na medida certa. Sem Jesus, tenho plena convicção de que eu não chegaria até aqui. Pois em muitos momentos de sofrimento e dúvida, somente a presença Dele me resgatou. E crer em seus propósitos para minha vida, foi a grande força que me impulsionou e continua a me motivar nessa luta.

Para finalizar, deixe uma mensagem para todas as pessoas que passam pela mesma situação que você:
De todas as coisas que posso dizer, a primeira delas é: tenha paciência! Paciência com as pessoas, paciência consigo mesmo e, principalmente, a paciência de esperar o agir de Deus, pois Ele age em tempo e forma perfeitas. E, segundo: não desista! Eu recebi muitas notícias de que realmente parecia ser o fim.

Não desistir da vida e do tratamento é fundamental, pois não sabemos o que o futuro nos reserva, e nesse futuro, tudo pode mudar! 

O meu maior desafio é expor em palavras o que tenho vivido e de alguma forma ajudar as pessoas que lutam pela mesma causa que eu: o combate ao câncer, ” finaliza.

 

Inspire-se com essa jovem blogueira e descubra um pouco mais como essa guerreira enfrenta o Linfoma!

Entre no site https://sonianiara.com/

Facebook:  https://www.facebook.com/sonianiara/

 

Entenda o Linfoma:

Linfoma é um tipo de câncer que se inicia nas células que fazem parte do sistema imunológico do nosso corpo – o Sistema linfático. O linfoma é um câncer do sangue e é a patologia que tem maiores chances de CURA. É importante saber qual o tipo de linfoma você tem, pois cada tipo tem uma forma de tratamento e prognóstico. Existem dois tipos principais de linfoma: o  e o LINFOMA NÃO-HODGKIN (LNH). Pergunte ao médico o seu tipo de linfoma e fique atento ao tratamento ideal!

Conheça os tipos de linfoma e seus sintomas e opções de tratamento. Caso tenha alguma dúvida, entre em contato conosco pelo 0800 773 3241 ou pelo e-mail contato@espacodevida.org.br

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Foto: Américo Nunes

Aos 61 anos, casado e pai de três filhos, José conta como é o seu dia a dia de luta contra o câncer renal.

Com um sorriso fácil e uma fala leve e esperançosa. Esse foi o senhor José durante toda a entrevista. Aos 55 anos, ele foi diagnosticado com câncer renal e conta como é o seu dia a dia contra essa doença.

“Fui diagnosticado no início de março de 2010, em um exame de rotina, anual, com Dr. Fernando Raposo, clínico geral em Recife. Fiz a ultrassonografia do abdômen e acusou o câncer. Decidi fazer logo a cirurgia, bem como o acompanhamento e tratamento. Sem a minha família, mulher e filhos, eu não teria forças para lutar”.

Advogado e gestor de Captação de Recursos de entidade social que cuida de crianças, José diz que após 10 dias da cirurgia, voltou a trabalhar.

“Com o incentivo da minha família e médicos voltei a trabalhar. O trabalho é e foi terapêutico desde o meu diagnóstico. Minha assistente, prestativa, me ajuda sempre, e ainda coloca água sistematicamente para eu não esquecer de beber”.

Medo…insegurança…prazo curto de vida… o que fazer…..essas e milhares de outras dúvidas e sentimentos passaram por sua cabeça. É normal que uma pessoa fique com receios, questionamentos sobre o futuro, porém se abastecer com muito amor da família, pensamentos positivos e de informação confiável é essencial para afastar esses pensamentos ruins.

“Procuro não me vitmizar, mas sei que acabo sendo o centro de todas as atenções e cuidados no meio familiar e até com amigos próximos. Sou poupado de notícias ruins e tristes. Por mais clichê que seja, é fundamental o carinho, cuidados, compreensão e paciência”.

José está em tratamento há seis anos e afirma que a fase mais difícil para ele e sua família foi o impacto inicial, o diagnóstico. 

A descoberta do câncer mexeu com todos, porém senti e sofri bastante com os efeitos colaterais dos medicamentos. É muito difícil! Afinal, são seis anos de convivência com a doença e de luta, completados agora, em 10/03”.

Questionado sobre a sua alimentação e se teve alguma mudança drástica no cardápio do dia a dia, ele explica que no início mudou drasticamente por conta dos receios do futuro incerto.

“Tenho uma filha nutricionista, que foi e tem sido fundamental no meu acompanhamento, mas ressalto que tenho alimentação normal e que naturalmente tomo todos os cuidados com controle de sal, gorduras e etc. O importante tem sido a regularidade na alimentação, o que em alguns períodos fica difícil, pela inapetência decorrente dos medicamentos.”

Quem conhece o José e o vê hoje em dia, percebe o quanto ele mudou desde o seu diagnóstico. E não é só a questão de alimentação não. Ele mudou como pessoa e removeu da sua vida tudo aquilo que lhe fazia mal.

“Mudei muito. Estou menos estressado. Sem fazer de pequenos problemas, grandes problemas. Procuro efetivamente viver os momentos. Tornei-me mais sensível e atencioso com a vida, a natureza, e o que efetivamente vale a pena. Prezo mais as amizades, sou mais solidário e ajudo muito as pessoas. Ofereço conforto a quem vivência problemas que efetivamente mereçam atenção”.

Durante a fase da quimioterapia, realizada em São Paulo, José diz que foi um ciclo novo, de novas amizades, e conseguiu, por meio da sua fé e bondade, fortalecer as pessoas que estavam passando pela mesma situação que ele, com palavras positivas e de esperança.

Em algum momento você pensou em jogar tudo para o alto e desistir?

“Não, nunca. Minha família, amigos e médicos nunca deram espaço para esse posicionamento. Meu tratamento é muito humanizado e de resultados muito positivos. Uma benção de Deus ter conhecido o Dr. Fábio Schultz, com sua leveza e doçura. Tornou-se um amigo médico. Isso é muito terapêutico. Aliás, todo o ambiente hospitalar, médico, é fundamental, não só com relação às técnicas e medicamentos, mas a interação com o paciente”.

Atualmente, o advogado está no sexto ano do tratamento e na terceira fase. Nesse tempo, ele passou por duas fases e medicamentos diferentes.

Dia 11 de março iniciei no Hospital São José, em São Paulo um novo tratamento com o medicamento: imunoterapia (nivilumab), por meio do Centro de Pesquisa do São José, tornado possível com a interferência do Dr. Fábio, através de termo de Uso Compassivo. Estou muito confiante”.

“Minha mensagem para todas as pessoas que enfrentam o câncer assim como eu é: Tenham Fé! Essa palavrinha mágica, que “move montanhas”, e ajuda na disciplina do tratamento. Como me orientou Dr. Fábio nas consultas iniciais, fuja principalmente de curas milagrosas constantes na internet. Se apeguem a Deus, sem o fanatismo do desespero do momento de vida. Não se culpem. Não busquem respostas por ter adoecido, apenas sigam o tratamento, tenham fé em Deus, e digam não ao desespero e a fraqueza”.

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Diagnosticado com câncer de estômago há seis anos, Abraham conta como sua esperança e positividade foram seus grandes aliados nessa luta contra o câncer

Formado em Medicina Veterinária pela USP, pai de uma menina linda e microempresário na área de turismo, Abraham foi diagnosticado com câncer de estômago há seis anos quando procurou um médico por conta de uma hérnia inguinal.

“No verão de 2009, estava na praia com minha filha, conforme fazíamos todos os anos e percebi uma recidiva de uma hérnia inguinal. Em janeiro de 2010 procurei meu médico, que confirmou a hérnia e marcamos a cirurgia. Como fazia tempo que não fazíamos exames preventivos, ele resolveu pedir endoscopia e colonoscopia. Na endoscopia acharam uma pequena úlcera próxima ao cárdia (parte superior do estômago). Foi colhido material para biópsia, que deu positivo para carcinoma gástrico. Então veio a notícia de que eu estava com o problema, o câncer”.

Descobrir um diagnóstico de câncer não é fácil para ninguém, imagine para uma pessoa que não tinha nenhum sintoma e sempre levou uma vida saudável, com alimentação adequada e exercício físico?

“Lógico que ninguém quer receber uma notícia desta, fiquei assustado, porém tranquilo e conversamos sobre as condutas a serem tomadas dali para frente. Uma de minhas características é manter a calma em situações de estresse”.

O ideal nessa hora da descoberta é procurar apoio nos familiares e amigos. Querer carregar o fardo sozinho não é uma opção favorável para o seu tratamento. O amor, carinho, colo e amizade das pessoas que te amam com certeza vai te ajudar a ter forças para encarar o câncer com muitas energias positivas e esperança. E foi isso que o nosso personagem de hoje fez, ele renovou suas energias com sua família e principalmente com a sua filha, que na época era adolescente e precisava muito da presença de um pai.

Foi no meio de tanto amor que o Abraham imediatamente começou a pensar no seu tratamento e junto ao seu médico decidiram optar em fazer primeiro a herniorrafia por laparoscopia.

“Eu e meu médico decidimos fazer primeiro a herniorrafia por laparoscopia. Assim ele poderia explorar a cavidade abdominal para ter uma melhor informação sobre a situação. O estômago estava preservado do lado externo e não havia sinais de metástases ou gânglios aumentados. Um bom sinal. Três dias depois, fomos para a cirurgia de gastrectomia total. Uma cirurgia grande e de recuperação lenta. Foi retirada também a parte distal do esôfago”.

O resultado não foi o que o médico e o nosso guerreiro esperava.

“Fomos surpreendidos por um tumor extremamente agressivo, com prognóstico mais reservado. Isso nos levou para o tratamento clínico oncológico com quimioterapia e radioterapia”.

Ninguém disse que seria fácil, não é mesmo? Ele estava somente no começo de uma batalha, e nenhuma pedra no caminho iria tirar sua esperança e fé.

“Eu me concentrei bastante em Deus e disse para ele que, se ele quisesse me levar, certamente o faria, mas que decidi dar trabalho. Iria resistir bravamente. Me conscientizei que a decisão de viver ou morrer, em grande parte estava nas minhas mãos. Se me entregasse à doença e entrasse em depressão, estaria morto mesmo antes de meu coração parar. Passei a observar melhor o mundo e percebi que mesmo estando doente, muitas pessoas saudáveis e mais jovens que eu estavam morrendo. Que podemos morrer por acidentes, violência, doenças ou causas naturais. Sendo assim, resolvi não morrer por esta doença. Que o fato de estar doente não significava que morreria disto”.

O tratamento que o Abraham fez, de acordo com um de seus médicos, é o segundo mais forte, só perde para o tratamento da Leucemia. Essa informação foi uma surpresa para ele, já que estava sempre forte e bem-humorado:

“Na consulta, estava com uma bombinha injetando quimioterápico. O médico então comentou comigo que eu era muito forte. Perguntei por quê. E ele respondeu que meu tratamento era o segundo mais forte. Só perdia para o de leucemia. Fiquei surpreso. Era sim um tratamento pesado, mas não me parecia tão forte. Conseguia aguentar. Não deixei me abalar. Na cirurgia, pesava 79 quilos. Ao terminar o tratamento, estava com 56 quilos. Ao me olhar no espelho, me enxergava como um sobrevivente do holocausto. Caquético, envelhecido, com a pele ressecada, porém nada disso me tirava a vontade de viver”.

Nesse momento, quando percebeu que seu físico estava visivelmente abalado por conta da quimioterapia e radioterapia, ele decidiu mudar essa aparência e seu foco começou a ser reconstruir sua constituição física.

“Naquele tempo, pensava que minha vida sentimental estava acabada. Meu foco era reconstruir minha constituição física. Liguei para um primo meu, médico, para me indicar um personal trainner para reconstruir a minha massa muscular. Comecei a me alimentar bem e a usar produtos dermo cosméticos. Resumindo, hoje estou com 62 quilos, com a musculatura bem definida e com aparência 10 anos mais nova que a minha idade real. Não tomo nenhum remédio”.

Atualmente, depois de seis anos de muita luta e persistência, o Abraham faz exames de controle somente uma vez por ano, e relata que mesmo sabendo que está curado, fica tenso toda vez que vai fazer algum exame:

“Após o meu tratamento, comecei a fazer os exames de controle a cada 3 meses que depois passaram para cada 6 meses e hoje, 6 anos depois, uma vez por ano. Claro que cada vez que vou fazer os exames fico um pouco tenso, já que o diagnóstico inicial se deu por achado de exame”.

“Minha vida hoje está ótima sob todos os pontos de vista e esta experiência me tornou uma pessoa mais completa”.

*De todo o tratamento: qual foi a fase mais difícil para você e sua família?
Existem várias fases difíceis pois tem estigmas e tabus sobre o tratamento desta doença, mas acho que a primeira sessão de quimioterapia foi a mais difícil. Depois percebi que não era nenhum bicho de sete cabeças. Tive apoio de minha família, mas como era separado e minha filha era menor, encarei a maior parte do que passei sozinho mesmo. Em alguns momentos específicos tive a companhia de familiares e de amigos. A primeira quimio foi acompanhada por dois amigões que largaram tudo para me apoiar.

*Como era o Sr. Abraham antes do diagnóstico, e como é o Sr. Abraham agora?
Bem, nunca fui muito materialista e pelo histórico familiar, achava que eu estar no olho do furacão era uma questão de tempo. Hoje não perco meu tempo me aborrecendo com pequenas coisas. Continuo não me afetando com elas. Quando vejo casais brigando, por exemplo, por causa da tampa da privada levantada ou da toalha molhada na cama, acho uma grande bobagem. Falta de vontade de ser feliz. Valorizo mais o “ser” do que o “ter”. Curto cada momento e coisas da vida. As relações humanas e com o meio ambiente.

*Você precisou ser forte desde o começo. De onde você tirou e ainda tira tanta força e esperança?
Cada um é cada um. Mas eu procurei encarar tudo como uma intercorrência da vida. Me mantive focado na cura, em manter meu bom humor, minha espiritualidade e meu otimismo. Cada vez que ia para uma sessão de radioterapia ou quimioterapia, procurava elevar meus pensamentos e imaginar a eficiência do tratamento. Cada raio de radiação atingindo em cheio qualquer célula tumoral que eventualmente permanecesse lá e cada molécula de quimioterápico atingindo qualquer eventual célula tumoral circulante ou metastática, matando-as. Como disse no relato inicial, foi uma decisão minha ter força e esperança para combater e vencer o problema.

*Para finalizar, manda uma mensagem para todas as pessoas que passam pela mesma situação que você, mas precisa de um norte para continuar firme nessa luta.

Primeiro para os profissionais da área:
Não desejem sorte aos pacientes. O que precisamos é de SUCESSO! Esta é a palavra que ajudará a levantar o moral dos pacientes. Não queremos pensar que precisaremos de sorte. Queremos ter a certeza de que estamos cercados de profissionais gabaritados e comprometidos com os melhores resultados para os pacientes e que estão aplicando as melhores técnicas e tratamentos.

Para os pacientes:
1º  Sejam pacientes. Eu descobri por quê nos chamam de pacientes. Porque realmente precisamos exercer a paciência;

2º Não se matem em vida. Estarão passando por momentos difíceis, mas não é uma condenação à pena capital. Não somos nem nunca seremos imortais. Não sabemos como nem quando partiremos desta vida, e esta é a sua graça. Vivam intensamente. Descubram aptidões que não sabiam ter. Valorizem cada momento sejam felizes;

3º Não percam tempo achando que a vida acabou. Quando você menos espera, ela se reconstrói das cinzas. Hoje estou numa das melhores fazes da minha vida;

4º No Brasil, mais de 60% dos casos de câncer são tratados com sucesso. Isto inclui-se os casos que infelizmente ainda não tem cura e os que o diagnóstico foi tardio ou que o paciente se recusou a tratar-se. Então, você tem mais chances de sucesso do que fracasso;

5º. Faça exames preventivos. Esta doença é silenciosa. Quando você sente sintomas, ela já está avançada e as chances de sucesso diminuem. Olhem o meu caso. Não sentia nada nem tinha sintomas. Mas se demorasse mais uns 3 meses para diagnosticar, provavelmente não estaria aqui para contar a minha história.

Termino meu breve relato desejando SUCESSO a todos! Cuidem-se. Preservem sua autoestima!

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Em novembro de 2015 conhecemos a história do pequeno Lucas, que ao 3 anos foi diagnosticado com Leucemia Linfoide Aguda tipo B (LLA B).

Hoje no Dia da Infância vamos saber como está esse pequeno guerreiro e relembrar essa história que emocionou muita gente.

Confira, com exclusividade, o bate-bola Especial Dia da Infância com a mãe do pequeno Lucas, Andréia:

1.  Como o Lucas está atualmente? (fase de tratamento, relacionamento com as pessoas)
O Lucas está muito bem, está ainda na fase de manutenção, vamos ao hospital 4 vezes por mês (exame de sangue, consulta com o oncologista, quimioterapia e exame de líquor com indução de quimio), que conforme os médicos vai até o primeiro semestre de 2017, quando ai terá alta médica, e passaremos à ir ao hospital todo mês somente para fazer os exames e ver se está tudo bem com ele. A partir desse momento, ele ficará sem tomar quimioterapia e fazendo os exames para controle médico.

2.  Ele está indo para a escolinha? Se sim, o que mudou depois que ele começou a frequentar as aulas com outras crianças?
Este ano de 2016, ele começou à ir na escolinha, falta somente quando tem algo relacionado ao tratamento. Em relação aos esportes, ainda não faz nada, a natação que está inclusa na mensalidade é proibida pelo tratamento e pelos médicos, agora neste 2º semestre de 2016, os médicos liberaram uma atividade física, nós estamos pensando em colocar ele em alguma luta, judô ou jiu jitsu. A escola está sendo muito importante para o Lucas, ele se soltou mais, está mais falante, mais esperto, fez muitos amiguinhos, já está lendo algumas palavras, já reconhece muitas coisas que antes nem sabia, já lê os números até 50, e antes deste ano, ele não fazia nada disso, porque ficou um ano sem ir à escola e praticamente recluso dentro de casa.

3. Como está a qualidade de vida do Lucas?
A qualidade de vida dele, mudou muito, agora saímos mais, passeamos, viajamos, vai ao shopping, cinema, parque, ele está indo à escola, nas festinhas dos amigos e primos, ele está mais feliz e toda família também feliz com a saúde dele e por ele estar bem.

4. Hoje é comemorado o Dia da Infância, o que você tem a dizer para esses pequenos guerreiros que lutam contra algum tipo de câncer assim como você e sua família.
Eu digo que, é uma doença perigosa, que temos “medo” o tempo todo, mas não devemos perder a fé, e sempre fazer o tratamento corretamente, confiar nos médicos e na sabedoria deles, sempre conversar com o nosso filho perguntando se ele está bem, se dói algo, fazer ele entender que tem um dodói e que tudo isso é pro bem dele, pra sua cura, por mais que às vezes estamos cansados e tristes, o sofrimento das agulhadas, internações, enclausuramentos é todo deles, então temos, que saber lhe dar com as nossas emoções para estarmos bem somente para os nossos filhos. Infelizmente, muitas crianças perdem boa parte de sua infância, por causa do tratamento, buscando tão somente a sua saúde restabelecida, então, mesmo que elas estejam num quarto de hospital internadas, façam com que isso, se torno menos  triste, levem brinquedos, se fantasiem, coloque desenhos, leve desenhos para pintar, em muitos hospitais existem os voluntários, que são anjos e que alegram nossas crianças, isso ajuda muito o dia deles a ser mais felizes. Não fiquem ao seu lado chorando, se lamentando, reclamando, coloquem alegria em tudo que fazem. A família unida ajuda muito nesses momentos, lembro dos meus pais, visitando o Lucas quando internado e levando carinho em forma de presentinhos e guloseimas, o amor cura! Quando passamos a frequentar ambientes aonde só se tem crianças doentes com câncer e leucemia, nossa percepção de vida, muda radicalmente, nos preocupamos mais em viver o hoje, damos mais importância as coisas que realmente importam e mais valor à vida e às pessoas que amamos.

RELEMBRANDO…
Agora vamos relembrar a história desse menino sorridente, brincalhão e cheio de vida! Lucas foi diagnosticado aos três anos e pertinho do Natal de 2014 com Leucemia Linfóide Aguda tipo B (LLA B), e hoje luta para ter uma vida igual às crianças da sua idade. Emocione-se. Clique aqui!

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Conheça o paranaense Maurício, de 58 anos, que foi diagnosticado com Acromegalia, uma doença rara e pouco falada.

Já dizia o velho ditado do saudoso Patch Adams: “comprimidos aliviam a dor, mas só o amor alivia o sofrimento”. Katia e Maurício se conheceram em 1986, em um seminário na igreja que ela congregava. Ela com 21 anos e ele com 29 anos. “Foi amor à primeira vista. Ele era separado há 4 anos, por isso sofremos um bocado com o preconceito das pessoas. Tanto que relutei em aceitar namorá-lo, porém o amor falou mais alto e desde então vivemos uma linda história de amor”.

No ano passado, dia 08/07/2015 a vida desse casal carioca passou por mais uma provação: Maurício, com então 58 anos, foi diagnosticado com uma doença rara, a Acromegalia. “Descobri ao dar entrada no Centro de Tratamento e Terapia Intensiva – CTI de um hospital em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, com suspeita de trombose após um dia de trabalho. No segundo dia de internação, a médica Cristiane olhou para mim com seu olhar clínico e percebeu que eu tinha uma anomalia física e perguntou se eu havia procurando alguma vez um endocrinologista, no qual eu nunca tinha ido. Ao examinar minhas mãos, rosto e pescoço, ela percebeu que eu tinha a doença no qual eu nunca tinha ouvido falar. Ao dar alta, chamou minha esposa e conversou com mais detalhes a respeito deste problema. Após diversos exames, foi confirmado a acromegalia no dia 24 de julho de 2015. Porém, precisei fazer a cirurgia das varizes no mês de setembro por orientação do médico devido a má circulação nas pernas”.

Katia, sempre positiva e companheira, não deixou seu marido desanimar e se entregar. Mesmo com todos os medos e receios que passaram na cabeça dela em questão de segundos, ela deixou os pensamentos ruins de lado e foi em busca de informação sobre a acromegalia. “Primeiramente, o que passou na minha cabeça ao descobrir a doença foi um susto e fiquei pensando com quem, como e onde ele fará esta cirurgia? Com isso, fui buscando informações com médicos e na internet os endereços de hospitais de referência. Quanto mais informação sobre essa doença, maiores as chances do meu marido ter uma qualidade de vida”.

“Desde o começo procurei me inteirar de várias fontes e também para mostrar para o Maurício que estou ao lado dele, fazendo com que ele se sinta mais seguro e confiante, pois a Acromegalia é uma doença que preocupa, além de ser pouco conhecida. O segredo é não perder a esperança e manter a família unida. Afinal, ela é a base de tudo!”.

Maurício alerta que nem sempre os sintomas são visíveis e pode demorar anos para a pessoa ser diagnosticada corretamente. Por isso, é tão importante ficar atento ao seu corpo, e nunca descartar os comentários de parentes e amigos. “Minha mãe notou minha aparência estranha em uma viagem que fizemos há 8 anos. Mas achei que fosse preocupação de mãe e pelos anos que a gente não se via. Ainda brinquei “mãe, estou ficando velho, é assim mesmo”, mas mesmo assim ela insistiu e disse que tinha algo errado. Provavelmente a Acromegalia já estava aqui desde aquela época e se eu tivesse ouvido minha mãe e procurado um médico não teria o diagnóstico um pouco tardio”.

Com o passar do tempo, os sintomas foram aumentando e ficando cada vez mais evidente. “Os pés mudaram de número duas vezes. Aliança de casamento precisou trocar quatro vezes. Eu tinha dormência nas mãos e na ponta do nariz. Além do inchaço nas mãos e pés e crescimento dos mesmos. Vivia cansado, com sono agitado e roncava muito (segundo os médicos, devido ao crescimento ósseo do nariz estreitando a cavidade). Sentia dores de cabeça frequentemente e tive pressão alta”.

Hoje, depois de quase 4 meses da cirurgia, o casal e seus dois filhos, Douglas e Larissa, enxergam com otimismo a recuperação de Mauricio e conta que essa doença despertou a vontade de ajudar as pessoas, passando informação, conhecimento e atenção.  “ Sou um novo homem.  Estou dormindo melhor e nem ronco mais. Minhas mãos e feições desincharam, não tenho mais fadiga como eu tinha antes. As dores de cabeça e na vista diminuíram e agora posso dizer que tenho uma qualidade de vida bem melhor que antes”.

“Dia 5/05/2016 iremos completar 26 anos de casamento. Já passamos um bocado de lutas, mas Deus sempre nos deu vitória e aprendizado. Depois de todos os sustos e contratempos que a vida nos deu estamos mais unidos. Choramos, brigamos, fazemos as pazes e gargalhamos também.”

“Para todas as pessoas que estão enfrentando o mesmo problema, dizemos para ter calma no início e encare como um novo desafio para sua vida. Tente não deixar o medo te dominar, pois ele existe, mas depende de você o controle. Procure boas informações, tire suas dúvidas com os médicos e pesquise bons hospitais. No meu caso, era para ter ficado seis dias internado, mas devido ao quadro bom de recuperação, saí no quarto dia com absoluto repouso e cuidados em casa. Logo após a cirurgia a qualidade de vida realmente é outra, finaliza Mauricio em um sorriso estampado no rosto”.

Entenda a Acromegalia
Acromegalia é uma doença crônica provocada por excesso de produção do hormônio do crescimento (GH) na vida adulta, fase em que as cartilagens de crescimento já estão fechadas. Se ele for produzido em excesso na infância ou puberdade, antes do fechamento dessas cartilagens, a doença é chamada de gigantismo. De acordo com a Aliança Ibero Americana de doenças raras, cerca de 56% das pessoas com doenças raras têm sido tratadas inadequadamente  por falta de conhecimento dos profissionais da saúde. Alguém que você ama tem Acromegalia? Dúvidas? Sempre existem dúvidas.

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Tal Pai, Tal Filha. Assim é Maurício e Larrisa. Parecidos e unidos. Confira a homenagem simples, porém repleta de amor que Larrisa fez para seu pai, diagnosticado com acromegalia, uma doença crônica e rara:

“Falar do meu pai é como eu olhar para o espelho e falar de mim mesma porque somos muito parecidos no jeito de ser. É também falar de superação, coragem e exemplo. Depois de tantas situações difíceis vividas, de tantos choros escondidos e preocupações silenciosas, nós enfrentamos a luta de um jeito quieto, sem se abater e se agarrando a cada fio de esperança que encontrávamos. Fui influenciada desde criança a nunca depender de alguém e sempre a alcançar meus objetivos por conta própria, a não me deixar abater por coisas que não mereciam atenção e, principalmente, os valores educacionais que este, é o nosso maior patrimônio e com certeza passarei tudo que aprendi com eles para meus filhos. Expressar o que uma pessoa significa para nós um tanto difícil, pois nunca conseguimos transmitir nosso sentimento de amor apenas com palavras. Mas com exemplos simples, tentarei o máximo trazer o que meu coração sente com alguns exemplos de apenas dois lados de sua personalidade. Um é o lado alegre, é o divertido com brincadeiras, piadas, sorriso largo, é o que gosta de surpreender com alguns bombons e presentes simples de urso de pelúcia o que mostra seu lado amoroso e sempre tentando agradar a mim e minha mãe. É o gosto pela culinária paraense, a atenção que dá para a família sempre ligando para os irmãos que moram longe. É o som de blues e Beatles na sala, o violão e o bongo que mesmo sem saber tocar, arranha com acordes desconexos e ao mesmo tempo faz com que o ritmo do balançar dos pés fique harmonioso com a música e o gosto pela pimenta que ele me influenciou só de apenas vê-lo colocando na comida. O outro jeito é o sério, é o preocupado com os mesmos sermões que todos pais dão sobre cuidados na rua, é o nervosismo diante de situações ruins, a ansiedade quando quer algo, é seu interesse pela leitura, as orações feitas de madrugada de joelhos, as visitas de pessoas necessitadas, seu amor por Deus e os livros que eu vivia cercada desde criança que são sem dúvidas, umas das maiores lembranças e admirações que levarei para o resto da vida. Nós não somos uma família perfeita. Nenhuma é. Como disse no início, nós somos muito parecidos e isso às vezes gera conflito quando nós dois estamos de mau humor. É como se cada um ficasse no seu canto e trocássemos palavras curtas e diretas. Quando soubemos dessa doença rara, ficamos assustados, mas não nos deixamos abater. Vi ele ser resistente nessa fase delicada, vi sua face preocupada, mas sequer ouvi ele questionar para Deus o porquê de isso ter acontecido. Claro que em seu conflito interno deve ter ficado confuso, com medo, mas posso afirmar que ele não perdeu a força e a fé de que independente do resultado final da cirurgia “Em tudo dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco.”  1 Tessalonicenses 5:18

Eu só tenho a agradecer ao meu pai por tudo que me ensinou e me ensina até hoje. E por só de vê-lo vivo e bem em casa, eu agradeço a Deus por nos ensinar que a cada fase que enfrentamos, Ele nos ajuda mesmo não sendo merecedores de Sua misericórdia. Nos fez unir como família e a nos entendermos em nossas diferenças. O que mais posso dizer somente vai ser com abraços apertados de gratidão. Obrigada, pai”.

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Os filhos do cearense Sr. José, diagnosticado com câncer renal em 2010 aceitaram nosso convite e escreveram um texto com muito amor e esperança para o seu “painho” nesse domingo do Dia Dos Pais.

Confira a homenagem do Americo e da Luciana:

“Quando fomos convidados para prestar essa homenagem ao nosso “painho” o SIM veio em unanimidade! Nosso pai merece todos os dias do ano para ele, por vários motivos.. Mas o maior de todos é pelo dom de ser guerreiro!  Aproveitamos  o texto de Daniel Jaoude e adaptamos a tudo aquilo que achamos do nosso pai, José Nunes Junior, nosso painho, Lulinha para uns, José para outros ou Nunes.

Ser guerreiro é…

Saber que não existem atalhos para o destino. E que em hipótese alguma, haverá vitória sem luta, e não haverá luta sem adversários.

A derrota, para o guerreiro, nada mais é que o adiamento da inevitável vitória. O Guerreiro é, por natureza própria, perseverante. Pensa em desistir mas não desiste, pensa em fugir mas não foge, pensa em vingança mas não vinga. Se sente medo, não o deixa dominá-lo, tampouco deixa invadi-lo, o conhece apenas para evitá-lo.

Assim, através do autodomínio, alcança a plenitude do não-pensamento, onde o Tudo se torna Vazio, e o guerreiro se torna um com esse vazio, restando apenas o infinito Amor.

Alcançou seu objetivo, se tornou um com seu caminho. E deste ponto em diante, do alto de seu Satori, sabe que nada é impossível. Não há e nem haverá de existir barreiras insuperáveis, inimigos invencíveis, ou caminhos que não possam ser percorridos. E também sabe que, quando se quer alguma coisa, o universo inteiro conspira a seu favor.

Fazendo a vida valer a pena, tentando sempre, desistindo jamais. Tornando o sonho verdade, o erro em acerto, a barreira em passagem, o desespero em solução. Verdadeiro, simples, decidido e objetivo. Compreende a todos, mesmo sabendo que é incompreendido. Com coragem, através da honra, do amor de Deus e pelo Amor, sempre!

Dos seus filhos, que estão juntos na alegria e na tristeza, na saúde e na doença

Américo Nunes e Luciana Nunes”.

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Aos 42 anos e prestes a se casar com o seu grande amor, Edneia conta como foi sua luta contra o câncer de mama e hoje inspira milhares de mulheres

Quem nunca conheceu alguém que foi diagnosticado com câncer? Seja familiar, amigo, colega ou conhecido. Infelizmente, essa doença está cada dia mais presente em nossa vida.  E a forma como lidamos com isso é essencial para a vida do paciente. Hoje, vamos conhecer a história da Edneia, mais conhecida como Néia, que superou o diagnóstico do câncer de mama com o apoio da família e do companheiro, e está prestes a realizar o seu grande sonho: casar na igreja com seu Nei, apelido carinhoso do casal, juntos, há 23 anos.

Descobri o câncer em outubro de 2012. Foi muito difícil, pois ainda associamos o câncer como uma sentença de morte, e o que vem primeiro é o medo da morte. Me permiti por alguns dias o luto, depois fui atrás de tirar todas as informações com meus médicos, de como seria o tratamento, a quimioterapia – a palavra mais assustadora do tratamento, porque com ela vem a queda do cabelo, o mal-estar, dores no corpo, enfim tive medo do desconhecido!!! Graças a Deus tive todo suporte da família mãe, irmãos, filho e do meu companheiro que não me deixou em nenhum momento, em todos exames consultas e quimioterapia/radioterapia, exatamente tudo ele me acompanhou. Apesar de ser muito difícil esse processo, nunca abandonei o barco, até porque nele estava cheio de pessoas que estavam lutando junto comigo. O que eu mais queria era a cura e jamais pensei em desistir”.

Edneia conta com detalhes como foi sua fase de tratamento, desde a quimioterapia até as infinitas sessões de radioterapias:

Fiz 16 quimioterapias, sendo 4 as vermelhas, aquelas que vem para deixar você sem cabelo, é como se passasse um trator por cima de você. Isso durou uns 3 a 4 dias e aos poucos o efeito da quimioterapia vai sumindo e ficando as dores no corpo. Fui para cirurgia mastectomia radical, com reconstrução imediato, e após 30 dias da cirurgia, comecei a radioterapia. Fiz 28 sessões diárias, mas era o último passo para o fim do tratamento, contei cada uma e comemorei com alegria, ufaaa tinha acabado!”.

Depois de dois anos longe do câncer e com a certeza da cura, Néia começou a sentir dores no quadril, e para sua surpresa e de seus familiares: o câncer voltou, e o pior, em forma de metástases:

“Comecei a sentir dores no quadril, fui ao médico, fiz os exames necessários, e para a minha surpresa, depois de dois anos, a doença voltou, e o pior, em forma de metástases ósseas, quadril, vértebras e calota craniana”.

Não foi nada fácil ter que engolir e aceitar o câncer de novo. Mas, mesmo sabendo das dificuldades que estavam por vir, ela enxugou as lágrimas e decidiu lutar, não só por ela, mas pela sua família que nunca desistiu de encontrar a cura:

“De todo o tratamento o mais difícil foi ser diagnosticada com metástases, daí sim veio um tsunami de pensamentos, era algo que já conhecia, porque com ela você perde a chance de cura, a chance de um dia o tratamento acabar, me permiti o luto novamente e fui atrás de saber tudo sobre conviver com a metástases, e para minha surpresa, estava animada. Os recursos que os médicos têm hoje, pode me deixar viver muitos anos como se fosse uma doença crônica, e com qualidade de vida, não estou em quimioterapia, estou tratando com medicação e está dando super certo”.

“Hoje não posso mais trabalhar, isso tem o lado positivo e negativo. O positivo é que tenho tempo para poder curtir a vida, viajar ficar mais tempo com a família aproveitar o máximo da vida. O lado negativo é a sensação que a vida fechou para você um ciclo de crescer profissionalmente, aos 42 anos de idade onde tinha muita coisa para fazer e oferecer, mas também hoje já me adaptei e estou vivendo o lado positivo”.

Apesar de tanto sofrimento e luta para viver, Néia trouxe bons frutos de todo o tratamento: a amizade.

Após entrar nesse mundo oncológico, eu fiz os melhores amigos. É incrível como a rede sociais, nos permite isso, hoje até brinco que 98℅ dos meus melhores amigos tem câncer. O facebook me deu de presente a amizade de pessoas que vivem a mesma coisa que estou vivendo, e me ajudam a passar por essa fase  com mais leveza”. 

Depois de tantos contratempos, medos, insegurança e dificuldades, Edneia está há apenas alguns meses de realizar o grande sonho da sua vida: casar com o Nei:

Eu moro junto com meu marido há 23 anos, meu sonho sempre foi casar de noiva e oficializar a união no civil, nós sempre estivemos em uma zona de conforto, mas depois das metástases eu quero abraçar o mundo e realizar todos meus sonhos, e um deles era o casamento, a cerimônia de noiva, com tudo que uma noiva tem direito. Vou casar com meu marido dia 09/04/17”, finaliza.

“Quero falar para todas as meninas que enfrentam o câncer: nunca deixe de sonhar e fazer planos. Ninguém vive feliz sem sonhos e planos, e curta muito a vida, é ela o alimento para continuar lutando”.

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“Hoje me olho no espelho e realmente me vejo, olho a Fátima de antes. Aprendi a me valorizar, e o principal, aprendi a me amar”.

Aos 45 anos, separada e com dois filhos adolescentes, Fátima abriu o seu coração e contou como foi receber o diagnóstico de ACROMEGALIA e onde ela buscou forças para vencer essa batalha.

Fátima um dia olhou para o espelho e não se reconheceu, se sentia muito feia, com a pele grossa e as mãos maiores, quase não usava mais anéis. Ela levou anos para entender o que estava acontecendo e nem imaginava que a causa dessa mudança física era a acromegalia.

“Antes do diagnóstico, eu notei que minha mão era maior, eu sentia muito formigamento. Quando ia comprar sapato, o sapato não entrava”.

Foi em maio de 2011 que a vida desta mulher mudou da noite para o dia. Fátima foi acompanhar o seu namorado no hospital e acabou conhecendo a Dra. Milena.

“Meu namorado precisou ficar em observação no hospital e durante uma visita conheci a médica que o atendia, a Dra. Milena. Ao observar as minhas mãos, a experiente médica iniciou um verdadeiro questionário, as perguntas se relacionavam principalmente as mudanças que ocorreram em meu corpo, como anéis que não cabiam mais nos dedos, sapatos que não calçavam mais e para minha surpresa ela logo me disse que eu poderia ter um tumor benigno”.

Quando a Dra. Milena falou isso para Fátima, o seu mundo parou:

“Fiquei simplesmente apavorada. Naquele momento fiquei sem chão e a primeira pergunta que fiz para ela foi quanto tempo de vida eu teria, pois tinha dois filhos não podia deixá-los desamparados. Tive muito medo, para mim tudo foi muito difícil, foi terrível saber que tinha um tumor, mesmo sendo benigno, chorei muito e não contei nada para ninguém naquele dia”.

A gerente de lojas sofreu sozinha durante um tempo, com medo de preocupar os filhos, amigos e família. E foi sozinha, depois de alguns exames, que foi diagnosticada a acromegalia.

“Assim que peguei o resultado logo abri e vi que meus hormônios estavam alterados.  Meu IGF-1 era 1107,0 ng/ml com HGH basal de 93,00 ng/ml, minha glicose 117 MG/DL. E foi com todos esses exames que a Dra. Milena me diagnosticou com acromegalia.  Ela me acalmou e disse que a maioria dos casos não tem cura, mas com tratamento adequado poderia ter uma vida normal. Fiquei com muito medo de ficar deformada, de crescer muito, tinha medo até de morrer. Porém para minha família sempre passei que estava tudo bem e logo estaria curada”.

Mais confiante e com esperança que tudo iria terminar bem, Fátima começou o tratamento em junho de 2011, no Hospital São Paulo.

“Comecei o tratamento tomando uma injeção de sandostatin 20 mg uma por mês durante 6 mês e tive ótimos resultados. Minhas mãos já fechavam, não tinha tantas dores e formigamento, mas meus hormônios ainda estavam elevados. A dose foi aumentada para 40 mg de sandostatin. E em janeiro de 2012  meu IGH-1 492 ng/ml estabilizou. Foi quando os médicos entraram com um complemento de 2 comprimidos de cabergolina”.

Nossa entrevistada conta que nunca sofreu com efeitos colaterais da medicação, porém mesmo com todos os remédios os hormônios não diminuíram, e ela acabou fazendo a cirurgia em fevereiro de 2013.

“Meu tumor era um macroadenoma apofisado 3,7 x 1,8 cm, o mesmo não foi todo retirado, pois a sua total remoção colocaria minha vida em risco. Meus hormônios agora estão normais, não tomo mais as injeções, porém continuo com a cabergolina: são 3 comprimidos por semana e felizmente me sinto ótima. Hoje me sinto muito bem: tenho uma vida normal, uma família normal, tudo normal.”

A acromegalia fez a Fátima enxergar o que realmente era importante na sua vida: “a Fátima antes do diagnóstico era muito ocupada com o trabalho e com as pessoas, nunca tinha tempo para ir ao médico. A vezes eu sabia que estava doente, mas não queria enxergar. Hoje me cuido bem mais, penso em mim com mais carinho e atenção”.

“Eu tive sorte, porque se não fosse o meu namorado passar mal, e a Dra. Milena não estivesse de plantão naquele dia no hospital, talvez eu não estivesse mais aqui para contar a minha história, pois eu não iria procurar um médico”.

Finalizando a entrevista, Fátima deixa um recado não só para os pacientes com acromegalia, mas para todos:

“Não é fácil ter acromegalia ou qualquer outra doença que muda a nossa fisionomia, que é difícil vencer o preconceito é difícil, ver nosso corpo mudar, mas acredito que as mudanças são necessárias para nosso melhor. A beleza não está no seu corpo físico e sim na sua alma, quando compreendemos que temos uma doença seja qual for, temos que lutar, sermos perseverantes, termos fé e acreditar que tudo vai dar certo.  É muito importante falar sobre a doença, pois assim poderá ajudar outras pessoas que ainda não tiveram a graça de saber assim como eu. NÃO TENHA VERGONHA DE FALAR, VOCÊS PODEM SALVAR UMA VIDA! ”.

 

ACROMEGALIA: CONHEÇA MAIS SOBRE ESSA DOENÇA RARA

Muitas pessoas nunca ouviram falar em acromegalia, tampouco sabem o que é, quais são os sintomas e a sua causa. Isso acontece por dois motivos: ela é uma doença crônica e rara, e atualmente no Brasil não temos muita informação acessível sobre essa doença.

A acromegalia é causada pelo excesso de produção do hormônio de crescimento (GH) pela hipófise – uma glândula pequena, do tamanho de uma ervilha, que está localizada logo abaixo do seu cérebro, atrás dos olhos. Ela controla o crescimento, o metabolismo e a atividade reprodutiva normal. Na maioria dos casos, a causa desta produção excessiva de GH são tumores não-cancerosos na hipófise.

A consequência desse excesso de GH na vida adulta, já que as cartilagens de crescimento se encontram fechadas e inativas, são o aumento das mãos, pés, mandíbula, língua e ossos da face.

Segundo o Ministério da Saúde a incidência de acromegalia é de aproximadamente 3 casos por milhão de pessoas por ano em estudos conduzidos na Europa e nos Estados Unidos. Como não há estudos realizados na população brasileira, podemos estimar, baseando-se nos trabalhos europeus, que cerca de 650 novos casos de Acromegalia sejam diagnosticados anualmente no Brasil. Normalmente, descobre-se o diagnóstico na fase adulta, porém, já existem casos de adolescentes no Brasil, mas no caso de crianças e adolescentes essa doença é chamada de gigantismo.

Então, qual a diferença entre a acromegalia e o gigantismo?
A doença é a mesma. O que ocorre é que na infância ou puberdade – antes do fechamento das cartilagens de crescimento, a manifestação da doença é chamada de Gigantismo, pois a ação do hormônio nesta faixa etária vai levar ao crescimento excessivo do corpo. Já quando a doença se manifesta na fase adulta, é chamada de acromegalia, pois não existe mais a possibilidade de crescimento longitudinal dos ossos, e sim o aumento dos tecidos moles e cartilaginosos, causando aumento das mãos e dos pés.

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“Meu diagnóstico não foi precoce, foi sorte.  Eu sabia que deveria ter algo errado, pois eu tinha uma vida muito boêmia. Hoje sou um novo homem e priorizo a qualidade de vida! ”

Nosso personagem do Páginas da Vida deste mês é o jovem Breno! Simpático, extrovertido e feliz. Essas foram minhas primeiras impressões logo quando bati o olho nele em nosso primeiro contato, na cidade de Fortaleza.

Breno foi diagnosticado com câncer renal grau IV em fevereiro de 2016, por conta de exames de rotina. Ele decidiu ir ao clínico geral depois de ver uma matéria na televisão sobre doenças que podem ser prevenidas. Aos 31 anos, querendo cuidar da sua saúde para evitar problemas futuros como diabetes, obesidade e hipertensão, resolveu marcar uma consulta e fazer um check-up completo (realizou hemograma completo, depois o médico detectou que tinha algo errado e solicitou ultrassom de abdômen, tomografia e ressonância magnética).

E foi assim, querendo se prevenir de doenças e sem nenhum sintoma, que Breno foi diagnosticado com câncer renal.

“Como ninguém da minha família teve câncer, achei que não corria nenhum risco. Era algo muito distante da minha vida. Porém, mesmo sem sintomas e não sentindo dor alguma, recebi o diagnóstico do câncer renal, dois dias antes do carnaval, época que mais gostava do ano”.

Depois do susto, preocupações e receios, ele decidiu encarar o câncer e fazer tudo que estava ao seu alcance para se curar.

“Fui encaminhado para o urologista. O médico me disse que o primeiro passo seria fazer a cirurgia o mais rápido possível. Não tinha metástase, porém já estava em um nível agressivo, em torno de 6 cm. Foi realizada a nefrectomia parcial no mesmo mês do diagnóstico: fevereiro”.

Em pouco tempo, Breno já estava recuperado. Não teve nenhum efeito colateral e não precisou tomar medicamento. Digamos que ele teve sorte, já que a maioria das pessoas diagnosticadas com câncer renal sofrem com os efeitos colaterais do tratamento e precisam, durante algum tempo, tomar remédio.

“Atualmente, faço acompanhamento 2 vezes por ano. No mês de novembro, tive primeiro acompanhamento, após a cirurgia”.

Breno conta que nunca quis pesquisar sobre a doença para não prejudicá-lo psicologicamente. Seu companheiro e mãe também não procuraram na internet ou por outros meios de informações sobre o câncer renal.  

“O que me ajudou muito foi que desde o início o meu médico me tranquilizou, me passou segurança e, consequentemente, fiquei mais confiante, acreditando muito que tudo terminaria bem”.

A rotina segue praticamente a mesma. Após a recuperação da cirurgia, ele retomou ao trabalho e faculdade. Colocou sua alimentação como prioridade. De acordo com Breno, depois do susto que levou, percebeu que não dá para continuar com hábitos alimentares ruins, como comer lanches todos os dias, refrigerantes e doces.

Nosso entrevistado ressaltou a importância de melhorar o SUS no Brasil, pois muitas pessoas descobrem o diagnóstico precoce, mas devido à demora do atendimento e tratamento o câncer acaba ficando avançado, intensificando o problema de saúde.

“Deveriam existir mais campanhas em TV e rádio conscientizando a população da importância de se cuidar, de cuidar do seu rim para prevenir a doença. Todos deveriam saber a importância de fazer o check-up anual. As pessoas estão negligentes da própria vida. E isso precisa ser a primeira coisa a ser mudada” finaliza Breno.

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