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Author Instituto Espaço de Vida

Ouvir que seu filho tem Leucemia é algo que não é fácil, aos 3 anos ele foi diagnosticado com Leucemia LAB. Fez todo o Tratamento sem maiores intervenções; quimios de segunda à sexta, internações constantes, dias inteiros em hospitais, entrou em manutenção e ficou quase 2 anos desde a última quimioterapia.

Aí infelizmente a Leucemia voltou no saco escrotal. As quimios voltaram e além disso foi necessário radioterapia. Hoje ele tem 09 anos e está 1 ano sem quimio, mas está na fase da manutenção tomando medicação em casa.

Digo que não foi fácil, mas não é impossível. O fator principal é fazer tudo bem direitinho, seguir todas as recomendações médicas e muito amor e paciência, ele não tem culpa de estar cansado de ficar numa cama, ou bravo e chateado por algum motivo.

O amor cura e a paciência faz chegar mais perto de todo sentimento que ele vem sentindo! A presença da família e dos amigos ajuda bastante, tanto os pais como a criança!

Hoje ele tem uma vida normal, escola, escoteiro, amigos, brincadeiras na rua, viagens, passeios, se sujar, piscina, etc.

Mesmo que por tudo que passamos, agradeço sempre a Deus por ele estar bem e feliz!

O Câncer tem Cura!

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Você já ouviu falar em IMUNO-ONCOLOGIA?

A imuno-oncologia também conhecida como imunoterapia contra o câncer é um tratamento novo em oncologia, que utiliza uma abordagem diferente: ao invés do médico focar no tumor, ele foca no paciente, na sua imunidade, qualidade de vida e bem estar. IMUNO em imuno-oncologia é o sistema imunológico do paciente.

De acordo com o oncologista do Hospital Albert Einstein, Dr. Felipe Ades, a imunoterapia funciona estimulando o nosso sistema imunológico a descobrir qual a é a célula tumoral, para assim atacar essa célula. Demora algumas semanas para que o corpo descubra qual a diferença do tumor em relação às células normais, para se iniciar o ataque a esse tumor. Em alguns casos, existe o aumento do tumor antes que ele diminua – é o sistema imunológico invadindo o tumor, descobrindo quais são as diferenças do tumor para as células normais. Normalmente demora de 10 a 12 semanas para que ele comece a responder esse tratamento.

E,  o que é SISTEMA IMUNOLÓGICO?
Sistema imunológico é um sistema de estruturas e processos biológicos que protege o organismo contra doenças ou outros agentes estranhos ao organismo. Ele utiliza de medicamentos, conhecidos como imunoterapias, direcionados ao sistema imunológico do organismo do paciente para ajudar a combater o câncer.

QUAL A DIFERENÇA ENTRE IMUNOTERAPIA E IMUNO-ONCOLOGIA?
Imunoterapia refere-se a tratamentos que utilizam o sistema imunológico para combater diversas doenças, como por exemplo as vacinas.  Já a imuno-oncologia é um tipo de imunoterapia que tem o objetivo de tratar somente o câncer.

Fonte:
Vídeo Imunoterapia do Dr. Felipe Ades, feito pelo Instituto Espaço de Vida
A Imuno-Oncologia no tratamento do câncer: Entrevista Dr. Brust

Site da farmacêutica Bristol-Myers Squibb

Mas, QUALQUER PACIENTE PODE FAZER?

É extremamente importante deixar claro que a imunoterapia NÃO se aplica para todos os pacientes com câncer.

Atualmente, somente três tipos de câncer tiveram medicamentos imunoterápicos aprovados pela ANVISA. São eles: câncer de pulmão, câncer de rim e melanoma.  Até o meio do ano passado, cerca de 120 pacientes, utilizaram esses medicamentos. Já nos EUA e na Europa, além de câncer de pulmão, câncer de rim e melanoma, também foram aprovados imunoterápicos para linfoma não-hodking, câncer de bexiga e de cabeça e pescoço.

Os médicos, normalmente, utilizam o biomarcador que sinaliza quando tem algo diferente no organismo do paciente e precisa mudar o medicamento (um indicador utilizado por médicos para saber qual o medicamento mais adequado para determinado tratamento).

Fonte:
Vídeo Imunoterapia do Dr. Felipe Ades, feito pelo Instituto Espaço de Vida
A Imuno-Oncologia no tratamento do câncer: Entrevista Dr. Brust

Site da farmacêutica Bristol-Myers Squibb

QUAIS SÃO OS TIPOS DE IMUNO-ONCOLOGIA?

Os principais tipos de imuno-oncologia são:

  • Anticorpos monoclonais:  são versões feitas de proteínas do sistema imunológico. Os anticorpos podem ser muito úteis no tratamento do câncer, pois podem ser projetados para atacar uma parte muito específica de uma célula cancerígena;
  • Inibidores de ponto de controle imune: essas drogas basicamente quebram o sistema imunológico, o que ajuda a reconhecer e atacar as células cancerígenas;
  • Outras imunoterapias não específicas: estes tratamentos estimulam o sistema imunológico de uma forma geral.

COMO SEI QUE O TRATAMENTO ESTÁ SENDO EFICIENTE?
O tratamento é monitorado pela equipe médica, por meio de exame de imagem e com a realização de outros exames laboratoriais, dependendo de cada tipo de câncer.

Fonte:
Vídeo Imunoterapia do Dr. Felipe Ades, feito pelo Instituto Espaço de Vida
A Imuno-Oncologia no tratamento do câncer: Entrevista Dr. Brust
Site da farmacêutica Bristol-Myers Squibb
American Cancer Society

Os efeitos colaterais dependem muito de qual tipo de imunoterapia o paciente está recebendo, além de como está sua imunidade, no início do tratamento. Cerca de 1 a cada 5 paciente irá receber bem o tratamento, com poucos efeitos colaterais.

A imunoterapia é muito diferente da quimioterapia, não existe o cansaço habitual e nem a queda de cabelo.

A seguir alguns efeitos colaterais que podem surgir durante e após o tratamento:

  • Pneumonia;
  • Diarreia;
  • Inflamação das glândulas;
  • Tosse para quem está em tratamento pode ser princípio de uma inflamação.

O ideal é que o paciente procure um médico assim que perceber os efeitos colaterais. Assim ele será resolvido muito rápido, apenas com medicamentos adequados, sem futuras complicações. Uma dica para você se sentir mais seguro para começar o tratamento: peça uma lista de todos os efeitos colaterais para o seu médico. Assim você estará preparado e mais alerta ao seu corpo.

Fonte:
Vídeo Imunoterapia do Dr. Felipe Ades, feito pelo Instituto Espaço de Vida
A Imuno-Oncologia no tratamento do câncer: Entrevista Dr. Brust
Site da farmacêutica Bristol-Myers Squibb

IMUNIDADE, de onde vem essa palavra?
A palavra imunidade deriva do latim immunitas, que significa “estar isento de”. Este conceito originou-se por volta de 1500, antes mesmo que as causas das doenças fossem compreendidas.

Fonte:
Vídeo Imunoterapia do Dr. Felipe Ades, feito pelo Instituto Espaço de Vida
A Imuno-Oncologia no tratamento do câncer: Entrevista Dr. Brust
Site da farmacêutica Bristol-Myers Squibb

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Atualmente, o câncer renal, representa cerca de 3% das doenças malignas em adultos no mundo. No Brasil, surgiu mais de 580 mil casos novos até o final de 2015, sendo duas vezes mais frequente nos homens que nas mulheres. O tipo mais comum do câncer renal é o carcinoma de células renais, que representa 90% dos casos, e se origina nos rins, podendo se espalhar pelo corpo.  Dados publicados pelo Globocan, um projeto da Organização Mundial da Saúde que visa coletar, organizar e divulgar dados estimativos da incidência e mortalidade dos tipos mais comuns de câncer no mundo, apontam que, em 2015, 6.768 pessoas receberam o diagnóstico de câncer de rim no Brasil, sendo 4.068 homens e 2.700 mulheres. A maioria das pessoas com câncer renal são mais velhas. A idade média das pessoas quando diagnosticadas é de 65 anos. O câncer de rim é muito raro em pessoas com menos de 45 anos de idade. Ele está entre os 10 tipos de cânceres mais comuns em homens e mulheres. No geral, o risco de desenvolver câncer de rim é cerca de 1 em 63 (1,6%).

 

Sobre os Rins:

Os rins são um par de órgãos em formato de um feijão. Um rim está localizado do lado esquerdo e o outro do lado direito da coluna vertebral. Ambos estão protegidos pela caixa torácica. A principal função dos rins é filtrar o sangue e remover do corpo o excesso de água, sal e produtos residuais. Os produtos residuais filtrados são concentrados na urina. Os rins também ajudam a verificar se o corpo tem eritrócitos (também conhecidos como glóbulos vermelhos ou hemácias) suficientes. Os rins também atuam secretando substâncias importantes para nossa saúde. Entre suas funções, pode-se destacar a manutenção do equilíbrio de eletrólitos no corpo, como sódio, potássio, cálcio, magnésio, fósforo, bicarbonato etc.; a regulação do equilíbrio ácido-básico, mantendo o pH sanguíneo constante; a excreção de substâncias exógenas, como medicações; e a produção de hormônios, como aldosterona e prostaglandinas.

O câncer de rim é também conhecido como hipernefroma ou adenocarcinoma renal. Existem vários tipos de câncer renal. O mais frequente é o câncer renal de células claras, sendo responsável por 85% dos tumores diagnosticados. Entenda  sobre o Câncer Renal de Células Claras: O CCR de célula clara é o tipo de célula associado com a mutação no gene von Hippel Lindau (VHL) no câncer renal hereditário. De fato, aproximadamente 70% dos casos não hereditários de CCR de células claras também apresentam mutação no aVHL.

 

Conheça os Tipos de Câncer Renal:

 

– Carcinoma de Células Renais (CCR)

Nem todos os cânceres renais são os mesmos. Há um crescente entendimento entre os médicos e pesquisadores de que há diferentes subtipos de CCR e que eles se comportam de formas completamente diferentes, tanto com relação ao quanto são agressivos no paciente quanto como eles respondem ao tratamento. Há dez ou quinze anos, era comum para um relato de patologia de um paciente com câncer renal se ler simplesmente Carcinoma de Células Renais. Hoje, este diagnóstico simples é considerado incompleto. A identificação do subtipo específico ou tipo de célula (histologia) do câncer renal pode ser tão importante na determinação do prognóstico do paciente quanto saber o estágio e o grau do CCR. Seu médico deve lhe oferecer informações sobre a histologia, grau e estágio do seu câncer renal. Em caso negativo, você deve se sentir confortável em pedir estas informações uma vez que é uma parte importante do seu planejamento de tratamento.
Os subtipos de CCR vêm da descrição da aparência das células e outras características. Eles incluem:

 – Carcinoma de Células Renais (CCR) de Células Claras

Esta é a forma mais comum de câncer renal e representa entre 66% e 75% de todos os casos. O CCR de célula clara é o tipo de célula associado com a mutação no gene von Hippel Lindau (VHL) no câncer renal hereditário. De fato, aproximadamente 70% dos casos não hereditários de CCR de células claras também apresentam mutação no aVHL. Muito da pesquisa atual, que tenta identificar novos tratamentos efetivos para pacientes com doença localmente avançada ou metastática, foca neste subtipo da doença, uma vez que é o tipo mais comum de CCR.

Quando o tumor não está espalhado, o prognóstico é muito bom depois de excisão cirúrgica. O prognóstico para o paciente está diretamente relacionado tanto com o estágio (tamanho do tumor e faixa de crescimento) quanto o grau (as características das células tumorais) do câncer. Tanto o estágio quanto o grau são explicados mais adiante neste capítulo.

Pacientes com CCR de células claras metastático – ou um tumor que se espalhou para outras partes do corpo – apresentam um prognóstico significativamente mais desfavorável.

 – Carcinoma de Células Renais (CCR) Papilar

Esta é a segunda forma mais comum de câncer renal, somando aproximadamente 15% dos casos.

O CCR papilar é dividido em dois subtipos com base na aparência celular: Tipo I (5%) e Tipo II (10%). Há um aumento na incidência de CCR papilar em afro-americanos e um aumento na incidência de doença bilateral (envolvendo ambos os rins) associado com este subtipo.

Há também formas hereditárias tanto do CCR papilar Tipo I quanto Tipo II. Quando o CCR papilar não está espalhado, a remoção cirúrgica está geralmente associada a um excelente prognóstico. No entanto, quando ocorre metástase do CCR papilar para outros locais do corpo, a maioria das terapias convencionais para CCR, tal como imunoterapia, são ineficazes.

– Carcinoma de Células Renais (CCR) Cromófobo

Esta forma rara de câncer renal representa aproximadamente 5% dos casos de CCR. Pensa-se que este tipo de CCR se origina a partir do mesmo tipo de célula que aquelas que formam os oncocitomas renais (vide). Tumores híbridos que contém características tanto do CCR cromófobo quanto do oncocitoma renal também foram diagnosticados. Há uma forma familiar ou herdada de CCR cromófobo (em associação com oncocitoma renal) chamada de síndrome de Birt Hogg Dubé, a qual também está associada a uma mutação em um gene específico. Raramente ocorre metástase do CCR cromófobo até tardiamente na sua evolução clínica, e uma remoção cirúrgica de doença localizada ou mesmo localmente avançada está associada, geralmente, a um excelente prognóstico. CCR cromófobo metastático é relativamente raro e nenhuma terapia padrão existe atualmente.

-Carcinoma de Células Renais Não-Classificado

Menos de 1% dos carcinomas de células renais são de tipo não-classificado e são muito raros. Eles não se encaixam em nenhum dos subtipos mais comuns de CCR. Quando examinados em microscópio, estas células de câncer não-classificadas apresentam uma estrutura e características genéticas não compatíveis com a descrição dos subtipos de CCR mais comuns. Esta categoria geralmente inclui tumores agressivos que não respondem à terapia tradicional para CCR.

-Carcinoma dos Ductos Coletores

Esta é uma variação rara e muito agressiva do câncer renal que representa menos de 1% dos casos. Esta forma de CCR é, em geral, metastática no momento do diagnóstico e é mais comum em indivíduos mais jovens. O tratamento foi direcionado no uso de regimes com base em quimioterapia, semelhante àqueles utilizados no tratamento de carcinoma de células transicionais (vide abaixo), uma vez que estes tumores não respondem às terapias tradicionais de CCR, como a bioimunoterapia.

-Carcinoma de Células Renais (CCR)  medular

Esta também é uma variação muito rara e agressiva do câncer renal, apesar de ser uma variação do carcinoma dos ductos coletores. Ele está comumente associado ao traço falciforme e, portanto, é mais comum na população afro-americana. Ele representa menos de um por cento dos cânceres renais diagnosticado. A quimioterapia continua sendo o foco principal do tratamento para esta doença.

-Carcinoma de Células Renais (CCR) Sarcomatoide

Esta condição, conhecida como “diferenciação”, pode ocorrer com qualquer um dos subtipos comuns de CCR. O termo se refere ao fato de que as células do CCR – quando visualizadas em microscópio – têm aparência de células de sarcoma. A porcentagem de diferenciação de sarcomatoide é, geralmente, refletida no relato de patologia do tumor e relata a agressividade do tumor. O prognóstico associado ao CCR Sarcomatoide geralmente é desfavorável. A condição é frequentemente encontrada em pacientes cujo câncer renal realizou metástase de forma ampla. Esta forma de câncer renal é, alguma vezes, tratada com quimioterapia.

-Carcinoma de Células Transicionais do Rim (CCT)

Carcinoma de células transicionais (CCT) do rim é um tumor raro e potencialmente muito agressivo que não deve ser considerado um verdadeiro câncer renal, mas ao invés, deve ser agrupado com aqueles cânceres que se desenvolvem a partir da linha do trato urinário. Isto inclui CCT da bexiga, que é muito mais comum do que CCT do rim. Se o câncer não se espalhou, o tumor pode ser tratado por remoção cirúrgica tanto do rim quanto do ureter, embora recorrências de CCT na bexiga sejam comuns. Quando o tumor é grande ou ocorreu metástase, o prognóstico é extremamente desfavorável e as opções de tratamento são semelhantes àquelas para câncer de bexiga metastático, que inclui quimioterapia.

 

SUBTIPOS
Oncocitoma Renal

Este é um tumor benigno do rim que soma aproximadamente 5% de todos os tumores de rim. Não ocorre metástase destes tumores, embora possam crescer a tal tamanho no rim e invadir estruturas locais, que podem resultar em sintomas que requerem cirurgia. Eles são considerados relacionados ao CCR cromófobo e pode ser muito difícil diferenciar os dois. O tumor é tratado através de remoção parcial ou completa do rim.

 

A escolha do tratamento, onde o tratamento é feito, a frequência de check-ups e muitos outros aspectos do controle da doença são determinados pelo paciente e o médico. Alguns pacientes acreditam que as informações sobre o câncer renal são apresentadas em termos médicos complicados. Mas, muitas informações, incluindo os recursos recomendados neste guia são especificamente escritos para pacientes em uma linguagem fácil de entender a qual não requer treinamento especializado.

Quanto mais você souber, melhores serão suas decisões, e mais você se sentirá no controle da sua doença. O conhecimento sobre a sua doença o ajudará a se comunicar melhor com seu médico e enfermeira e aumentará sua confiança no tratamento que você recebe. Saber mais sobre o câncer renal é um passo importante para lutar efetivamente contra a doença.

Como prevenir?

NÃO FUMAR  →   O tabagismo aumenta significativamente o risco do câncer renal. O risco aumentado parece estar relacionado a quantidade que você fuma. O risco cai se você parar de fumar, mas leva muitos anos para se aproximar ao nível de alguém que nunca fumou;

SOBREPESO/OBESIDADE →  Manter uma alimentação saúdavel. Abuse de frutas, verduras e legumes. Elas são as maiores fontes de micronutrientes e ajudam na regulação do organismo. As pessoas que estão muito acima do peso apresentam um risco mais alto de desenvolvimento de câncer de células renais. Alguns médicos acreditam que a obesidade é um fator em certa de 2 de 10 pessoas que adquirem este câncer. A obesidade pode provocar alterações em determinados hormônios que podem levar ao carcinoma de células renais;

PRATIQUE EXERCÍCIO FÍSICO → O sobrepeso e a obesidade podem provocar alterações hormonais que levam ao desenvolvimento do câncer;

MODERE NO SAL E REDUZA O AÇÚCAR → evitando a retenção de liquído, alta pressão arterial e diabetes;

BEBA ÁGUA → ela hidrata o organismo e mantém o bom funcionamento dos rins!

Fatores de Risco

Um fator de risco é qualquer coisa que afete suas chances de contrair uma doença, como um câncer. Diferentes tipos de cânceres apresentam diferentes fatores de risco. Por exemplo, a exposição sem proteção a fortes raios solares é um fator de risco para câncer de pele. Mas os fatores de risco não nos dizem tudo. Apresentar um fator de risco, ou mesmo vários fatores de risco, não significa que você terá a doença. E algumas pessoas que adquirem a doença podem não ter apresentado nenhum dos fatores de risco conhecidos. Mesmo se a pessoa com câncer renal apresentar um fator de risco, em geral é muito difícil saber o quanto aquele fator de risco pode ter contribuído para o câncer.

 

Fatores de risco Genéticos e Hereditários:

Algumas pessoas herdam uma tendência de desenvolver determinados tipos de câncer. O DNA que você herda dos seus pais pode conter determinadas alterações que contribuem para esta tendência de desenvolver câncer. O câncer renal pode ser causado por algumas condições raras herdadas. Pessoas com estas condições apresentam um risco muito mais alto de adquirir câncer renal, embora elas contribuam apenas para uma pequena parte dos casos no total.

Entre os fatores de risco Genéticos e Hereditários estão:

Carcinoma de Células Renais Papilar Hereditário

Pessoas com esta condição apresentam uma tendência herdada de desenvolver um ou mais carcinomas de células renais papilares, porém eles não apresentam tumores em outras partes do corpo, como é o caso de outras condições herdadas listadas aqui. Pensa-se que este distúrbio seja causado por alterações no gene MET.

Doença von Hippel-Lindau

Pessoas com esta condição frequentemente desenvolvem vários tipos de tumores e cistos (bolsas preenchidas por fluídos) em diferentes partes do corpo. Eles apresentam risco aumentado de desenvolver carcinoma de células renais de células claras, especialmente quando mais jovens. Eles também podem apresentar tumores benignos nos olhos, cérebro, medula espinhal, pâncreas e outros órgãos; e um tipo de tumor da glândula suprarrenal chamado feocromocitoma. Esta condição é provocada por mutações (alterações) no gene VHL.

Leiomiomatose Hereditária e Carcinoma de Células Renais

Pessoas com esta síndrome desenvolvem tumores de músculo liso chamados leiomiomas ou fibroides da pele e do útero (em mulheres) e apresentam um risco mais alto de desenvolver cânceres de células renais papilares. Está ligado a alterações no gene da fumarato hidratase (FH).

Síndrome Birt-Hogg-Dube

Pessoas com esta síndrome, que é caracterizada pelo desenvolvimento de pequenos tumores cutâneos benignos, apresentam um risco aumentado de desenvolver diferentes tipos de cânceres de células renais. Eles também podem apresentar tumores benignos ou malignos de vários outros tecidos. O gene ligado a esta condição é conhecido como BHD.

Oncocitoma Renal Hereditário

Algumas pessoas herdam a tendência de desenvolver um tumor de rim chamado oncocitoma, que apresenta um potencial muito baixo de ser maligno. É importante que as pessoas que apresentam causas hereditárias de câncer de células renais visitem seus médicos com frequência, particularmente se elas já têm câncer de células renais diagnosticadas. Alguns médicos recomendam testes de imagem regulares (como exames de CT) para estas pessoas.

 

Outros

Há alguns fatores de risco que não podem ser alterados, mas podemos aprender a observá-los e relatar qualquer alteração à equipe médica. São eles:

Histórico Familiar de Câncer Renal

As pessoas com um forte histórico familiar de câncer de células renais (sem uma das condições herdadas conhecida listada acima) também apresentam alta chance de desenvolvimento deste câncer. Este risco é ainda mais alto em irmãos (irmãos ou irmãs) daqueles afetados. Se não está claro se é devido à genética, uma exposição ambiental compartilhada, ou alguma combinação destes.

Alta Pressão Arterial

O risco de câncer renal é mais alto em pessoas com alta pressão arterial. Alguns estudos sugeriram que determinados medicamentos utilizados para tratar alta pressão arterial pode desenvolver o risco de câncer renal, mas é difícil dizer se a condição ou a medicação (ou ambos) podem ser a causa do risco aumentado.

Determinados Medicamentos

Fenacetina, um remédio popular para alívio de dor com venda livre, esteve ligado ao câncer de células renais no passado. Alguns estudos sugeriram que diuréticos (medicamentos que tratam a alta pressão arterial provocando que os rins removam o sal e fluído do corpo) podem estar ligados ao carcinoma de células renais. Não está claro se a causa é dos medicamentos ou da alta pressão arterial em si. Se você precisa de diuréticos, você deve tomá-los. Se não precisa, evite-os para tentar reduzir o risco de câncer renal.

Doença de Rim Avançada

Pessoas com doença de rim avançada, especialmente aqueles que precisam de diálise, apresentam um risco mais alto de carcinoma de células renais. A diálise é um tratamento utilizado para remover toxinas do seu corpo caso os rins não funcionem apropriadamente.

Gênero

O carcinoma de células renais e quase duas vezes tão comum em homens quanto em mulheres. Os homens estão provavelmente mais propensos a fumar e a estarem expostos a elementos químicos que provocam câncer no trabalho, que podem contribuir com uma parte da diferença.

Raça

Negros apresentam uma taxa ligeiramente mais alta de câncer de células renais do que brancos. As razões para isto não estão claras.

 

Sabemos o que causa o câncer renal?

Embora muitos fatores de risco possam elevar sua chance de desenvolver câncer renal, não se sabe ainda de forma exata como alguns desses fatores de risco tornam as células do rim cancerígenas.

Alterações Genéticas

Pesquisadores estão começando a entender como algumas alterações no DNA podem resultar na modificação de células do rim normais em células cancerígenas.

DNA é a molécula química em cada uma de nossas células que compõe nossos genes – as instruções sobre como nossas células funcionam.

Nós geralmente parecemos com os nossos pais porque eles são a fonte de nosso DNA . Contudo, o DNA afeta mais do que nossa aparência.

Alguns genes contêm instruções para controle de quando nossas células devem crescer, se dividir e morrer. Determinados genes que aceleram a divisão celular são chamados oncogenes. Outros genes que diminuem a velocidade da divisão celular ou fazem com que as células morram no momento certo são denominados genes supressores de tumor.

O câncer pode ser causado por mutações do DNA (alterações) que ativam os oncogenes ou desativam os genes supressores de tumor.

 

Mutações Genéticas Herdadas

Determinadas alterações do DNA herdadas podem levar a condições correntes em algumas famílias que aumentam o risco de câncer renal.

Estas síndromes, que provocam uma pequena parte de todos os cânceres renais, foram descritas na seção Fatores de Risco.

Por exemplo, o gene VHL é um gene supressor de tumor. Ele normalmente ajuda a impedir que as células cresçam fora de controle. As mutações (alterações) neste gene podem ser herdada de um dos pais, provocando a doença von Hippel-Lindau. Quando ocorre mutação no gene VHL, ele não mais suprime o crescimento anormal e é mais provável que o câncer renal se desenvolva.

Os genes ligados à leiomiomatose hereditária, ao carcinoma de células renais (o gene da fumarato hidratase) e à síndrome Birt-Hogg-Dube (o gene BHD) também são genes supressores de tumor, e as alterações herdadas nestes genes também levam a um risco aumentado de câncer renal.

Pessoas com carcinoma de células renais papilar hereditário herdam alterações no oncogene MET que podem provocar que fique “ativo” o tempo todo. Isto torna a pessoa mais propensa a desenvolver câncer de células renais papilar.

 

Mutações Genéticas Adquiridas

A maioria das mutações de DNA relacionadas ao câncer de mama, entretanto, ocorre durante a vida da pessoa ao invés de ser herdada. Estas mutações adquiridas de oncogenes e/ou dos genes supressores de tumor podem resultar de fatores como exposição a elementos químicos que provocam câncer (como aqueles encontrados no tabaco), porém em muitos casos a causa destas alterações não é conhecida.

Cerca de 3 de 4 pessoas com câncer de células renais claras esporádico (não-herdado) apresentam alterações no gene VHL que provoca que este não funcione apropriadamente. Estas alterações foram adquiridas durante a vida ao invés de serem herdadas.

Outras alterações genéticas também podem provocar carcinomas de células renais. Os pesquisadores continuam a procurar estas alterações.

Algum progresso foi alcançado na compreensão em como o tabaco aumenta o risco de desenvolvimento de carcinoma de células renais. Muitos dos elementos que provocam câncer no tabaco são absorvidos pela corrente sanguínea pelos pulmões. Como os rins filtram este sangue, muitos destes elementos tornam-se altamente concentrados nos rins.

Vários destes elementos químicos são conhecidos por danificar o DNA das células renais de forma que pode tornar células normais em cancerígenas.

A obesidade, outra causa deste câncer, altera o equilíbrio de alguns dos hormônios do corpo. Os pesquisadores estão agora aprendendo como determinados hormônios ajudam a controlar o crescimento (tanto normal quanto anormal) de muitos tecidos diferentes no corpo, incluindo os rins.

Conhecimento das alterações genéticas que podem levar ao câncer de mama está sendo utilizado para ajudar a desenvolver novos tratamentos para esta doença. Por exemplo, os pesquisadores agora sabem que o gene VHL normalmente impede que as células produzam uma substância chamada fator do crescimento endotelial vascular (VEGF). Esta substância provoca a formação de novos vasos sanguíneos, dos quais os tumores precisam para sobreviver e crescer. Medicamentos recentes que têm como alvo o VEGF estão agora sendo utilizados para tratar o câncer renal.

Alguns possíveis sinais e sintomas de câncer renal incluem:

> sangue na urina (hematúria);

> dor lombar em um lado (não provocada por lesão);

> uma massa ou inchaço no lado ou na região lombar;

> fadiga;

> perda de peso não explicada;

> febre que não é causada por um resfriado ou outra infecção e que não passa após poucas semanas;

> inchaço dos tornozelos e pernas (edema);

Estes sintomas podem ser causados pelo câncer, mas com mais frequência se dão devido a doenças não-cancerosas. Por exemplo, sangue na urina pode ser um sinal de câncer renal, bexiga ou de próstata, mas com muita frequência é provocado por infecção na bexiga ou pedra no rim. Ainda, se você apresentar algum destes sintomas, consulte um médico, assim a causa pode ser avaliada e tratada, se necessário.

Como o Câncer Renal  é Diagnosticado?

Muitos cânceres renais são encontrados regularmente de forma precoce, enquanto eles ainda estão confinados no rim. Porém, outros são encontrados em um estágio mais avançado. Há algumas razões para isto:

> Estes cânceres podem, algumas vezes, se tornar muito grandes sem provocar nenhuma dor ou outros problemas;

> Devido ao fato do rim estar muito adentro do corpo, pequenos tumores do rim não podem ser observados ou sentidos durante um exame físico;

> Não há testes simples que possam ser utilizados para examinar o câncer renal em pessoas que não estão em risco aumentado.

Um teste de urina de rotina, que, às vezes, é parte de um exame médico completo, pode encontrar pequenas quantidades de sangue na urina de algumas pessoas com câncer de células renais precoce. Porém, há muitas outras causas de sangue na urina, incluindo infecções do trato urinário, infecções da bexiga, câncer da bexiga e condições benignas do rim (não cancerosas), tais como pedras no rim.
Por outro lado, algumas pessoas com câncer renal não apresentam sangue na urina até que o câncer esteja muito grande e possa ter se espalhado para outras partes do corpo. Exames de imagem, tais como exames de tomografia computadorizada (CT) e exames de imagem por ressonância magnética (MRI) podem encontrar pequenos carcinomas de células renais. Mas estes exames são caros e nem sempre revelam tumores benignos de pequenos carcinomas de células renais. Por estas razões, os médicos geralmente recomendam CT e MRI para detecção precoce de câncer renal apenas em pessoas que apresentam determinados fatores de risco, tais como doença von Hippel-Lindau (VHL) ou outras condições herdadas. Alguns médicos também recomendam que pessoas com doenças de rim tratadas por diálise em longo prazo realizem testes periódicos (exames de CT ou MRI) para procurar por câncer renal. Em geral, cânceres renais são encontrados incidentalmente durante exames para algumas outras doenças, tais como doença de vesícula biliar. Estes cânceres geralmente não provocam dor ou desconforto no momento da descoberta. A taxa de sobrevida para câncer renal descoberto desta forma é muito alta, pois estes cânceres geralmente são descobertos em um estágio muito precoce.

Saiba mais sobre diagnóstico precoce:

É importante dizer ao seu médico se familiares (parentes de sangue) apresentam ou apresentaram câncer renal, especialmente quando jovens, ou se eles foram diagnosticados com uma condição herdada ligada a este câncer, como doença VHL. Seu médico pode recomendar que você considere o teste genético. O teste genético para estas condições é utilizado apenas em pessoas com sinais clínicos destas condições e em seus parentes de sangue. Antes de realizar os testes genéticos, é importante falar com um consultor genético, assim você entende o que os testes podem – e não podem – dizer a você, e o que alguns resultados significariam. Os testes genéticos procuram mutações genéticas que provocam estas condições no seu DNA. Eles são utilizados para diagnosticar estas condições herdadas, não o câncer renal em si. Seu risco pode estar aumentado se você apresentar uma destas condições, mas isto não significa que você apresenta (ou definitivamente apresentará) câncer renal. Se você foi diagnosticado com uma destas condições, você pode precisar de frequentes exames de CT ou MRI para procurar por câncer renal.

Para o dignóstico do câncer renal são utilizados exames de imagem e laboratóriais. Abaixo listados os exames necessários para diagnosticar o câncer renal:

 

Exames de Imagem

Exames por imagem utilizam raios-X, campos magnéticos ou substâncias radioativas para criar fotos de dentro do seu corpo. Exames de imagem podem ser realizados por um número de motivos, incluindo ajudar a descobrir se a área suspeita pode ser cancerosa, saber o quão longe o câncer pode ter se espalhado e ajudar a determinar se o tratamento foi eficaz. Diferente da maioria dos outros cânceres, os médicos podem com frequência ter certeza sobre o diagnóstico do câncer renal sem precisar realizar uma biópsia (remoção de uma amostra do tumor para ser observado em microscópio). Em muitos casos, os exames de imagem podem dar aos médicos uma quantidade razoável de certeza que uma massa do rim é (ou não) cancerosa. Em alguns casos, no entanto, uma biópsia pode ser necessária para ter certeza. Exames de tomografia computadorizada (CT), exames de imagem por ressonância magnética (MRI), pielogramas intravenosos e ultrassom podem ser muito úteis no diagnóstico na maioria dos tipos de tumores renais, embora os pacientes raramente precisem de todos estes exames. Outros exames descritos aqui, como raios-X do tórax e exames ósseos são utilizados com mais frequência para ajudar a determinar se o câncer se propagou (ocorreu metástase) para outras partes do corpo.

 

Exame de Tomografia Computadorizada (CT ou CAT)

O exame de Exame de Tomografia Computadorizada (CT ou CAT) consiste em um exame de raio-X que produz imagens seccionais cruzadas detalhadas do seu corpo. Ao invés de tirar uma fotografia, como um raio-X convencional, o aparelho de CT obtém diversas imagens conforme gira ao seu redor, enquanto você está deitado em uma mesa. Então, um computador combina essas imagens na forma de imagens de fatias da parte do corpo que está sendo estudada. Diferente de um raio-X convencional, um exame de CT cria imagens detalhadas dos tecidos moles no corpo. Depois de obtido o primeiro grupo de imagens, pode ser solicitado que você beba uma solução de contraste e/ou você pode receber um cateter IV (intravenoso) por meio do qual é injetado um corante de contraste. Ele ajuda a delinear melhor as estruturas do seu corpo. Em seguida, se obtém um segundo grupo de imagens.

O contraste pode provocar um pouco de rubor (uma sensação de calor, especialmente na face). Algumas pessoas são alérgicas e apresentam urticária. Raramente, podem ocorrer reações mais sérias como dificuldades para respirar ou queda da pressão arterial. Não deixe de informar o médico caso você sofra ou já tenha sofrido alguma reação a qualquer material de contraste utilizado para raios-X.

Exames de CT são mais demorados do que raios-X convencionais. Você precisa ficar deitado em uma mesa durante sua realização. Durante o exame, a mesa se movimenta para dentro e para fora do aparelho, uma máquina em formato de anel que envolve completamente a mesa. Você pode se sentir um pouco confinado pelo anel em que deve se deitar enquanto as imagens são obtidas.

Nos últimos anos, a CT espiral (também conhecida como CT helicoidal) se tornou disponível em muitos centros médicos. Este tipo de exame de CT utiliza uma máquina mais rápida. A parte da máquina que obtém a imagem roda em volta do corpo continuadamente, permitindo que os médicos coletem as imagens mais rapidamente do que com a CT padrão. Isto reduz a chance de imagens “borradas” decorrentes do movimento de respiração. Também diminui a dose de radiação recebida durante o exame. A maior vantagem pode ser que as “fatias” de imagem que ele obtém são mais finas, o que proporciona imagens mais detalhadas e permite que médicos olhem as áreas suspeitas de diferentes ângulos.

O exame de CT é um dos exames mais úteis para achar e olhar uma massa dentro do rim. Ele também é útil para verificar se um câncer se espalhou, ou não, para órgãos e tecidos além do rim. O exame de CT fornecerá informações precisas sobre o tamanho, formato e posição de um tumor, e pode ajudar a encontrar linfonodos maiores que possam conter câncer.

 

Imagem por Ressonância Magnética (MRI)

Assim como os exames de Tomografia Computadorizada (CT), os exames de Imagem por Ressonância Magnética (MRI) fornecem imagens detalhadas de tecidos moles no corpo.

Exames de MRI são utilizados com menos frequência do que os exames de CT em pessoas com câncer renal. Eles podem ser realizados em casos onde os exames de CT não são práticos, tais como se a pessoa for alérgica ao contraste de CT.

Exames de MRI também podem ser realizados se houver uma chance do câncer envolver uma veia principal no abdômen (veia cava inferior). Finalmente, eles podem ser utilizados para procurar possível propagação do câncer para o cérebro ou para a medula espinhal se uma pessoa apresentar sintomas que sugerem que este possa ser o caso.

 

Ultrassom (ultrassonografia ou US)

O ultrassom utiliza ondas sonoras para criar imagens de órgãos internos.
Para este exame, um pequeno instrumento semelhante a um microfone chamado transdutor é colocado na pele próximo ao rim. Ele emite ondas sonoras e capta os ecos conforme eles são refletidos pelos tecidos no rim. Os ecos são convertidos por um computador em uma imagem em preto e branco que é exibida em uma tela de computador. Este exame é indolor e não expõe você à radiação.

O ultrassom pode ser útil para determinar se uma massa do rim é sólida ou preenchida por fluído. Os modelos de eco produzidos pela maioria dos tumores do rim parecem diferentes daqueles do tecido do rim normal.

Diferentes modelos de eco também podem distinguir alguns tipos de tumores benignos e malignos do rim um do outro. Se uma biópsia de rim for necessária, este exame pode ser utilizado para guiar uma agulha da biópsia na massa para obter uma amostra.

 

Exame de Tomografia por Emissão de Pósitron (PET SCAN)

Exames de PET SCAN envolvem a injeção de uma forma de açúcar radioativo (conhecido como fluorodeoxiglicose ou FDG) no sangue. A quantidade de radioatividade utilizada é muito baixa.

Como as células cancerosas do corpo crescem rapidamente, elas absorvem grandes quantidades do açúcar radioativo. Uma câmera especial pode, assim, gerar uma imagem de áreas de radioatividade do corpo. A imagem não é extremamente detalhada como um exame de CT ou MRI, mas proporciona informações úteis sobre o corpo todo.

Este exame pode ser útil para observar se o câncer pode ter se espalhado para os linfonodos próximos ao rim. Exames de PET também podem ser úteis quando o médico acredita que o câncer possa ter se espalhado, mas não tem conhecimento de onde isso ocorreu. Exames de PET podem ser utilizados ao invés de diversos raios-X diferentes, pois eles realizam varredura do corpo inteiro.

Algumas máquinas mais recentes conseguem realizar tanto um exame de PET quanto um exame de CT ao mesmo tempo (exame PET/CT). Isso permite ao radiologista comparar áreas de maior radioatividade no PET com a aparência da mesma área na CT.

 

Pielograma Intravenoso (IVP)

Um pielograma intravenoso é um raio-X do sistema urinário realizado após um corante especial ter sido injetado na veia. Este corante sai da corrente sanguínea para os rins e, então, passa pelos ureteres e bexiga.

Um IVP pode ser útil para encontrar anormalidades do trato urinário, tais como câncer, mas você pode não precisar de um IVP caso já tenha realizado uma CT ou MRI.

 

Angiografia

Assim como IVP, este exame de raio-X também utiliza um corante de contraste. Um cateter é geralmente preso a uma artéria de grande porte na sua perna na artéria que segue para o rim (artéria renal). O corante é, então, injetado na artéria para contornar os vasos sanguíneos.

Como a angiografia pode contornar os vasos sanguíneos que alimentam o tumor do rim, ela pode ajudar o cirurgião a planejar uma cirurgia. A angiografia também pode ajudar a diagnosticar cânceres renais uma vez que os vasos sanguíneos geralmente apresentam uma aparência especial com este exame.

 

Raio-X do Tórax

Se o câncer renal foi diagnosticado (ou há suspeita), um raio-X plano do seu tórax pode ser realizado para observar se o câncer se propagou para os pulmões. Isto é muito improvável, a menos que o câncer esteja muito avançado. Este raio-X pode ser realizado em qualquer contexto ambulatorial. Se os resultados forem normais, provavelmente você não apresenta câncer nos pulmões.

 

Exame Ósseo

Um exame ósseo pode ajudar a mostrar se o câncer sofreu metástase (se espalhou) para os ossos. Nesse exame, é injetada uma pequena quantidade de material de baixo nível de radioatividade em uma veia (por via intravenosa, ou IV). A substância se deposita nas áreas do osso comprometido por todo o esqueleto, no decorrer de algumas horas. Então, você fica deitado sobre uma mesa por cerca de 30 minutos enquanto uma câmera especial detecta a radioatividade e gera uma imagem do seu esqueleto.

Áreas de alterações ósseas ativas como “hot spots” no seu esqueleto – ou seja, elas atraem a radioatividade. Essas áreas podem sugerir a presença de câncer metastático, no entanto, a artrite e outras doenças ósseas também podem produzir o mesmo padrão. Para distinguir entre essas condições, sua equipe de cuidados oncológicos pode utilizar outros exames de imagem, como raios-x simples ou exames de CT e MRI, para conseguir uma visualização melhor das áreas realçadas, ou podem até mesmo colher amostras do osso para biópsia.

Exames ósseos são realizados principalmente quando há motivo para pensar que o câncer possa ter se espalhado para os ossos (pois uma pessoa apresenta sintomas como dor óssea). Exames de PET geralmente também podem mostrar a propagação do câncer para os ossos, portanto, se você realizou um exame de PET você pode não precisar de um exame ósseo.

 

Exames Laboratoriais

Exames laboratoriais geralmente não são utilizados para diagnosticar câncer renal, mas eles podem, algumas vezes, dar a primeira pista de que pode haver um problema com os rins. Eles também são realizados para ter uma ideia da saúde geral da pessoa e para ajudar a dizer se o câncer pode ter se espalhado para outras áreas. Antes da cirurgia, eles podem ajudar a dizer se uma pessoa é saudável o suficiente para realizar a operação.

Exame de Urina (Urinálise)

O Exame de Urina (Urinálise) é, algumas vezes, parte de um exame físico completo, mas ele pode não ser realizado como parte de exames físicos de rotina. É provável que seja um dos primeiros exames realizados caso o câncer renal seja uma possibilidade.

Exames microscópicos e químicos são realizados na urina para procurar pequenas quantidades de sangue e outras substâncias não observadas a olho nu. Cerca de metade dos pacientes com câncer de células renais apresentam sangue na urina. Algumas vezes, exame microscópico especial de amostras da urina (chamado citologia da urina) mostrará células cancerosas reais na urina.

Hemograma

O hemograma pode detectar achados algumas vezes observados com câncer de células renais. Anemia (pouquíssimos eritrócitos) é muito comum. Com menos frequência, uma pessoa pode apresentar muitos eritrócitos, pois o câncer renal produz um hormônio (eritropoietina) que provoca que a medula óssea produza mais eritrócitos. As contagens de sangue também são importantes para se certificar que uma pessoa é saudável o suficiente para uma cirurgia.

Exames de Bioquímica do Sangue

Exames de bioquímica do sangue geralmente são realizados em pessoas que possam apresentar câncer renal, uma vez que ele pode afetar os níveis de determinados elementos químicos no sangue. Por exemplo, altos níveis de enzimas hepáticas são encontrados algumas vezes, embora os motivos para isso não sejam conhecidos. Altos níveis de cálcio no sangue podem indicar que o câncer se espalhou para os ossos e pode, portanto, alertar o médico para solicitar um exame ósseo.

Biópsia por Aspiração com Agulha Fina

Este exame é raramente utilizado para diagnosticar tumores de rim. Estudos por imagem geralmente fornecem informações suficientes para um cirurgião decidir se a operação é ou não necessária. Algumas vezes a biópsia por aspiração com agulha fina (FNA) é utilizada para obter pequena amostra das células de uma área suspeita se os resultados do exame de imagem não forem conclusivos o suficiente para garantir a remoção do rim. Ela também pode ser realizada para confirmar o diagnóstico de câncer se a saúde da pessoal for muito deficiente para cirurgia e outros tratamentos locais (tais como embolização arterial ou crioterapia) estão sendo considerados. Para este exame, a pele onde a agulha será inserida é, em primeiro lugar, adormecida com anestesia local. O médico direciona uma agulha vazia na área enquanto observa seu rim com exames de ultrassom ou CT. Diferente do ultrassom, a CT não fornece uma imagem contínua, então a agulha é inserida na direção da massa, uma imagem de CT é obtida e a direção da agulha é orientada com base na imagem. Isto é repetido algumas vezes até a agulha estar dentro da massa. Uma pequena amostra da área-alvo é sugada (aspirada) para uma seringa e observada em microscópio para observar se células cancerosas estão presentes. Em casos onde os médicos pensam que o câncer renal possa ter se espalhado para outros locais, eles podem realizar uma biópsia do local metastático ao invés do rim.

Grau de Fuhrman

O grau de Fuhrman é determinado pela observação das células do câncer renal (obtidas durante uma biópsia ou durante cirurgia) em um microscópio. Ele é utilizado por muitos médicos como uma maneira de descrever o quão agressivo o câncer provavelmente pode ser. O grau é baseado em o quanto os núcleos das células cancerosas (parte de uma célula na qual o DNA é armazenado) se parece com aqueles de células de um rim normal. Os cânceres de células renais geralmente são graduados em uma escala de 1 até 4. Os cânceres de células renais grau 1 têm núcleos celulares que diferem muito pouco dos núcleos celulares de um rim normal. Estes cânceres normalmente crescem e se espalham lentamente e tendem a apresentar uma boa perspectiva. No outro extremo, núcleos de câncer de células renais grau 4 são muito diferentes de núcleos de células de um rim normal e apresentam um pior prognóstico. Embora o tipo celular e o grau algumas vezes sejam úteis na previsão do prognóstico, o estágio do câncer está longe de ser a melhor previsão de sobrevida. O estágio descreve o tamanho do câncer e o quanto ele se espalhou além do rim.

Como é tratado?

O tratamento varia de pessoa para pessoa. A escolha depende muito do estágio do câncer, do estilo de vida do paciente e da alimentação. Após a determinação do câncer e de seu estágio, a equipe de cuidados oncológicos discutirá com o paciente as opções de tratamento. No caso do câncer renal, as opções de tratamento podem incluir cirurgia, terapia por radiação, terapia-alvo, imunoterapia, quimioterapia ou outras dessas combinações, dependendo dos fatores acima mencionados.

Tipos de Tratamento
Cirurgia

A cirurgia é o principal tratamento para a maioria dos carcinomas de células renais. As chances de sobreviver a um câncer de célula renal sem cirurgia são pequenas. Dependendo do estágio e do local do câncer e outros fatores, a cirurgia pode ser usada para remover tanto o câncer com alguns tecidos circundantes do rim quanto o rim em sua totalidade.

Radioterapia

A Radioterapia usa radiação de alta energia para matar as células cancerígenas. A terapia por feixe externo foca a radiação a partir do lado de fora do corpo sob o câncer. É como fazer um raio-x, mas a radiação é muito mais intensa. O procedimento em si é indolor. A radioterapia pode ser usada para tratar o câncer renal se a saúde geral da pessoa estiver muito debilitada para passar por cirurgia. Infelizmente, os cânceres renais não são muito sensíveis à radiação. Usar radioterapia antes ou após a remoção do câncer, não é rotineiramente recomendado porque os estudos não mostraram que ela melhora as taxa de sobrevida.

Quimioterapia

Quimioterapia usa medicamentos anticâncer que são administrados na veia ou pela boca (em forma de pílulas). Esses medicamentos entram na corrente sanguínea e alcançam todas as áreas do corpo, o que torna o tratamento potencialmente útil para o câncer que se disseminou (metastatizado) para os órgãos além dos rins.Infelizmente, as células do câncer renal são geralmente resistentes à quimioterapia, e não existe nenhuma maneira padrão de tratá-las com esses medicamentos. A quimioterapia é geralmente reservada para cânceres onde os medicamentos alvo e/ou imunoterapia não são eficazes.

Terapia-alvo

A terapia alvo é considerada uma medida terapêutica que veio revolucionar o tratamento do câncer, causando menos danos às células sadias. Utilizam anticorpos monoclonais, capazes de limitar o crescimento do tumor, em uma ação semelhante ao nosso sistema imunológico. Cerca de 20 a 25% dos casos se beneficiam dessa alternativa.

Imunoterapia

Segundo o Instituto Nacional do Câncer – INCA, é chamado de imunoterapia o tratamento do câncer que promove a estimulação do sistema imunológico, por meio do uso de substâncias modificadoras da resposta biológica. A imunoterapia é classificada em ativa e passiva, de acordo com as substâncias utilizadas e os seus mecanismos de ação. Na imunoterapia ativa, substâncias estimulantes e restauradoras da função imunológica (imunoterapia inespecífica) e as vacinas de células tumorais (imunoterapia específica) são administradas com a finalidade de intensificar a resistência ao crescimento tumoral. Na imunoterapia passiva ou adotiva, anticorpos antitumorais ou células mononucleares exógenas são administradas, objetivando proporcionar capacidade imunológica de combate a doença.

Curiosidades sobre o câncer renal:
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Como o Câncer Renal  é Classificado?

O estadiamento é o processo de descobrir o quanto o câncer se espalhou. Seu tratamento e prognóstico (a previsão de chances de sobrevida) dependem, em grande parte, do estágio do câncer.

O estadiamento está baseado em resultados de exame físico, biópsias e exames de imagem (exame de CT, raio-X do tórax, exame de PET, etc.).

Na verdade, há 2 tipos de estadiamento para o câncer renal. O estágio clínico é a melhor estimativa do seu médico da extensão da sua doença, com base nos resultados de exame físico, exames laboratoriais e qualquer estudo de imagem que você tenha realizado. Se você realizar cirurgia, seus médicos também podem determinar o estágio patológico, que é baseado em alguns fatores como estágio clínico, mais o que for encontrado durante a cirurgia e exame do tecido removido. Isto significa que se você realizar uma cirurgia, o estágio do câncer pode realmente mudar depois disso (se foi descoberto que o câncer se espalhou mais do que estava suspeito, por exemplo). Provavelmente, o estadiamento patológico é mais preciso que o clínico, já que permite ao médico obter uma impressão direta da extensão do câncer.

Sistema de Estadiamento AJCC (TNM)

O sistema de estadiamento é uma maneira padronizada no qual a equipe de tratamento oncológico descreve a extensão do câncer. O sistema de estadiamento mais comumente utilizado é o da American Joint Committee on Cancer (Comitê da Junta Americana do Câncer) (AJCC), algumas vezes também conhecido como sistema TNM. O sistema TNM descreve 3 informações-chave:

> T indica o tamanho do tumor principal (primário) e se ele cresceu para as áreas próximas.

> N descreve a extensão de propagação para os linfonodos próximos (regionais). Os linfonodos são pequenos grupos de células do sistema imune em formato de feijão que são importantes na luta contra infecções.

> M indica se o câncer se espalhou (sofreu metástase) para outros órgãos do corpo. (Os locais mais comuns de propagação são para os pulmões, ossos, fígado e linfonodos distantes).

Números ou letras aparecem após T, N e M para fornecer mais detalhes sobre cada um destes fatores. Os números 0 a 4 indicam gravidade crescente. A letra X significa “não pôde ser avaliado, pois as informações não estavam disponíveis”.

 

Categorias T para Câncer Renal

TX: O tumor primário não pode ser avaliado (informações não disponíveis).

T0: Nenhuma evidência de tumor primário.

T1a: O tumor mede 4 cm (cerca de 11/2 polegadas) em sua extremidade ou é menor e está limitado ao rim.

T1b: O tumor mede mais que 4 cm, mas não maior que 7 cm (cerca de 2 ¾ polegadas) em sua extremidade e ainda está limitado ao rim.

T2: O tumor mede mais que 7 cm em sua extremidade mas ainda é limitado ao rim.

T3a: O tumor se espalhou pela glândula suprarrenal (que está situada sobre o rim) ou dentro do tecido adiposo ao redor do rim, mas não para além da camada fibrosa que circunda o rim e as proximidades do tecido adiposo (Fáscia de Gerota).

T3b: O tumor se espalhou para dentro da veia principal que leva para fora do rim (veia renal) e/ou a parte da maior veia que leva para o coração (veia cava) que está dentro do abdome.

T3c: O tumor atingiu a parte da veia cava que está dentro do tórax ou invadiu a parede da veia cava.

T4: O tumor se espalhou para além da fáscia de Gerota (camada fibrosa ao redor do rim e próximo do tecido adiposo).

 

Categorias N para Câncer Renal

NX: Os linfonodos regionais (proximidades) não podem ser avaliados (informação não disponível).

N0: Não se espalhou nos arredores dos linfonodos.

N1: Espalhou-se para os arredores de 1 linfonodo.

N2: Espalhou-se para os arredores de mais de 1 linfonodo.

 

Categorias M para Câncer Renal

MX: A presença de metástase distante não pode ser avaliada (informação não disponível).

M0: Não se espalhou para os linfonodos distantes ou outros órgãos.

M1: Presença de metástase distante; inclui a propagação para os linfonodos distantes e/ou para outros órgãos (tais como pulmões, ossos ou cérebro).

 

Grupamento por Estágio

Uma vez que as categorias T, N e M foram determinadas, esta informação é combinada para determinar o estágio global de I, II, III ou IV. O estágio identifica cânceres que apresentam um prognóstico semelhante, e portanto, são tratados de maneira semelhante. Os pacientes com estágio de menor número tendem a apresentar prognósticos melhores.

Estágio I

T1a-T1b, N0, M0: O Tumor mede 7 cm ou menos e é limitado ao rim. Não há disseminação para os linfonodos ou órgãos distantes.

Estágio II

T2, N0, M0: O tumor mede mais que 7 cm, mas ainda é limitado ao rim. Não há disseminação para os linfonodos ou órgãos distantes.

Estágio III

Diferentes combinações de categorias T e N são incluídas neste estágio.

T3a-T3c, N0, M0: O tumor principal atingiu a glândula suprarrenal, o tecido adiposo ao redor do rim, a veia renal e/ou a veia principal (veia cava) levando do rim ao coração. Ele não se espalhou para além da fáscia de Gerota. Não há disseminação para os linfonodos ou órgãos distantes.

T1a-T3c, N1, M0: O tumor principal pode ser de qualquer tamanho e pode estar fora do rim, mas não se espalhou para além da fáscia de Gerota. O câncer se espalhou para os arredores de 1 linfonodo mas não se espalhou para os linfonodos distantes ou outros órgãos.

Estágio IV

Existem diversas combinações de categorias T, N e M que estão incluídas neste estágio.

T4, N0-N1, M0: O tumor principal invadiu além da fáscia de Gerota. Espalhou-se para os arredores de mais de 1 linfonodo. Não se espalhou para os linfonodos distantes ou outros órgãos.

Qualquer T, N2, M0: O tumor principal pode ter qualquer tamanho e pode estar fora do rim. O câncer se espalhou para os arredores de mais de 1 linfonodo mas não se espalhou para os linfonodos distantes ou outros órgãos.

Qualquer T, Qualquer N, M1: O tumor principal pode ter qualquer tamanho e pode estar fora do rim. Pode ter se espalhado ou não para perto dos linfonodos. Espalhou-se para os linfonodos distantes e/ou outros órgãos.

 

Outros Sistemas

Embora o sistema de classificação TNM seja útil, alguns médicos têm apontado que existem outros fatores além da extensão do câncer que devem ser considerados na determinação do prognóstico e tratamento.

Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA) Sistema de Classificação Integrado

Este é um sistema mais complexo porém provavelmente mais preciso. Junto com o estágio do câncer, leva em consideração a saúde global da pessoa e o grau de Fuhrman do tumor para dividir pessoas em grupos de risco baixo, intermediário e alto. Você pode querer perguntar ao seu médico se ele ou ela usa este sistema e como ele pode se aplicar ao seu caso.

Atualmente, o câncer renal, representa cerca de 3% das doenças malignas em adultos no mundo. No Brasil, surgiu mais de 580 mil casos novos até o final de 2015, sendo duas vezes mais frequente nos homens que nas mulheres. O tipo mais comum do câncer renal é o carcinoma de células renais, que representa 90% dos casos, e se origina nos rins, podendo se espalhar pelo corpo.  Dados publicados pelo Globocan, um projeto da Organização Mundial da Saúde que visa coletar, organizar e divulgar dados estimativos da incidência e mortalidade dos tipos mais comuns de câncer no mundo, apontam que, em 2015, 6.768 pessoas receberam o diagnóstico de câncer de rim no Brasil, sendo 4.068 homens e 2.700 mulheres. A maioria das pessoas com câncer renal são mais velhas. A idade média das pessoas quando diagnosticadas é de 65 anos. O câncer de rim é muito raro em pessoas com menos de 45 anos de idade. Ele está entre os 10 tipos de cânceres mais comuns em homens e mulheres. No geral, o risco de desenvolver câncer de rim é cerca de 1 em 63 (1,6%).

 

Sobre os Rins:

Os rins são um par de órgãos em formato de um feijão. Um rim está localizado do lado esquerdo e o outro do lado direito da coluna vertebral. Ambos estão protegidos pela caixa torácica. A principal função dos rins é filtrar o sangue e remover do corpo o excesso de água, sal e produtos residuais. Os produtos residuais filtrados são concentrados na urina. Os rins também ajudam a verificar se o corpo tem eritrócitos (também conhecidos como glóbulos vermelhos ou hemácias) suficientes. Os rins também atuam secretando substâncias importantes para nossa saúde. Entre suas funções, pode-se destacar a manutenção do equilíbrio de eletrólitos no corpo, como sódio, potássio, cálcio, magnésio, fósforo, bicarbonato etc.; a regulação do equilíbrio ácido-básico, mantendo o pH sanguíneo constante; a excreção de substâncias exógenas, como medicações; e a produção de hormônios, como aldosterona e prostaglandinas.

O câncer de rim é também conhecido como hipernefroma ou adenocarcinoma renal. Existem vários tipos de câncer renal. O mais frequente é o câncer renal de células claras, sendo responsável por 85% dos tumores diagnosticados. Entenda  sobre o Câncer Renal de Células Claras: O CCR de célula clara é o tipo de célula associado com a mutação no gene von Hippel Lindau (VHL) no câncer renal hereditário. De fato, aproximadamente 70% dos casos não hereditários de CCR de células claras também apresentam mutação no aVHL.

 

Conheça os Tipos de Câncer Renal:

 

– Carcinoma de Células Renais (CCR)

Nem todos os cânceres renais são os mesmos. Há um crescente entendimento entre os médicos e pesquisadores de que há diferentes subtipos de CCR e que eles se comportam de formas completamente diferentes, tanto com relação ao quanto são agressivos no paciente quanto como eles respondem ao tratamento. Há dez ou quinze anos, era comum para um relato de patologia de um paciente com câncer renal se ler simplesmente Carcinoma de Células Renais. Hoje, este diagnóstico simples é considerado incompleto. A identificação do subtipo específico ou tipo de célula (histologia) do câncer renal pode ser tão importante na determinação do prognóstico do paciente quanto saber o estágio e o grau do CCR. Seu médico deve lhe oferecer informações sobre a histologia, grau e estágio do seu câncer renal. Em caso negativo, você deve se sentir confortável em pedir estas informações uma vez que é uma parte importante do seu planejamento de tratamento.
Os subtipos de CCR vêm da descrição da aparência das células e outras características. Eles incluem:

 – Carcinoma de Células Renais (CCR) de Células Claras

Esta é a forma mais comum de câncer renal e representa entre 66% e 75% de todos os casos. O CCR de célula clara é o tipo de célula associado com a mutação no gene von Hippel Lindau (VHL) no câncer renal hereditário. De fato, aproximadamente 70% dos casos não hereditários de CCR de células claras também apresentam mutação no aVHL. Muito da pesquisa atual, que tenta identificar novos tratamentos efetivos para pacientes com doença localmente avançada ou metastática, foca neste subtipo da doença, uma vez que é o tipo mais comum de CCR.

Quando o tumor não está espalhado, o prognóstico é muito bom depois de excisão cirúrgica. O prognóstico para o paciente está diretamente relacionado tanto com o estágio (tamanho do tumor e faixa de crescimento) quanto o grau (as características das células tumorais) do câncer. Tanto o estágio quanto o grau são explicados mais adiante neste capítulo.

Pacientes com CCR de células claras metastático – ou um tumor que se espalhou para outras partes do corpo – apresentam um prognóstico significativamente mais desfavorável.

 – Carcinoma de Células Renais (CCR) Papilar

Esta é a segunda forma mais comum de câncer renal, somando aproximadamente 15% dos casos.

O CCR papilar é dividido em dois subtipos com base na aparência celular: Tipo I (5%) e Tipo II (10%). Há um aumento na incidência de CCR papilar em afro-americanos e um aumento na incidência de doença bilateral (envolvendo ambos os rins) associado com este subtipo.

Há também formas hereditárias tanto do CCR papilar Tipo I quanto Tipo II. Quando o CCR papilar não está espalhado, a remoção cirúrgica está geralmente associada a um excelente prognóstico. No entanto, quando ocorre metástase do CCR papilar para outros locais do corpo, a maioria das terapias convencionais para CCR, tal como imunoterapia, são ineficazes.

– Carcinoma de Células Renais (CCR) Cromófobo

Esta forma rara de câncer renal representa aproximadamente 5% dos casos de CCR. Pensa-se que este tipo de CCR se origina a partir do mesmo tipo de célula que aquelas que formam os oncocitomas renais (vide). Tumores híbridos que contém características tanto do CCR cromófobo quanto do oncocitoma renal também foram diagnosticados. Há uma forma familiar ou herdada de CCR cromófobo (em associação com oncocitoma renal) chamada de síndrome de Birt Hogg Dubé, a qual também está associada a uma mutação em um gene específico. Raramente ocorre metástase do CCR cromófobo até tardiamente na sua evolução clínica, e uma remoção cirúrgica de doença localizada ou mesmo localmente avançada está associada, geralmente, a um excelente prognóstico. CCR cromófobo metastático é relativamente raro e nenhuma terapia padrão existe atualmente.

-Carcinoma de Células Renais Não-Classificado

Menos de 1% dos carcinomas de células renais são de tipo não-classificado e são muito raros. Eles não se encaixam em nenhum dos subtipos mais comuns de CCR. Quando examinados em microscópio, estas células de câncer não-classificadas apresentam uma estrutura e características genéticas não compatíveis com a descrição dos subtipos de CCR mais comuns. Esta categoria geralmente inclui tumores agressivos que não respondem à terapia tradicional para CCR.

-Carcinoma dos Ductos Coletores

Esta é uma variação rara e muito agressiva do câncer renal que representa menos de 1% dos casos. Esta forma de CCR é, em geral, metastática no momento do diagnóstico e é mais comum em indivíduos mais jovens. O tratamento foi direcionado no uso de regimes com base em quimioterapia, semelhante àqueles utilizados no tratamento de carcinoma de células transicionais (vide abaixo), uma vez que estes tumores não respondem às terapias tradicionais de CCR, como a bioimunoterapia.

-Carcinoma de Células Renais (CCR)  medular

Esta também é uma variação muito rara e agressiva do câncer renal, apesar de ser uma variação do carcinoma dos ductos coletores. Ele está comumente associado ao traço falciforme e, portanto, é mais comum na população afro-americana. Ele representa menos de um por cento dos cânceres renais diagnosticado. A quimioterapia continua sendo o foco principal do tratamento para esta doença.

-Carcinoma de Células Renais (CCR) Sarcomatoide

Esta condição, conhecida como “diferenciação”, pode ocorrer com qualquer um dos subtipos comuns de CCR. O termo se refere ao fato de que as células do CCR – quando visualizadas em microscópio – têm aparência de células de sarcoma. A porcentagem de diferenciação de sarcomatoide é, geralmente, refletida no relato de patologia do tumor e relata a agressividade do tumor. O prognóstico associado ao CCR Sarcomatoide geralmente é desfavorável. A condição é frequentemente encontrada em pacientes cujo câncer renal realizou metástase de forma ampla. Esta forma de câncer renal é, alguma vezes, tratada com quimioterapia.

-Carcinoma de Células Transicionais do Rim (CCT)

Carcinoma de células transicionais (CCT) do rim é um tumor raro e potencialmente muito agressivo que não deve ser considerado um verdadeiro câncer renal, mas ao invés, deve ser agrupado com aqueles cânceres que se desenvolvem a partir da linha do trato urinário. Isto inclui CCT da bexiga, que é muito mais comum do que CCT do rim. Se o câncer não se espalhou, o tumor pode ser tratado por remoção cirúrgica tanto do rim quanto do ureter, embora recorrências de CCT na bexiga sejam comuns. Quando o tumor é grande ou ocorreu metástase, o prognóstico é extremamente desfavorável e as opções de tratamento são semelhantes àquelas para câncer de bexiga metastático, que inclui quimioterapia.

 

SUBTIPOS
Oncocitoma Renal

Este é um tumor benigno do rim que soma aproximadamente 5% de todos os tumores de rim. Não ocorre metástase destes tumores, embora possam crescer a tal tamanho no rim e invadir estruturas locais, que podem resultar em sintomas que requerem cirurgia. Eles são considerados relacionados ao CCR cromófobo e pode ser muito difícil diferenciar os dois. O tumor é tratado através de remoção parcial ou completa do rim.

 

A escolha do tratamento, onde o tratamento é feito, a frequência de check-ups e muitos outros aspectos do controle da doença são determinados pelo paciente e o médico. Alguns pacientes acreditam que as informações sobre o câncer renal são apresentadas em termos médicos complicados. Mas, muitas informações, incluindo os recursos recomendados neste guia são especificamente escritos para pacientes em uma linguagem fácil de entender a qual não requer treinamento especializado.

Quanto mais você souber, melhores serão suas decisões, e mais você se sentirá no controle da sua doença. O conhecimento sobre a sua doença o ajudará a se comunicar melhor com seu médico e enfermeira e aumentará sua confiança no tratamento que você recebe. Saber mais sobre o câncer renal é um passo importante para lutar efetivamente contra a doença.

Como prevenir?

NÃO FUMAR  →   O tabagismo aumenta significativamente o risco do câncer renal. O risco aumentado parece estar relacionado a quantidade que você fuma. O risco cai se você parar de fumar, mas leva muitos anos para se aproximar ao nível de alguém que nunca fumou;

SOBREPESO/OBESIDADE →  Manter uma alimentação saúdavel. Abuse de frutas, verduras e legumes. Elas são as maiores fontes de micronutrientes e ajudam na regulação do organismo. As pessoas que estão muito acima do peso apresentam um risco mais alto de desenvolvimento de câncer de células renais. Alguns médicos acreditam que a obesidade é um fator em certa de 2 de 10 pessoas que adquirem este câncer. A obesidade pode provocar alterações em determinados hormônios que podem levar ao carcinoma de células renais;

PRATIQUE EXERCÍCIO FÍSICO → O sobrepeso e a obesidade podem provocar alterações hormonais que levam ao desenvolvimento do câncer;

MODERE NO SAL E REDUZA O AÇÚCAR → evitando a retenção de liquído, alta pressão arterial e diabetes;

BEBA ÁGUA → ela hidrata o organismo e mantém o bom funcionamento dos rins!

Fatores de Risco

Um fator de risco é qualquer coisa que afete suas chances de contrair uma doença, como um câncer. Diferentes tipos de cânceres apresentam diferentes fatores de risco. Por exemplo, a exposição sem proteção a fortes raios solares é um fator de risco para câncer de pele. Mas os fatores de risco não nos dizem tudo. Apresentar um fator de risco, ou mesmo vários fatores de risco, não significa que você terá a doença. E algumas pessoas que adquirem a doença podem não ter apresentado nenhum dos fatores de risco conhecidos. Mesmo se a pessoa com câncer renal apresentar um fator de risco, em geral é muito difícil saber o quanto aquele fator de risco pode ter contribuído para o câncer.

 

Fatores de risco Genéticos e Hereditários:

Algumas pessoas herdam uma tendência de desenvolver determinados tipos de câncer. O DNA que você herda dos seus pais pode conter determinadas alterações que contribuem para esta tendência de desenvolver câncer. O câncer renal pode ser causado por algumas condições raras herdadas. Pessoas com estas condições apresentam um risco muito mais alto de adquirir câncer renal, embora elas contribuam apenas para uma pequena parte dos casos no total.

Entre os fatores de risco Genéticos e Hereditários estão:

Carcinoma de Células Renais Papilar Hereditário

Pessoas com esta condição apresentam uma tendência herdada de desenvolver um ou mais carcinomas de células renais papilares, porém eles não apresentam tumores em outras partes do corpo, como é o caso de outras condições herdadas listadas aqui. Pensa-se que este distúrbio seja causado por alterações no gene MET.

Doença von Hippel-Lindau

Pessoas com esta condição frequentemente desenvolvem vários tipos de tumores e cistos (bolsas preenchidas por fluídos) em diferentes partes do corpo. Eles apresentam risco aumentado de desenvolver carcinoma de células renais de células claras, especialmente quando mais jovens. Eles também podem apresentar tumores benignos nos olhos, cérebro, medula espinhal, pâncreas e outros órgãos; e um tipo de tumor da glândula suprarrenal chamado feocromocitoma. Esta condição é provocada por mutações (alterações) no gene VHL.

Leiomiomatose Hereditária e Carcinoma de Células Renais

Pessoas com esta síndrome desenvolvem tumores de músculo liso chamados leiomiomas ou fibroides da pele e do útero (em mulheres) e apresentam um risco mais alto de desenvolver cânceres de células renais papilares. Está ligado a alterações no gene da fumarato hidratase (FH).

Síndrome Birt-Hogg-Dube

Pessoas com esta síndrome, que é caracterizada pelo desenvolvimento de pequenos tumores cutâneos benignos, apresentam um risco aumentado de desenvolver diferentes tipos de cânceres de células renais. Eles também podem apresentar tumores benignos ou malignos de vários outros tecidos. O gene ligado a esta condição é conhecido como BHD.

Oncocitoma Renal Hereditário

Algumas pessoas herdam a tendência de desenvolver um tumor de rim chamado oncocitoma, que apresenta um potencial muito baixo de ser maligno. É importante que as pessoas que apresentam causas hereditárias de câncer de células renais visitem seus médicos com frequência, particularmente se elas já têm câncer de células renais diagnosticadas. Alguns médicos recomendam testes de imagem regulares (como exames de CT) para estas pessoas.

 

Outros

Há alguns fatores de risco que não podem ser alterados, mas podemos aprender a observá-los e relatar qualquer alteração à equipe médica. São eles:

Histórico Familiar de Câncer Renal

As pessoas com um forte histórico familiar de câncer de células renais (sem uma das condições herdadas conhecida listada acima) também apresentam alta chance de desenvolvimento deste câncer. Este risco é ainda mais alto em irmãos (irmãos ou irmãs) daqueles afetados. Se não está claro se é devido à genética, uma exposição ambiental compartilhada, ou alguma combinação destes.

Alta Pressão Arterial

O risco de câncer renal é mais alto em pessoas com alta pressão arterial. Alguns estudos sugeriram que determinados medicamentos utilizados para tratar alta pressão arterial pode desenvolver o risco de câncer renal, mas é difícil dizer se a condição ou a medicação (ou ambos) podem ser a causa do risco aumentado.

Determinados Medicamentos

Fenacetina, um remédio popular para alívio de dor com venda livre, esteve ligado ao câncer de células renais no passado. Alguns estudos sugeriram que diuréticos (medicamentos que tratam a alta pressão arterial provocando que os rins removam o sal e fluído do corpo) podem estar ligados ao carcinoma de células renais. Não está claro se a causa é dos medicamentos ou da alta pressão arterial em si. Se você precisa de diuréticos, você deve tomá-los. Se não precisa, evite-os para tentar reduzir o risco de câncer renal.

Doença de Rim Avançada

Pessoas com doença de rim avançada, especialmente aqueles que precisam de diálise, apresentam um risco mais alto de carcinoma de células renais. A diálise é um tratamento utilizado para remover toxinas do seu corpo caso os rins não funcionem apropriadamente.

Gênero

O carcinoma de células renais e quase duas vezes tão comum em homens quanto em mulheres. Os homens estão provavelmente mais propensos a fumar e a estarem expostos a elementos químicos que provocam câncer no trabalho, que podem contribuir com uma parte da diferença.

Raça

Negros apresentam uma taxa ligeiramente mais alta de câncer de células renais do que brancos. As razões para isto não estão claras.

 

Sabemos o que causa o câncer renal?

Embora muitos fatores de risco possam elevar sua chance de desenvolver câncer renal, não se sabe ainda de forma exata como alguns desses fatores de risco tornam as células do rim cancerígenas.

Alterações Genéticas

Pesquisadores estão começando a entender como algumas alterações no DNA podem resultar na modificação de células do rim normais em células cancerígenas.

DNA é a molécula química em cada uma de nossas células que compõe nossos genes – as instruções sobre como nossas células funcionam.

Nós geralmente parecemos com os nossos pais porque eles são a fonte de nosso DNA . Contudo, o DNA afeta mais do que nossa aparência.

Alguns genes contêm instruções para controle de quando nossas células devem crescer, se dividir e morrer. Determinados genes que aceleram a divisão celular são chamados oncogenes. Outros genes que diminuem a velocidade da divisão celular ou fazem com que as células morram no momento certo são denominados genes supressores de tumor.

O câncer pode ser causado por mutações do DNA (alterações) que ativam os oncogenes ou desativam os genes supressores de tumor.

 

Mutações Genéticas Herdadas

Determinadas alterações do DNA herdadas podem levar a condições correntes em algumas famílias que aumentam o risco de câncer renal.

Estas síndromes, que provocam uma pequena parte de todos os cânceres renais, foram descritas na seção Fatores de Risco.

Por exemplo, o gene VHL é um gene supressor de tumor. Ele normalmente ajuda a impedir que as células cresçam fora de controle. As mutações (alterações) neste gene podem ser herdada de um dos pais, provocando a doença von Hippel-Lindau. Quando ocorre mutação no gene VHL, ele não mais suprime o crescimento anormal e é mais provável que o câncer renal se desenvolva.

Os genes ligados à leiomiomatose hereditária, ao carcinoma de células renais (o gene da fumarato hidratase) e à síndrome Birt-Hogg-Dube (o gene BHD) também são genes supressores de tumor, e as alterações herdadas nestes genes também levam a um risco aumentado de câncer renal.

Pessoas com carcinoma de células renais papilar hereditário herdam alterações no oncogene MET que podem provocar que fique “ativo” o tempo todo. Isto torna a pessoa mais propensa a desenvolver câncer de células renais papilar.

 

Mutações Genéticas Adquiridas

A maioria das mutações de DNA relacionadas ao câncer de mama, entretanto, ocorre durante a vida da pessoa ao invés de ser herdada. Estas mutações adquiridas de oncogenes e/ou dos genes supressores de tumor podem resultar de fatores como exposição a elementos químicos que provocam câncer (como aqueles encontrados no tabaco), porém em muitos casos a causa destas alterações não é conhecida.

Cerca de 3 de 4 pessoas com câncer de células renais claras esporádico (não-herdado) apresentam alterações no gene VHL que provoca que este não funcione apropriadamente. Estas alterações foram adquiridas durante a vida ao invés de serem herdadas.

Outras alterações genéticas também podem provocar carcinomas de células renais. Os pesquisadores continuam a procurar estas alterações.

Algum progresso foi alcançado na compreensão em como o tabaco aumenta o risco de desenvolvimento de carcinoma de células renais. Muitos dos elementos que provocam câncer no tabaco são absorvidos pela corrente sanguínea pelos pulmões. Como os rins filtram este sangue, muitos destes elementos tornam-se altamente concentrados nos rins.

Vários destes elementos químicos são conhecidos por danificar o DNA das células renais de forma que pode tornar células normais em cancerígenas.

A obesidade, outra causa deste câncer, altera o equilíbrio de alguns dos hormônios do corpo. Os pesquisadores estão agora aprendendo como determinados hormônios ajudam a controlar o crescimento (tanto normal quanto anormal) de muitos tecidos diferentes no corpo, incluindo os rins.

Conhecimento das alterações genéticas que podem levar ao câncer de mama está sendo utilizado para ajudar a desenvolver novos tratamentos para esta doença. Por exemplo, os pesquisadores agora sabem que o gene VHL normalmente impede que as células produzam uma substância chamada fator do crescimento endotelial vascular (VEGF). Esta substância provoca a formação de novos vasos sanguíneos, dos quais os tumores precisam para sobreviver e crescer. Medicamentos recentes que têm como alvo o VEGF estão agora sendo utilizados para tratar o câncer renal.

Alguns possíveis sinais e sintomas de câncer renal incluem:

> sangue na urina (hematúria);

> dor lombar em um lado (não provocada por lesão);

> uma massa ou inchaço no lado ou na região lombar;

> fadiga;

> perda de peso não explicada;

> febre que não é causada por um resfriado ou outra infecção e que não passa após poucas semanas;

> inchaço dos tornozelos e pernas (edema);

Estes sintomas podem ser causados pelo câncer, mas com mais frequência se dão devido a doenças não-cancerosas. Por exemplo, sangue na urina pode ser um sinal de câncer renal, bexiga ou de próstata, mas com muita frequência é provocado por infecção na bexiga ou pedra no rim. Ainda, se você apresentar algum destes sintomas, consulte um médico, assim a causa pode ser avaliada e tratada, se necessário.

Como o Câncer Renal  é Diagnosticado?

Muitos cânceres renais são encontrados regularmente de forma precoce, enquanto eles ainda estão confinados no rim. Porém, outros são encontrados em um estágio mais avançado. Há algumas razões para isto:

> Estes cânceres podem, algumas vezes, se tornar muito grandes sem provocar nenhuma dor ou outros problemas;

> Devido ao fato do rim estar muito adentro do corpo, pequenos tumores do rim não podem ser observados ou sentidos durante um exame físico;

> Não há testes simples que possam ser utilizados para examinar o câncer renal em pessoas que não estão em risco aumentado.

Um teste de urina de rotina, que, às vezes, é parte de um exame médico completo, pode encontrar pequenas quantidades de sangue na urina de algumas pessoas com câncer de células renais precoce. Porém, há muitas outras causas de sangue na urina, incluindo infecções do trato urinário, infecções da bexiga, câncer da bexiga e condições benignas do rim (não cancerosas), tais como pedras no rim.
Por outro lado, algumas pessoas com câncer renal não apresentam sangue na urina até que o câncer esteja muito grande e possa ter se espalhado para outras partes do corpo. Exames de imagem, tais como exames de tomografia computadorizada (CT) e exames de imagem por ressonância magnética (MRI) podem encontrar pequenos carcinomas de células renais. Mas estes exames são caros e nem sempre revelam tumores benignos de pequenos carcinomas de células renais. Por estas razões, os médicos geralmente recomendam CT e MRI para detecção precoce de câncer renal apenas em pessoas que apresentam determinados fatores de risco, tais como doença von Hippel-Lindau (VHL) ou outras condições herdadas. Alguns médicos também recomendam que pessoas com doenças de rim tratadas por diálise em longo prazo realizem testes periódicos (exames de CT ou MRI) para procurar por câncer renal. Em geral, cânceres renais são encontrados incidentalmente durante exames para algumas outras doenças, tais como doença de vesícula biliar. Estes cânceres geralmente não provocam dor ou desconforto no momento da descoberta. A taxa de sobrevida para câncer renal descoberto desta forma é muito alta, pois estes cânceres geralmente são descobertos em um estágio muito precoce.

Saiba mais sobre diagnóstico precoce:

É importante dizer ao seu médico se familiares (parentes de sangue) apresentam ou apresentaram câncer renal, especialmente quando jovens, ou se eles foram diagnosticados com uma condição herdada ligada a este câncer, como doença VHL. Seu médico pode recomendar que você considere o teste genético. O teste genético para estas condições é utilizado apenas em pessoas com sinais clínicos destas condições e em seus parentes de sangue. Antes de realizar os testes genéticos, é importante falar com um consultor genético, assim você entende o que os testes podem – e não podem – dizer a você, e o que alguns resultados significariam. Os testes genéticos procuram mutações genéticas que provocam estas condições no seu DNA. Eles são utilizados para diagnosticar estas condições herdadas, não o câncer renal em si. Seu risco pode estar aumentado se você apresentar uma destas condições, mas isto não significa que você apresenta (ou definitivamente apresentará) câncer renal. Se você foi diagnosticado com uma destas condições, você pode precisar de frequentes exames de CT ou MRI para procurar por câncer renal.

Para o dignóstico do câncer renal são utilizados exames de imagem e laboratóriais. Abaixo listados os exames necessários para diagnosticar o câncer renal:

 

Exames de Imagem

Exames por imagem utilizam raios-X, campos magnéticos ou substâncias radioativas para criar fotos de dentro do seu corpo. Exames de imagem podem ser realizados por um número de motivos, incluindo ajudar a descobrir se a área suspeita pode ser cancerosa, saber o quão longe o câncer pode ter se espalhado e ajudar a determinar se o tratamento foi eficaz. Diferente da maioria dos outros cânceres, os médicos podem com frequência ter certeza sobre o diagnóstico do câncer renal sem precisar realizar uma biópsia (remoção de uma amostra do tumor para ser observado em microscópio). Em muitos casos, os exames de imagem podem dar aos médicos uma quantidade razoável de certeza que uma massa do rim é (ou não) cancerosa. Em alguns casos, no entanto, uma biópsia pode ser necessária para ter certeza. Exames de tomografia computadorizada (CT), exames de imagem por ressonância magnética (MRI), pielogramas intravenosos e ultrassom podem ser muito úteis no diagnóstico na maioria dos tipos de tumores renais, embora os pacientes raramente precisem de todos estes exames. Outros exames descritos aqui, como raios-X do tórax e exames ósseos são utilizados com mais frequência para ajudar a determinar se o câncer se propagou (ocorreu metástase) para outras partes do corpo.

 

Exame de Tomografia Computadorizada (CT ou CAT)

O exame de Exame de Tomografia Computadorizada (CT ou CAT) consiste em um exame de raio-X que produz imagens seccionais cruzadas detalhadas do seu corpo. Ao invés de tirar uma fotografia, como um raio-X convencional, o aparelho de CT obtém diversas imagens conforme gira ao seu redor, enquanto você está deitado em uma mesa. Então, um computador combina essas imagens na forma de imagens de fatias da parte do corpo que está sendo estudada. Diferente de um raio-X convencional, um exame de CT cria imagens detalhadas dos tecidos moles no corpo. Depois de obtido o primeiro grupo de imagens, pode ser solicitado que você beba uma solução de contraste e/ou você pode receber um cateter IV (intravenoso) por meio do qual é injetado um corante de contraste. Ele ajuda a delinear melhor as estruturas do seu corpo. Em seguida, se obtém um segundo grupo de imagens.

O contraste pode provocar um pouco de rubor (uma sensação de calor, especialmente na face). Algumas pessoas são alérgicas e apresentam urticária. Raramente, podem ocorrer reações mais sérias como dificuldades para respirar ou queda da pressão arterial. Não deixe de informar o médico caso você sofra ou já tenha sofrido alguma reação a qualquer material de contraste utilizado para raios-X.

Exames de CT são mais demorados do que raios-X convencionais. Você precisa ficar deitado em uma mesa durante sua realização. Durante o exame, a mesa se movimenta para dentro e para fora do aparelho, uma máquina em formato de anel que envolve completamente a mesa. Você pode se sentir um pouco confinado pelo anel em que deve se deitar enquanto as imagens são obtidas.

Nos últimos anos, a CT espiral (também conhecida como CT helicoidal) se tornou disponível em muitos centros médicos. Este tipo de exame de CT utiliza uma máquina mais rápida. A parte da máquina que obtém a imagem roda em volta do corpo continuadamente, permitindo que os médicos coletem as imagens mais rapidamente do que com a CT padrão. Isto reduz a chance de imagens “borradas” decorrentes do movimento de respiração. Também diminui a dose de radiação recebida durante o exame. A maior vantagem pode ser que as “fatias” de imagem que ele obtém são mais finas, o que proporciona imagens mais detalhadas e permite que médicos olhem as áreas suspeitas de diferentes ângulos.

O exame de CT é um dos exames mais úteis para achar e olhar uma massa dentro do rim. Ele também é útil para verificar se um câncer se espalhou, ou não, para órgãos e tecidos além do rim. O exame de CT fornecerá informações precisas sobre o tamanho, formato e posição de um tumor, e pode ajudar a encontrar linfonodos maiores que possam conter câncer.

 

Imagem por Ressonância Magnética (MRI)

Assim como os exames de Tomografia Computadorizada (CT), os exames de Imagem por Ressonância Magnética (MRI) fornecem imagens detalhadas de tecidos moles no corpo.

Exames de MRI são utilizados com menos frequência do que os exames de CT em pessoas com câncer renal. Eles podem ser realizados em casos onde os exames de CT não são práticos, tais como se a pessoa for alérgica ao contraste de CT.

Exames de MRI também podem ser realizados se houver uma chance do câncer envolver uma veia principal no abdômen (veia cava inferior). Finalmente, eles podem ser utilizados para procurar possível propagação do câncer para o cérebro ou para a medula espinhal se uma pessoa apresentar sintomas que sugerem que este possa ser o caso.

 

Ultrassom (ultrassonografia ou US)

O ultrassom utiliza ondas sonoras para criar imagens de órgãos internos.
Para este exame, um pequeno instrumento semelhante a um microfone chamado transdutor é colocado na pele próximo ao rim. Ele emite ondas sonoras e capta os ecos conforme eles são refletidos pelos tecidos no rim. Os ecos são convertidos por um computador em uma imagem em preto e branco que é exibida em uma tela de computador. Este exame é indolor e não expõe você à radiação.

O ultrassom pode ser útil para determinar se uma massa do rim é sólida ou preenchida por fluído. Os modelos de eco produzidos pela maioria dos tumores do rim parecem diferentes daqueles do tecido do rim normal.

Diferentes modelos de eco também podem distinguir alguns tipos de tumores benignos e malignos do rim um do outro. Se uma biópsia de rim for necessária, este exame pode ser utilizado para guiar uma agulha da biópsia na massa para obter uma amostra.

 

Exame de Tomografia por Emissão de Pósitron (PET SCAN)

Exames de PET SCAN envolvem a injeção de uma forma de açúcar radioativo (conhecido como fluorodeoxiglicose ou FDG) no sangue. A quantidade de radioatividade utilizada é muito baixa.

Como as células cancerosas do corpo crescem rapidamente, elas absorvem grandes quantidades do açúcar radioativo. Uma câmera especial pode, assim, gerar uma imagem de áreas de radioatividade do corpo. A imagem não é extremamente detalhada como um exame de CT ou MRI, mas proporciona informações úteis sobre o corpo todo.

Este exame pode ser útil para observar se o câncer pode ter se espalhado para os linfonodos próximos ao rim. Exames de PET também podem ser úteis quando o médico acredita que o câncer possa ter se espalhado, mas não tem conhecimento de onde isso ocorreu. Exames de PET podem ser utilizados ao invés de diversos raios-X diferentes, pois eles realizam varredura do corpo inteiro.

Algumas máquinas mais recentes conseguem realizar tanto um exame de PET quanto um exame de CT ao mesmo tempo (exame PET/CT). Isso permite ao radiologista comparar áreas de maior radioatividade no PET com a aparência da mesma área na CT.

 

Pielograma Intravenoso (IVP)

Um pielograma intravenoso é um raio-X do sistema urinário realizado após um corante especial ter sido injetado na veia. Este corante sai da corrente sanguínea para os rins e, então, passa pelos ureteres e bexiga.

Um IVP pode ser útil para encontrar anormalidades do trato urinário, tais como câncer, mas você pode não precisar de um IVP caso já tenha realizado uma CT ou MRI.

 

Angiografia

Assim como IVP, este exame de raio-X também utiliza um corante de contraste. Um cateter é geralmente preso a uma artéria de grande porte na sua perna na artéria que segue para o rim (artéria renal). O corante é, então, injetado na artéria para contornar os vasos sanguíneos.

Como a angiografia pode contornar os vasos sanguíneos que alimentam o tumor do rim, ela pode ajudar o cirurgião a planejar uma cirurgia. A angiografia também pode ajudar a diagnosticar cânceres renais uma vez que os vasos sanguíneos geralmente apresentam uma aparência especial com este exame.

 

Raio-X do Tórax

Se o câncer renal foi diagnosticado (ou há suspeita), um raio-X plano do seu tórax pode ser realizado para observar se o câncer se propagou para os pulmões. Isto é muito improvável, a menos que o câncer esteja muito avançado. Este raio-X pode ser realizado em qualquer contexto ambulatorial. Se os resultados forem normais, provavelmente você não apresenta câncer nos pulmões.

 

Exame Ósseo

Um exame ósseo pode ajudar a mostrar se o câncer sofreu metástase (se espalhou) para os ossos. Nesse exame, é injetada uma pequena quantidade de material de baixo nível de radioatividade em uma veia (por via intravenosa, ou IV). A substância se deposita nas áreas do osso comprometido por todo o esqueleto, no decorrer de algumas horas. Então, você fica deitado sobre uma mesa por cerca de 30 minutos enquanto uma câmera especial detecta a radioatividade e gera uma imagem do seu esqueleto.

Áreas de alterações ósseas ativas como “hot spots” no seu esqueleto – ou seja, elas atraem a radioatividade. Essas áreas podem sugerir a presença de câncer metastático, no entanto, a artrite e outras doenças ósseas também podem produzir o mesmo padrão. Para distinguir entre essas condições, sua equipe de cuidados oncológicos pode utilizar outros exames de imagem, como raios-x simples ou exames de CT e MRI, para conseguir uma visualização melhor das áreas realçadas, ou podem até mesmo colher amostras do osso para biópsia.

Exames ósseos são realizados principalmente quando há motivo para pensar que o câncer possa ter se espalhado para os ossos (pois uma pessoa apresenta sintomas como dor óssea). Exames de PET geralmente também podem mostrar a propagação do câncer para os ossos, portanto, se você realizou um exame de PET você pode não precisar de um exame ósseo.

 

Exames Laboratoriais

Exames laboratoriais geralmente não são utilizados para diagnosticar câncer renal, mas eles podem, algumas vezes, dar a primeira pista de que pode haver um problema com os rins. Eles também são realizados para ter uma ideia da saúde geral da pessoa e para ajudar a dizer se o câncer pode ter se espalhado para outras áreas. Antes da cirurgia, eles podem ajudar a dizer se uma pessoa é saudável o suficiente para realizar a operação.

Exame de Urina (Urinálise)

O Exame de Urina (Urinálise) é, algumas vezes, parte de um exame físico completo, mas ele pode não ser realizado como parte de exames físicos de rotina. É provável que seja um dos primeiros exames realizados caso o câncer renal seja uma possibilidade.

Exames microscópicos e químicos são realizados na urina para procurar pequenas quantidades de sangue e outras substâncias não observadas a olho nu. Cerca de metade dos pacientes com câncer de células renais apresentam sangue na urina. Algumas vezes, exame microscópico especial de amostras da urina (chamado citologia da urina) mostrará células cancerosas reais na urina.

Hemograma

O hemograma pode detectar achados algumas vezes observados com câncer de células renais. Anemia (pouquíssimos eritrócitos) é muito comum. Com menos frequência, uma pessoa pode apresentar muitos eritrócitos, pois o câncer renal produz um hormônio (eritropoietina) que provoca que a medula óssea produza mais eritrócitos. As contagens de sangue também são importantes para se certificar que uma pessoa é saudável o suficiente para uma cirurgia.

Exames de Bioquímica do Sangue

Exames de bioquímica do sangue geralmente são realizados em pessoas que possam apresentar câncer renal, uma vez que ele pode afetar os níveis de determinados elementos químicos no sangue. Por exemplo, altos níveis de enzimas hepáticas são encontrados algumas vezes, embora os motivos para isso não sejam conhecidos. Altos níveis de cálcio no sangue podem indicar que o câncer se espalhou para os ossos e pode, portanto, alertar o médico para solicitar um exame ósseo.

Biópsia por Aspiração com Agulha Fina

Este exame é raramente utilizado para diagnosticar tumores de rim. Estudos por imagem geralmente fornecem informações suficientes para um cirurgião decidir se a operação é ou não necessária. Algumas vezes a biópsia por aspiração com agulha fina (FNA) é utilizada para obter pequena amostra das células de uma área suspeita se os resultados do exame de imagem não forem conclusivos o suficiente para garantir a remoção do rim. Ela também pode ser realizada para confirmar o diagnóstico de câncer se a saúde da pessoal for muito deficiente para cirurgia e outros tratamentos locais (tais como embolização arterial ou crioterapia) estão sendo considerados. Para este exame, a pele onde a agulha será inserida é, em primeiro lugar, adormecida com anestesia local. O médico direciona uma agulha vazia na área enquanto observa seu rim com exames de ultrassom ou CT. Diferente do ultrassom, a CT não fornece uma imagem contínua, então a agulha é inserida na direção da massa, uma imagem de CT é obtida e a direção da agulha é orientada com base na imagem. Isto é repetido algumas vezes até a agulha estar dentro da massa. Uma pequena amostra da área-alvo é sugada (aspirada) para uma seringa e observada em microscópio para observar se células cancerosas estão presentes. Em casos onde os médicos pensam que o câncer renal possa ter se espalhado para outros locais, eles podem realizar uma biópsia do local metastático ao invés do rim.

Grau de Fuhrman

O grau de Fuhrman é determinado pela observação das células do câncer renal (obtidas durante uma biópsia ou durante cirurgia) em um microscópio. Ele é utilizado por muitos médicos como uma maneira de descrever o quão agressivo o câncer provavelmente pode ser. O grau é baseado em o quanto os núcleos das células cancerosas (parte de uma célula na qual o DNA é armazenado) se parece com aqueles de células de um rim normal. Os cânceres de células renais geralmente são graduados em uma escala de 1 até 4. Os cânceres de células renais grau 1 têm núcleos celulares que diferem muito pouco dos núcleos celulares de um rim normal. Estes cânceres normalmente crescem e se espalham lentamente e tendem a apresentar uma boa perspectiva. No outro extremo, núcleos de câncer de células renais grau 4 são muito diferentes de núcleos de células de um rim normal e apresentam um pior prognóstico. Embora o tipo celular e o grau algumas vezes sejam úteis na previsão do prognóstico, o estágio do câncer está longe de ser a melhor previsão de sobrevida. O estágio descreve o tamanho do câncer e o quanto ele se espalhou além do rim.

Como é tratado?

O tratamento varia de pessoa para pessoa. A escolha depende muito do estágio do câncer, do estilo de vida do paciente e da alimentação. Após a determinação do câncer e de seu estágio, a equipe de cuidados oncológicos discutirá com o paciente as opções de tratamento. No caso do câncer renal, as opções de tratamento podem incluir cirurgia, terapia por radiação, terapia-alvo, imunoterapia, quimioterapia ou outras dessas combinações, dependendo dos fatores acima mencionados.

Tipos de Tratamento
Cirurgia

A cirurgia é o principal tratamento para a maioria dos carcinomas de células renais. As chances de sobreviver a um câncer de célula renal sem cirurgia são pequenas. Dependendo do estágio e do local do câncer e outros fatores, a cirurgia pode ser usada para remover tanto o câncer com alguns tecidos circundantes do rim quanto o rim em sua totalidade.

Radioterapia

A Radioterapia usa radiação de alta energia para matar as células cancerígenas. A terapia por feixe externo foca a radiação a partir do lado de fora do corpo sob o câncer. É como fazer um raio-x, mas a radiação é muito mais intensa. O procedimento em si é indolor. A radioterapia pode ser usada para tratar o câncer renal se a saúde geral da pessoa estiver muito debilitada para passar por cirurgia. Infelizmente, os cânceres renais não são muito sensíveis à radiação. Usar radioterapia antes ou após a remoção do câncer, não é rotineiramente recomendado porque os estudos não mostraram que ela melhora as taxa de sobrevida.

Quimioterapia

Quimioterapia usa medicamentos anticâncer que são administrados na veia ou pela boca (em forma de pílulas). Esses medicamentos entram na corrente sanguínea e alcançam todas as áreas do corpo, o que torna o tratamento potencialmente útil para o câncer que se disseminou (metastatizado) para os órgãos além dos rins.Infelizmente, as células do câncer renal são geralmente resistentes à quimioterapia, e não existe nenhuma maneira padrão de tratá-las com esses medicamentos. A quimioterapia é geralmente reservada para cânceres onde os medicamentos alvo e/ou imunoterapia não são eficazes.

Terapia-alvo

A terapia alvo é considerada uma medida terapêutica que veio revolucionar o tratamento do câncer, causando menos danos às células sadias. Utilizam anticorpos monoclonais, capazes de limitar o crescimento do tumor, em uma ação semelhante ao nosso sistema imunológico. Cerca de 20 a 25% dos casos se beneficiam dessa alternativa.

Imunoterapia

Segundo o Instituto Nacional do Câncer – INCA, é chamado de imunoterapia o tratamento do câncer que promove a estimulação do sistema imunológico, por meio do uso de substâncias modificadoras da resposta biológica. A imunoterapia é classificada em ativa e passiva, de acordo com as substâncias utilizadas e os seus mecanismos de ação. Na imunoterapia ativa, substâncias estimulantes e restauradoras da função imunológica (imunoterapia inespecífica) e as vacinas de células tumorais (imunoterapia específica) são administradas com a finalidade de intensificar a resistência ao crescimento tumoral. Na imunoterapia passiva ou adotiva, anticorpos antitumorais ou células mononucleares exógenas são administradas, objetivando proporcionar capacidade imunológica de combate a doença.

Curiosidades sobre o câncer renal:
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  • Os cálculos Renais aumentam cerca de 30% durante o verão. Por isso, fique atento!
Como o Câncer Renal  é Classificado?

O estadiamento é o processo de descobrir o quanto o câncer se espalhou. Seu tratamento e prognóstico (a previsão de chances de sobrevida) dependem, em grande parte, do estágio do câncer.

O estadiamento está baseado em resultados de exame físico, biópsias e exames de imagem (exame de CT, raio-X do tórax, exame de PET, etc.).

Na verdade, há 2 tipos de estadiamento para o câncer renal. O estágio clínico é a melhor estimativa do seu médico da extensão da sua doença, com base nos resultados de exame físico, exames laboratoriais e qualquer estudo de imagem que você tenha realizado. Se você realizar cirurgia, seus médicos também podem determinar o estágio patológico, que é baseado em alguns fatores como estágio clínico, mais o que for encontrado durante a cirurgia e exame do tecido removido. Isto significa que se você realizar uma cirurgia, o estágio do câncer pode realmente mudar depois disso (se foi descoberto que o câncer se espalhou mais do que estava suspeito, por exemplo). Provavelmente, o estadiamento patológico é mais preciso que o clínico, já que permite ao médico obter uma impressão direta da extensão do câncer.

Sistema de Estadiamento AJCC (TNM)

O sistema de estadiamento é uma maneira padronizada no qual a equipe de tratamento oncológico descreve a extensão do câncer. O sistema de estadiamento mais comumente utilizado é o da American Joint Committee on Cancer (Comitê da Junta Americana do Câncer) (AJCC), algumas vezes também conhecido como sistema TNM. O sistema TNM descreve 3 informações-chave:

> T indica o tamanho do tumor principal (primário) e se ele cresceu para as áreas próximas.

> N descreve a extensão de propagação para os linfonodos próximos (regionais). Os linfonodos são pequenos grupos de células do sistema imune em formato de feijão que são importantes na luta contra infecções.

> M indica se o câncer se espalhou (sofreu metástase) para outros órgãos do corpo. (Os locais mais comuns de propagação são para os pulmões, ossos, fígado e linfonodos distantes).

Números ou letras aparecem após T, N e M para fornecer mais detalhes sobre cada um destes fatores. Os números 0 a 4 indicam gravidade crescente. A letra X significa “não pôde ser avaliado, pois as informações não estavam disponíveis”.

 

Categorias T para Câncer Renal

TX: O tumor primário não pode ser avaliado (informações não disponíveis).

T0: Nenhuma evidência de tumor primário.

T1a: O tumor mede 4 cm (cerca de 11/2 polegadas) em sua extremidade ou é menor e está limitado ao rim.

T1b: O tumor mede mais que 4 cm, mas não maior que 7 cm (cerca de 2 ¾ polegadas) em sua extremidade e ainda está limitado ao rim.

T2: O tumor mede mais que 7 cm em sua extremidade mas ainda é limitado ao rim.

T3a: O tumor se espalhou pela glândula suprarrenal (que está situada sobre o rim) ou dentro do tecido adiposo ao redor do rim, mas não para além da camada fibrosa que circunda o rim e as proximidades do tecido adiposo (Fáscia de Gerota).

T3b: O tumor se espalhou para dentro da veia principal que leva para fora do rim (veia renal) e/ou a parte da maior veia que leva para o coração (veia cava) que está dentro do abdome.

T3c: O tumor atingiu a parte da veia cava que está dentro do tórax ou invadiu a parede da veia cava.

T4: O tumor se espalhou para além da fáscia de Gerota (camada fibrosa ao redor do rim e próximo do tecido adiposo).

 

Categorias N para Câncer Renal

NX: Os linfonodos regionais (proximidades) não podem ser avaliados (informação não disponível).

N0: Não se espalhou nos arredores dos linfonodos.

N1: Espalhou-se para os arredores de 1 linfonodo.

N2: Espalhou-se para os arredores de mais de 1 linfonodo.

 

Categorias M para Câncer Renal

MX: A presença de metástase distante não pode ser avaliada (informação não disponível).

M0: Não se espalhou para os linfonodos distantes ou outros órgãos.

M1: Presença de metástase distante; inclui a propagação para os linfonodos distantes e/ou para outros órgãos (tais como pulmões, ossos ou cérebro).

 

Grupamento por Estágio

Uma vez que as categorias T, N e M foram determinadas, esta informação é combinada para determinar o estágio global de I, II, III ou IV. O estágio identifica cânceres que apresentam um prognóstico semelhante, e portanto, são tratados de maneira semelhante. Os pacientes com estágio de menor número tendem a apresentar prognósticos melhores.

Estágio I

T1a-T1b, N0, M0: O Tumor mede 7 cm ou menos e é limitado ao rim. Não há disseminação para os linfonodos ou órgãos distantes.

Estágio II

T2, N0, M0: O tumor mede mais que 7 cm, mas ainda é limitado ao rim. Não há disseminação para os linfonodos ou órgãos distantes.

Estágio III

Diferentes combinações de categorias T e N são incluídas neste estágio.

T3a-T3c, N0, M0: O tumor principal atingiu a glândula suprarrenal, o tecido adiposo ao redor do rim, a veia renal e/ou a veia principal (veia cava) levando do rim ao coração. Ele não se espalhou para além da fáscia de Gerota. Não há disseminação para os linfonodos ou órgãos distantes.

T1a-T3c, N1, M0: O tumor principal pode ser de qualquer tamanho e pode estar fora do rim, mas não se espalhou para além da fáscia de Gerota. O câncer se espalhou para os arredores de 1 linfonodo mas não se espalhou para os linfonodos distantes ou outros órgãos.

Estágio IV

Existem diversas combinações de categorias T, N e M que estão incluídas neste estágio.

T4, N0-N1, M0: O tumor principal invadiu além da fáscia de Gerota. Espalhou-se para os arredores de mais de 1 linfonodo. Não se espalhou para os linfonodos distantes ou outros órgãos.

Qualquer T, N2, M0: O tumor principal pode ter qualquer tamanho e pode estar fora do rim. O câncer se espalhou para os arredores de mais de 1 linfonodo mas não se espalhou para os linfonodos distantes ou outros órgãos.

Qualquer T, Qualquer N, M1: O tumor principal pode ter qualquer tamanho e pode estar fora do rim. Pode ter se espalhado ou não para perto dos linfonodos. Espalhou-se para os linfonodos distantes e/ou outros órgãos.

 

Outros Sistemas

Embora o sistema de classificação TNM seja útil, alguns médicos têm apontado que existem outros fatores além da extensão do câncer que devem ser considerados na determinação do prognóstico e tratamento.

Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA) Sistema de Classificação Integrado

Este é um sistema mais complexo porém provavelmente mais preciso. Junto com o estágio do câncer, leva em consideração a saúde global da pessoa e o grau de Fuhrman do tumor para dividir pessoas em grupos de risco baixo, intermediário e alto. Você pode querer perguntar ao seu médico se ele ou ela usa este sistema e como ele pode se aplicar ao seu caso.

O que é?

Atualmente, o câncer renal, representa cerca de 3% das doenças malignas em adultos no mundo. No Brasil, surgiu mais de 580 mil casos novos até o final de 2015, sendo duas vezes mais frequente nos homens que nas mulheres. O tipo mais comum do câncer renal é o carcinoma de células renais, que representa 90% dos casos, e se origina nos rins, podendo se espalhar pelo corpo.  Dados publicados pelo Globocan, um projeto da Organização Mundial da Saúde que visa coletar, organizar e divulgar dados estimativos da incidência e mortalidade dos tipos mais comuns de câncer no mundo, apontam que, em 2015, 6.768 pessoas receberam o diagnóstico de câncer de rim no Brasil, sendo 4.068 homens e 2.700 mulheres. A maioria das pessoas com câncer renal são mais velhas. A idade média das pessoas quando diagnosticadas é de 65 anos. O câncer de rim é muito raro em pessoas com menos de 45 anos de idade. Ele está entre os 10 tipos de cânceres mais comuns em homens e mulheres. No geral, o risco de desenvolver câncer de rim é cerca de 1 em 63 (1,6%).

 

Sobre os Rins:

Os rins são um par de órgãos em formato de um feijão. Um rim está localizado do lado esquerdo e o outro do lado direito da coluna vertebral. Ambos estão protegidos pela caixa torácica. A principal função dos rins é filtrar o sangue e remover do corpo o excesso de água, sal e produtos residuais. Os produtos residuais filtrados são concentrados na urina. Os rins também ajudam a verificar se o corpo tem eritrócitos (também conhecidos como glóbulos vermelhos ou hemácias) suficientes. Os rins também atuam secretando substâncias importantes para nossa saúde. Entre suas funções, pode-se destacar a manutenção do equilíbrio de eletrólitos no corpo, como sódio, potássio, cálcio, magnésio, fósforo, bicarbonato etc.; a regulação do equilíbrio ácido-básico, mantendo o pH sanguíneo constante; a excreção de substâncias exógenas, como medicações; e a produção de hormônios, como aldosterona e prostaglandinas.

O câncer de rim é também conhecido como hipernefroma ou adenocarcinoma renal. Existem vários tipos de câncer renal. O mais frequente é o câncer renal de células claras, sendo responsável por 85% dos tumores diagnosticados. Entenda  sobre o Câncer Renal de Células Claras: O CCR de célula clara é o tipo de célula associado com a mutação no gene von Hippel Lindau (VHL) no câncer renal hereditário. De fato, aproximadamente 70% dos casos não hereditários de CCR de células claras também apresentam mutação no aVHL.

 

Conheça os Tipos de Câncer Renal:

 

– Carcinoma de Células Renais (CCR)

Nem todos os cânceres renais são os mesmos. Há um crescente entendimento entre os médicos e pesquisadores de que há diferentes subtipos de CCR e que eles se comportam de formas completamente diferentes, tanto com relação ao quanto são agressivos no paciente quanto como eles respondem ao tratamento. Há dez ou quinze anos, era comum para um relato de patologia de um paciente com câncer renal se ler simplesmente Carcinoma de Células Renais. Hoje, este diagnóstico simples é considerado incompleto. A identificação do subtipo específico ou tipo de célula (histologia) do câncer renal pode ser tão importante na determinação do prognóstico do paciente quanto saber o estágio e o grau do CCR. Seu médico deve lhe oferecer informações sobre a histologia, grau e estágio do seu câncer renal. Em caso negativo, você deve se sentir confortável em pedir estas informações uma vez que é uma parte importante do seu planejamento de tratamento.
Os subtipos de CCR vêm da descrição da aparência das células e outras características. Eles incluem:

 – Carcinoma de Células Renais (CCR) de Células Claras

Esta é a forma mais comum de câncer renal e representa entre 66% e 75% de todos os casos. O CCR de célula clara é o tipo de célula associado com a mutação no gene von Hippel Lindau (VHL) no câncer renal hereditário. De fato, aproximadamente 70% dos casos não hereditários de CCR de células claras também apresentam mutação no aVHL. Muito da pesquisa atual, que tenta identificar novos tratamentos efetivos para pacientes com doença localmente avançada ou metastática, foca neste subtipo da doença, uma vez que é o tipo mais comum de CCR.

Quando o tumor não está espalhado, o prognóstico é muito bom depois de excisão cirúrgica. O prognóstico para o paciente está diretamente relacionado tanto com o estágio (tamanho do tumor e faixa de crescimento) quanto o grau (as características das células tumorais) do câncer. Tanto o estágio quanto o grau são explicados mais adiante neste capítulo.

Pacientes com CCR de células claras metastático – ou um tumor que se espalhou para outras partes do corpo – apresentam um prognóstico significativamente mais desfavorável.

 – Carcinoma de Células Renais (CCR) Papilar

Esta é a segunda forma mais comum de câncer renal, somando aproximadamente 15% dos casos.

O CCR papilar é dividido em dois subtipos com base na aparência celular: Tipo I (5%) e Tipo II (10%). Há um aumento na incidência de CCR papilar em afro-americanos e um aumento na incidência de doença bilateral (envolvendo ambos os rins) associado com este subtipo.

Há também formas hereditárias tanto do CCR papilar Tipo I quanto Tipo II. Quando o CCR papilar não está espalhado, a remoção cirúrgica está geralmente associada a um excelente prognóstico. No entanto, quando ocorre metástase do CCR papilar para outros locais do corpo, a maioria das terapias convencionais para CCR, tal como imunoterapia, são ineficazes.

– Carcinoma de Células Renais (CCR) Cromófobo

Esta forma rara de câncer renal representa aproximadamente 5% dos casos de CCR. Pensa-se que este tipo de CCR se origina a partir do mesmo tipo de célula que aquelas que formam os oncocitomas renais (vide). Tumores híbridos que contém características tanto do CCR cromófobo quanto do oncocitoma renal também foram diagnosticados. Há uma forma familiar ou herdada de CCR cromófobo (em associação com oncocitoma renal) chamada de síndrome de Birt Hogg Dubé, a qual também está associada a uma mutação em um gene específico. Raramente ocorre metástase do CCR cromófobo até tardiamente na sua evolução clínica, e uma remoção cirúrgica de doença localizada ou mesmo localmente avançada está associada, geralmente, a um excelente prognóstico. CCR cromófobo metastático é relativamente raro e nenhuma terapia padrão existe atualmente.

-Carcinoma de Células Renais Não-Classificado

Menos de 1% dos carcinomas de células renais são de tipo não-classificado e são muito raros. Eles não se encaixam em nenhum dos subtipos mais comuns de CCR. Quando examinados em microscópio, estas células de câncer não-classificadas apresentam uma estrutura e características genéticas não compatíveis com a descrição dos subtipos de CCR mais comuns. Esta categoria geralmente inclui tumores agressivos que não respondem à terapia tradicional para CCR.

-Carcinoma dos Ductos Coletores

Esta é uma variação rara e muito agressiva do câncer renal que representa menos de 1% dos casos. Esta forma de CCR é, em geral, metastática no momento do diagnóstico e é mais comum em indivíduos mais jovens. O tratamento foi direcionado no uso de regimes com base em quimioterapia, semelhante àqueles utilizados no tratamento de carcinoma de células transicionais (vide abaixo), uma vez que estes tumores não respondem às terapias tradicionais de CCR, como a bioimunoterapia.

-Carcinoma de Células Renais (CCR)  medular

Esta também é uma variação muito rara e agressiva do câncer renal, apesar de ser uma variação do carcinoma dos ductos coletores. Ele está comumente associado ao traço falciforme e, portanto, é mais comum na população afro-americana. Ele representa menos de um por cento dos cânceres renais diagnosticado. A quimioterapia continua sendo o foco principal do tratamento para esta doença.

-Carcinoma de Células Renais (CCR) Sarcomatoide

Esta condição, conhecida como “diferenciação”, pode ocorrer com qualquer um dos subtipos comuns de CCR. O termo se refere ao fato de que as células do CCR – quando visualizadas em microscópio – têm aparência de células de sarcoma. A porcentagem de diferenciação de sarcomatoide é, geralmente, refletida no relato de patologia do tumor e relata a agressividade do tumor. O prognóstico associado ao CCR Sarcomatoide geralmente é desfavorável. A condição é frequentemente encontrada em pacientes cujo câncer renal realizou metástase de forma ampla. Esta forma de câncer renal é, alguma vezes, tratada com quimioterapia.

-Carcinoma de Células Transicionais do Rim (CCT)

Carcinoma de células transicionais (CCT) do rim é um tumor raro e potencialmente muito agressivo que não deve ser considerado um verdadeiro câncer renal, mas ao invés, deve ser agrupado com aqueles cânceres que se desenvolvem a partir da linha do trato urinário. Isto inclui CCT da bexiga, que é muito mais comum do que CCT do rim. Se o câncer não se espalhou, o tumor pode ser tratado por remoção cirúrgica tanto do rim quanto do ureter, embora recorrências de CCT na bexiga sejam comuns. Quando o tumor é grande ou ocorreu metástase, o prognóstico é extremamente desfavorável e as opções de tratamento são semelhantes àquelas para câncer de bexiga metastático, que inclui quimioterapia.

 

SUBTIPOS
Oncocitoma Renal

Este é um tumor benigno do rim que soma aproximadamente 5% de todos os tumores de rim. Não ocorre metástase destes tumores, embora possam crescer a tal tamanho no rim e invadir estruturas locais, que podem resultar em sintomas que requerem cirurgia. Eles são considerados relacionados ao CCR cromófobo e pode ser muito difícil diferenciar os dois. O tumor é tratado através de remoção parcial ou completa do rim.

 

A escolha do tratamento, onde o tratamento é feito, a frequência de check-ups e muitos outros aspectos do controle da doença são determinados pelo paciente e o médico. Alguns pacientes acreditam que as informações sobre o câncer renal são apresentadas em termos médicos complicados. Mas, muitas informações, incluindo os recursos recomendados neste guia são especificamente escritos para pacientes em uma linguagem fácil de entender a qual não requer treinamento especializado.

Quanto mais você souber, melhores serão suas decisões, e mais você se sentirá no controle da sua doença. O conhecimento sobre a sua doença o ajudará a se comunicar melhor com seu médico e enfermeira e aumentará sua confiança no tratamento que você recebe. Saber mais sobre o câncer renal é um passo importante para lutar efetivamente contra a doença.

Fatores de Risco
Como prevenir?

NÃO FUMAR  →   O tabagismo aumenta significativamente o risco do câncer renal. O risco aumentado parece estar relacionado a quantidade que você fuma. O risco cai se você parar de fumar, mas leva muitos anos para se aproximar ao nível de alguém que nunca fumou;

SOBREPESO/OBESIDADE →  Manter uma alimentação saúdavel. Abuse de frutas, verduras e legumes. Elas são as maiores fontes de micronutrientes e ajudam na regulação do organismo. As pessoas que estão muito acima do peso apresentam um risco mais alto de desenvolvimento de câncer de células renais. Alguns médicos acreditam que a obesidade é um fator em certa de 2 de 10 pessoas que adquirem este câncer. A obesidade pode provocar alterações em determinados hormônios que podem levar ao carcinoma de células renais;

PRATIQUE EXERCÍCIO FÍSICO → O sobrepeso e a obesidade podem provocar alterações hormonais que levam ao desenvolvimento do câncer;

MODERE NO SAL E REDUZA O AÇÚCAR → evitando a retenção de liquído, alta pressão arterial e diabetes;

BEBA ÁGUA → ela hidrata o organismo e mantém o bom funcionamento dos rins!

Fatores de Risco

Um fator de risco é qualquer coisa que afete suas chances de contrair uma doença, como um câncer. Diferentes tipos de cânceres apresentam diferentes fatores de risco. Por exemplo, a exposição sem proteção a fortes raios solares é um fator de risco para câncer de pele. Mas os fatores de risco não nos dizem tudo. Apresentar um fator de risco, ou mesmo vários fatores de risco, não significa que você terá a doença. E algumas pessoas que adquirem a doença podem não ter apresentado nenhum dos fatores de risco conhecidos. Mesmo se a pessoa com câncer renal apresentar um fator de risco, em geral é muito difícil saber o quanto aquele fator de risco pode ter contribuído para o câncer.

 

Fatores de risco Genéticos e Hereditários:

Algumas pessoas herdam uma tendência de desenvolver determinados tipos de câncer. O DNA que você herda dos seus pais pode conter determinadas alterações que contribuem para esta tendência de desenvolver câncer. O câncer renal pode ser causado por algumas condições raras herdadas. Pessoas com estas condições apresentam um risco muito mais alto de adquirir câncer renal, embora elas contribuam apenas para uma pequena parte dos casos no total.

Entre os fatores de risco Genéticos e Hereditários estão:

Carcinoma de Células Renais Papilar Hereditário

Pessoas com esta condição apresentam uma tendência herdada de desenvolver um ou mais carcinomas de células renais papilares, porém eles não apresentam tumores em outras partes do corpo, como é o caso de outras condições herdadas listadas aqui. Pensa-se que este distúrbio seja causado por alterações no gene MET.

Doença von Hippel-Lindau

Pessoas com esta condição frequentemente desenvolvem vários tipos de tumores e cistos (bolsas preenchidas por fluídos) em diferentes partes do corpo. Eles apresentam risco aumentado de desenvolver carcinoma de células renais de células claras, especialmente quando mais jovens. Eles também podem apresentar tumores benignos nos olhos, cérebro, medula espinhal, pâncreas e outros órgãos; e um tipo de tumor da glândula suprarrenal chamado feocromocitoma. Esta condição é provocada por mutações (alterações) no gene VHL.

Leiomiomatose Hereditária e Carcinoma de Células Renais

Pessoas com esta síndrome desenvolvem tumores de músculo liso chamados leiomiomas ou fibroides da pele e do útero (em mulheres) e apresentam um risco mais alto de desenvolver cânceres de células renais papilares. Está ligado a alterações no gene da fumarato hidratase (FH).

Síndrome Birt-Hogg-Dube

Pessoas com esta síndrome, que é caracterizada pelo desenvolvimento de pequenos tumores cutâneos benignos, apresentam um risco aumentado de desenvolver diferentes tipos de cânceres de células renais. Eles também podem apresentar tumores benignos ou malignos de vários outros tecidos. O gene ligado a esta condição é conhecido como BHD.

Oncocitoma Renal Hereditário

Algumas pessoas herdam a tendência de desenvolver um tumor de rim chamado oncocitoma, que apresenta um potencial muito baixo de ser maligno. É importante que as pessoas que apresentam causas hereditárias de câncer de células renais visitem seus médicos com frequência, particularmente se elas já têm câncer de células renais diagnosticadas. Alguns médicos recomendam testes de imagem regulares (como exames de CT) para estas pessoas.

 

Outros

Há alguns fatores de risco que não podem ser alterados, mas podemos aprender a observá-los e relatar qualquer alteração à equipe médica. São eles:

Histórico Familiar de Câncer Renal

As pessoas com um forte histórico familiar de câncer de células renais (sem uma das condições herdadas conhecida listada acima) também apresentam alta chance de desenvolvimento deste câncer. Este risco é ainda mais alto em irmãos (irmãos ou irmãs) daqueles afetados. Se não está claro se é devido à genética, uma exposição ambiental compartilhada, ou alguma combinação destes.

Alta Pressão Arterial

O risco de câncer renal é mais alto em pessoas com alta pressão arterial. Alguns estudos sugeriram que determinados medicamentos utilizados para tratar alta pressão arterial pode desenvolver o risco de câncer renal, mas é difícil dizer se a condição ou a medicação (ou ambos) podem ser a causa do risco aumentado.

Determinados Medicamentos

Fenacetina, um remédio popular para alívio de dor com venda livre, esteve ligado ao câncer de células renais no passado. Alguns estudos sugeriram que diuréticos (medicamentos que tratam a alta pressão arterial provocando que os rins removam o sal e fluído do corpo) podem estar ligados ao carcinoma de células renais. Não está claro se a causa é dos medicamentos ou da alta pressão arterial em si. Se você precisa de diuréticos, você deve tomá-los. Se não precisa, evite-os para tentar reduzir o risco de câncer renal.

Doença de Rim Avançada

Pessoas com doença de rim avançada, especialmente aqueles que precisam de diálise, apresentam um risco mais alto de carcinoma de células renais. A diálise é um tratamento utilizado para remover toxinas do seu corpo caso os rins não funcionem apropriadamente.

Gênero

O carcinoma de células renais e quase duas vezes tão comum em homens quanto em mulheres. Os homens estão provavelmente mais propensos a fumar e a estarem expostos a elementos químicos que provocam câncer no trabalho, que podem contribuir com uma parte da diferença.

Raça

Negros apresentam uma taxa ligeiramente mais alta de câncer de células renais do que brancos. As razões para isto não estão claras.

 

Sabemos o que causa o câncer renal?

Embora muitos fatores de risco possam elevar sua chance de desenvolver câncer renal, não se sabe ainda de forma exata como alguns desses fatores de risco tornam as células do rim cancerígenas.

Alterações Genéticas

Pesquisadores estão começando a entender como algumas alterações no DNA podem resultar na modificação de células do rim normais em células cancerígenas.

DNA é a molécula química em cada uma de nossas células que compõe nossos genes – as instruções sobre como nossas células funcionam.

Nós geralmente parecemos com os nossos pais porque eles são a fonte de nosso DNA . Contudo, o DNA afeta mais do que nossa aparência.

Alguns genes contêm instruções para controle de quando nossas células devem crescer, se dividir e morrer. Determinados genes que aceleram a divisão celular são chamados oncogenes. Outros genes que diminuem a velocidade da divisão celular ou fazem com que as células morram no momento certo são denominados genes supressores de tumor.

O câncer pode ser causado por mutações do DNA (alterações) que ativam os oncogenes ou desativam os genes supressores de tumor.

 

Mutações Genéticas Herdadas

Determinadas alterações do DNA herdadas podem levar a condições correntes em algumas famílias que aumentam o risco de câncer renal.

Estas síndromes, que provocam uma pequena parte de todos os cânceres renais, foram descritas na seção Fatores de Risco.

Por exemplo, o gene VHL é um gene supressor de tumor. Ele normalmente ajuda a impedir que as células cresçam fora de controle. As mutações (alterações) neste gene podem ser herdada de um dos pais, provocando a doença von Hippel-Lindau. Quando ocorre mutação no gene VHL, ele não mais suprime o crescimento anormal e é mais provável que o câncer renal se desenvolva.

Os genes ligados à leiomiomatose hereditária, ao carcinoma de células renais (o gene da fumarato hidratase) e à síndrome Birt-Hogg-Dube (o gene BHD) também são genes supressores de tumor, e as alterações herdadas nestes genes também levam a um risco aumentado de câncer renal.

Pessoas com carcinoma de células renais papilar hereditário herdam alterações no oncogene MET que podem provocar que fique “ativo” o tempo todo. Isto torna a pessoa mais propensa a desenvolver câncer de células renais papilar.

 

Mutações Genéticas Adquiridas

A maioria das mutações de DNA relacionadas ao câncer de mama, entretanto, ocorre durante a vida da pessoa ao invés de ser herdada. Estas mutações adquiridas de oncogenes e/ou dos genes supressores de tumor podem resultar de fatores como exposição a elementos químicos que provocam câncer (como aqueles encontrados no tabaco), porém em muitos casos a causa destas alterações não é conhecida.

Cerca de 3 de 4 pessoas com câncer de células renais claras esporádico (não-herdado) apresentam alterações no gene VHL que provoca que este não funcione apropriadamente. Estas alterações foram adquiridas durante a vida ao invés de serem herdadas.

Outras alterações genéticas também podem provocar carcinomas de células renais. Os pesquisadores continuam a procurar estas alterações.

Algum progresso foi alcançado na compreensão em como o tabaco aumenta o risco de desenvolvimento de carcinoma de células renais. Muitos dos elementos que provocam câncer no tabaco são absorvidos pela corrente sanguínea pelos pulmões. Como os rins filtram este sangue, muitos destes elementos tornam-se altamente concentrados nos rins.

Vários destes elementos químicos são conhecidos por danificar o DNA das células renais de forma que pode tornar células normais em cancerígenas.

A obesidade, outra causa deste câncer, altera o equilíbrio de alguns dos hormônios do corpo. Os pesquisadores estão agora aprendendo como determinados hormônios ajudam a controlar o crescimento (tanto normal quanto anormal) de muitos tecidos diferentes no corpo, incluindo os rins.

Conhecimento das alterações genéticas que podem levar ao câncer de mama está sendo utilizado para ajudar a desenvolver novos tratamentos para esta doença. Por exemplo, os pesquisadores agora sabem que o gene VHL normalmente impede que as células produzam uma substância chamada fator do crescimento endotelial vascular (VEGF). Esta substância provoca a formação de novos vasos sanguíneos, dos quais os tumores precisam para sobreviver e crescer. Medicamentos recentes que têm como alvo o VEGF estão agora sendo utilizados para tratar o câncer renal.

Sintomas

Alguns possíveis sinais e sintomas de câncer renal incluem:

> sangue na urina (hematúria);

> dor lombar em um lado (não provocada por lesão);

> uma massa ou inchaço no lado ou na região lombar;

> fadiga;

> perda de peso não explicada;

> febre que não é causada por um resfriado ou outra infecção e que não passa após poucas semanas;

> inchaço dos tornozelos e pernas (edema);

Estes sintomas podem ser causados pelo câncer, mas com mais frequência se dão devido a doenças não-cancerosas. Por exemplo, sangue na urina pode ser um sinal de câncer renal, bexiga ou de próstata, mas com muita frequência é provocado por infecção na bexiga ou pedra no rim. Ainda, se você apresentar algum destes sintomas, consulte um médico, assim a causa pode ser avaliada e tratada, se necessário.

Diagnóstico
Como o Câncer Renal  é Diagnosticado?

Muitos cânceres renais são encontrados regularmente de forma precoce, enquanto eles ainda estão confinados no rim. Porém, outros são encontrados em um estágio mais avançado. Há algumas razões para isto:

> Estes cânceres podem, algumas vezes, se tornar muito grandes sem provocar nenhuma dor ou outros problemas;

> Devido ao fato do rim estar muito adentro do corpo, pequenos tumores do rim não podem ser observados ou sentidos durante um exame físico;

> Não há testes simples que possam ser utilizados para examinar o câncer renal em pessoas que não estão em risco aumentado.

Um teste de urina de rotina, que, às vezes, é parte de um exame médico completo, pode encontrar pequenas quantidades de sangue na urina de algumas pessoas com câncer de células renais precoce. Porém, há muitas outras causas de sangue na urina, incluindo infecções do trato urinário, infecções da bexiga, câncer da bexiga e condições benignas do rim (não cancerosas), tais como pedras no rim.
Por outro lado, algumas pessoas com câncer renal não apresentam sangue na urina até que o câncer esteja muito grande e possa ter se espalhado para outras partes do corpo. Exames de imagem, tais como exames de tomografia computadorizada (CT) e exames de imagem por ressonância magnética (MRI) podem encontrar pequenos carcinomas de células renais. Mas estes exames são caros e nem sempre revelam tumores benignos de pequenos carcinomas de células renais. Por estas razões, os médicos geralmente recomendam CT e MRI para detecção precoce de câncer renal apenas em pessoas que apresentam determinados fatores de risco, tais como doença von Hippel-Lindau (VHL) ou outras condições herdadas. Alguns médicos também recomendam que pessoas com doenças de rim tratadas por diálise em longo prazo realizem testes periódicos (exames de CT ou MRI) para procurar por câncer renal. Em geral, cânceres renais são encontrados incidentalmente durante exames para algumas outras doenças, tais como doença de vesícula biliar. Estes cânceres geralmente não provocam dor ou desconforto no momento da descoberta. A taxa de sobrevida para câncer renal descoberto desta forma é muito alta, pois estes cânceres geralmente são descobertos em um estágio muito precoce.

Saiba mais sobre diagnóstico precoce:

É importante dizer ao seu médico se familiares (parentes de sangue) apresentam ou apresentaram câncer renal, especialmente quando jovens, ou se eles foram diagnosticados com uma condição herdada ligada a este câncer, como doença VHL. Seu médico pode recomendar que você considere o teste genético. O teste genético para estas condições é utilizado apenas em pessoas com sinais clínicos destas condições e em seus parentes de sangue. Antes de realizar os testes genéticos, é importante falar com um consultor genético, assim você entende o que os testes podem – e não podem – dizer a você, e o que alguns resultados significariam. Os testes genéticos procuram mutações genéticas que provocam estas condições no seu DNA. Eles são utilizados para diagnosticar estas condições herdadas, não o câncer renal em si. Seu risco pode estar aumentado se você apresentar uma destas condições, mas isto não significa que você apresenta (ou definitivamente apresentará) câncer renal. Se você foi diagnosticado com uma destas condições, você pode precisar de frequentes exames de CT ou MRI para procurar por câncer renal.

Para o dignóstico do câncer renal são utilizados exames de imagem e laboratóriais. Abaixo listados os exames necessários para diagnosticar o câncer renal:

 

Exames de Imagem

Exames por imagem utilizam raios-X, campos magnéticos ou substâncias radioativas para criar fotos de dentro do seu corpo. Exames de imagem podem ser realizados por um número de motivos, incluindo ajudar a descobrir se a área suspeita pode ser cancerosa, saber o quão longe o câncer pode ter se espalhado e ajudar a determinar se o tratamento foi eficaz. Diferente da maioria dos outros cânceres, os médicos podem com frequência ter certeza sobre o diagnóstico do câncer renal sem precisar realizar uma biópsia (remoção de uma amostra do tumor para ser observado em microscópio). Em muitos casos, os exames de imagem podem dar aos médicos uma quantidade razoável de certeza que uma massa do rim é (ou não) cancerosa. Em alguns casos, no entanto, uma biópsia pode ser necessária para ter certeza. Exames de tomografia computadorizada (CT), exames de imagem por ressonância magnética (MRI), pielogramas intravenosos e ultrassom podem ser muito úteis no diagnóstico na maioria dos tipos de tumores renais, embora os pacientes raramente precisem de todos estes exames. Outros exames descritos aqui, como raios-X do tórax e exames ósseos são utilizados com mais frequência para ajudar a determinar se o câncer se propagou (ocorreu metástase) para outras partes do corpo.

 

Exame de Tomografia Computadorizada (CT ou CAT)

O exame de Exame de Tomografia Computadorizada (CT ou CAT) consiste em um exame de raio-X que produz imagens seccionais cruzadas detalhadas do seu corpo. Ao invés de tirar uma fotografia, como um raio-X convencional, o aparelho de CT obtém diversas imagens conforme gira ao seu redor, enquanto você está deitado em uma mesa. Então, um computador combina essas imagens na forma de imagens de fatias da parte do corpo que está sendo estudada. Diferente de um raio-X convencional, um exame de CT cria imagens detalhadas dos tecidos moles no corpo. Depois de obtido o primeiro grupo de imagens, pode ser solicitado que você beba uma solução de contraste e/ou você pode receber um cateter IV (intravenoso) por meio do qual é injetado um corante de contraste. Ele ajuda a delinear melhor as estruturas do seu corpo. Em seguida, se obtém um segundo grupo de imagens.

O contraste pode provocar um pouco de rubor (uma sensação de calor, especialmente na face). Algumas pessoas são alérgicas e apresentam urticária. Raramente, podem ocorrer reações mais sérias como dificuldades para respirar ou queda da pressão arterial. Não deixe de informar o médico caso você sofra ou já tenha sofrido alguma reação a qualquer material de contraste utilizado para raios-X.

Exames de CT são mais demorados do que raios-X convencionais. Você precisa ficar deitado em uma mesa durante sua realização. Durante o exame, a mesa se movimenta para dentro e para fora do aparelho, uma máquina em formato de anel que envolve completamente a mesa. Você pode se sentir um pouco confinado pelo anel em que deve se deitar enquanto as imagens são obtidas.

Nos últimos anos, a CT espiral (também conhecida como CT helicoidal) se tornou disponível em muitos centros médicos. Este tipo de exame de CT utiliza uma máquina mais rápida. A parte da máquina que obtém a imagem roda em volta do corpo continuadamente, permitindo que os médicos coletem as imagens mais rapidamente do que com a CT padrão. Isto reduz a chance de imagens “borradas” decorrentes do movimento de respiração. Também diminui a dose de radiação recebida durante o exame. A maior vantagem pode ser que as “fatias” de imagem que ele obtém são mais finas, o que proporciona imagens mais detalhadas e permite que médicos olhem as áreas suspeitas de diferentes ângulos.

O exame de CT é um dos exames mais úteis para achar e olhar uma massa dentro do rim. Ele também é útil para verificar se um câncer se espalhou, ou não, para órgãos e tecidos além do rim. O exame de CT fornecerá informações precisas sobre o tamanho, formato e posição de um tumor, e pode ajudar a encontrar linfonodos maiores que possam conter câncer.

 

Imagem por Ressonância Magnética (MRI)

Assim como os exames de Tomografia Computadorizada (CT), os exames de Imagem por Ressonância Magnética (MRI) fornecem imagens detalhadas de tecidos moles no corpo.

Exames de MRI são utilizados com menos frequência do que os exames de CT em pessoas com câncer renal. Eles podem ser realizados em casos onde os exames de CT não são práticos, tais como se a pessoa for alérgica ao contraste de CT.

Exames de MRI também podem ser realizados se houver uma chance do câncer envolver uma veia principal no abdômen (veia cava inferior). Finalmente, eles podem ser utilizados para procurar possível propagação do câncer para o cérebro ou para a medula espinhal se uma pessoa apresentar sintomas que sugerem que este possa ser o caso.

 

Ultrassom (ultrassonografia ou US)

O ultrassom utiliza ondas sonoras para criar imagens de órgãos internos.
Para este exame, um pequeno instrumento semelhante a um microfone chamado transdutor é colocado na pele próximo ao rim. Ele emite ondas sonoras e capta os ecos conforme eles são refletidos pelos tecidos no rim. Os ecos são convertidos por um computador em uma imagem em preto e branco que é exibida em uma tela de computador. Este exame é indolor e não expõe você à radiação.

O ultrassom pode ser útil para determinar se uma massa do rim é sólida ou preenchida por fluído. Os modelos de eco produzidos pela maioria dos tumores do rim parecem diferentes daqueles do tecido do rim normal.

Diferentes modelos de eco também podem distinguir alguns tipos de tumores benignos e malignos do rim um do outro. Se uma biópsia de rim for necessária, este exame pode ser utilizado para guiar uma agulha da biópsia na massa para obter uma amostra.

 

Exame de Tomografia por Emissão de Pósitron (PET SCAN)

Exames de PET SCAN envolvem a injeção de uma forma de açúcar radioativo (conhecido como fluorodeoxiglicose ou FDG) no sangue. A quantidade de radioatividade utilizada é muito baixa.

Como as células cancerosas do corpo crescem rapidamente, elas absorvem grandes quantidades do açúcar radioativo. Uma câmera especial pode, assim, gerar uma imagem de áreas de radioatividade do corpo. A imagem não é extremamente detalhada como um exame de CT ou MRI, mas proporciona informações úteis sobre o corpo todo.

Este exame pode ser útil para observar se o câncer pode ter se espalhado para os linfonodos próximos ao rim. Exames de PET também podem ser úteis quando o médico acredita que o câncer possa ter se espalhado, mas não tem conhecimento de onde isso ocorreu. Exames de PET podem ser utilizados ao invés de diversos raios-X diferentes, pois eles realizam varredura do corpo inteiro.

Algumas máquinas mais recentes conseguem realizar tanto um exame de PET quanto um exame de CT ao mesmo tempo (exame PET/CT). Isso permite ao radiologista comparar áreas de maior radioatividade no PET com a aparência da mesma área na CT.

 

Pielograma Intravenoso (IVP)

Um pielograma intravenoso é um raio-X do sistema urinário realizado após um corante especial ter sido injetado na veia. Este corante sai da corrente sanguínea para os rins e, então, passa pelos ureteres e bexiga.

Um IVP pode ser útil para encontrar anormalidades do trato urinário, tais como câncer, mas você pode não precisar de um IVP caso já tenha realizado uma CT ou MRI.

 

Angiografia

Assim como IVP, este exame de raio-X também utiliza um corante de contraste. Um cateter é geralmente preso a uma artéria de grande porte na sua perna na artéria que segue para o rim (artéria renal). O corante é, então, injetado na artéria para contornar os vasos sanguíneos.

Como a angiografia pode contornar os vasos sanguíneos que alimentam o tumor do rim, ela pode ajudar o cirurgião a planejar uma cirurgia. A angiografia também pode ajudar a diagnosticar cânceres renais uma vez que os vasos sanguíneos geralmente apresentam uma aparência especial com este exame.

 

Raio-X do Tórax

Se o câncer renal foi diagnosticado (ou há suspeita), um raio-X plano do seu tórax pode ser realizado para observar se o câncer se propagou para os pulmões. Isto é muito improvável, a menos que o câncer esteja muito avançado. Este raio-X pode ser realizado em qualquer contexto ambulatorial. Se os resultados forem normais, provavelmente você não apresenta câncer nos pulmões.

 

Exame Ósseo

Um exame ósseo pode ajudar a mostrar se o câncer sofreu metástase (se espalhou) para os ossos. Nesse exame, é injetada uma pequena quantidade de material de baixo nível de radioatividade em uma veia (por via intravenosa, ou IV). A substância se deposita nas áreas do osso comprometido por todo o esqueleto, no decorrer de algumas horas. Então, você fica deitado sobre uma mesa por cerca de 30 minutos enquanto uma câmera especial detecta a radioatividade e gera uma imagem do seu esqueleto.

Áreas de alterações ósseas ativas como “hot spots” no seu esqueleto – ou seja, elas atraem a radioatividade. Essas áreas podem sugerir a presença de câncer metastático, no entanto, a artrite e outras doenças ósseas também podem produzir o mesmo padrão. Para distinguir entre essas condições, sua equipe de cuidados oncológicos pode utilizar outros exames de imagem, como raios-x simples ou exames de CT e MRI, para conseguir uma visualização melhor das áreas realçadas, ou podem até mesmo colher amostras do osso para biópsia.

Exames ósseos são realizados principalmente quando há motivo para pensar que o câncer possa ter se espalhado para os ossos (pois uma pessoa apresenta sintomas como dor óssea). Exames de PET geralmente também podem mostrar a propagação do câncer para os ossos, portanto, se você realizou um exame de PET você pode não precisar de um exame ósseo.

 

Exames Laboratoriais

Exames laboratoriais geralmente não são utilizados para diagnosticar câncer renal, mas eles podem, algumas vezes, dar a primeira pista de que pode haver um problema com os rins. Eles também são realizados para ter uma ideia da saúde geral da pessoa e para ajudar a dizer se o câncer pode ter se espalhado para outras áreas. Antes da cirurgia, eles podem ajudar a dizer se uma pessoa é saudável o suficiente para realizar a operação.

Exame de Urina (Urinálise)

O Exame de Urina (Urinálise) é, algumas vezes, parte de um exame físico completo, mas ele pode não ser realizado como parte de exames físicos de rotina. É provável que seja um dos primeiros exames realizados caso o câncer renal seja uma possibilidade.

Exames microscópicos e químicos são realizados na urina para procurar pequenas quantidades de sangue e outras substâncias não observadas a olho nu. Cerca de metade dos pacientes com câncer de células renais apresentam sangue na urina. Algumas vezes, exame microscópico especial de amostras da urina (chamado citologia da urina) mostrará células cancerosas reais na urina.

Hemograma

O hemograma pode detectar achados algumas vezes observados com câncer de células renais. Anemia (pouquíssimos eritrócitos) é muito comum. Com menos frequência, uma pessoa pode apresentar muitos eritrócitos, pois o câncer renal produz um hormônio (eritropoietina) que provoca que a medula óssea produza mais eritrócitos. As contagens de sangue também são importantes para se certificar que uma pessoa é saudável o suficiente para uma cirurgia.

Exames de Bioquímica do Sangue

Exames de bioquímica do sangue geralmente são realizados em pessoas que possam apresentar câncer renal, uma vez que ele pode afetar os níveis de determinados elementos químicos no sangue. Por exemplo, altos níveis de enzimas hepáticas são encontrados algumas vezes, embora os motivos para isso não sejam conhecidos. Altos níveis de cálcio no sangue podem indicar que o câncer se espalhou para os ossos e pode, portanto, alertar o médico para solicitar um exame ósseo.

Biópsia por Aspiração com Agulha Fina

Este exame é raramente utilizado para diagnosticar tumores de rim. Estudos por imagem geralmente fornecem informações suficientes para um cirurgião decidir se a operação é ou não necessária. Algumas vezes a biópsia por aspiração com agulha fina (FNA) é utilizada para obter pequena amostra das células de uma área suspeita se os resultados do exame de imagem não forem conclusivos o suficiente para garantir a remoção do rim. Ela também pode ser realizada para confirmar o diagnóstico de câncer se a saúde da pessoal for muito deficiente para cirurgia e outros tratamentos locais (tais como embolização arterial ou crioterapia) estão sendo considerados. Para este exame, a pele onde a agulha será inserida é, em primeiro lugar, adormecida com anestesia local. O médico direciona uma agulha vazia na área enquanto observa seu rim com exames de ultrassom ou CT. Diferente do ultrassom, a CT não fornece uma imagem contínua, então a agulha é inserida na direção da massa, uma imagem de CT é obtida e a direção da agulha é orientada com base na imagem. Isto é repetido algumas vezes até a agulha estar dentro da massa. Uma pequena amostra da área-alvo é sugada (aspirada) para uma seringa e observada em microscópio para observar se células cancerosas estão presentes. Em casos onde os médicos pensam que o câncer renal possa ter se espalhado para outros locais, eles podem realizar uma biópsia do local metastático ao invés do rim.

Grau de Fuhrman

O grau de Fuhrman é determinado pela observação das células do câncer renal (obtidas durante uma biópsia ou durante cirurgia) em um microscópio. Ele é utilizado por muitos médicos como uma maneira de descrever o quão agressivo o câncer provavelmente pode ser. O grau é baseado em o quanto os núcleos das células cancerosas (parte de uma célula na qual o DNA é armazenado) se parece com aqueles de células de um rim normal. Os cânceres de células renais geralmente são graduados em uma escala de 1 até 4. Os cânceres de células renais grau 1 têm núcleos celulares que diferem muito pouco dos núcleos celulares de um rim normal. Estes cânceres normalmente crescem e se espalham lentamente e tendem a apresentar uma boa perspectiva. No outro extremo, núcleos de câncer de células renais grau 4 são muito diferentes de núcleos de células de um rim normal e apresentam um pior prognóstico. Embora o tipo celular e o grau algumas vezes sejam úteis na previsão do prognóstico, o estágio do câncer está longe de ser a melhor previsão de sobrevida. O estágio descreve o tamanho do câncer e o quanto ele se espalhou além do rim.

Tratamento
Como é tratado?

O tratamento varia de pessoa para pessoa. A escolha depende muito do estágio do câncer, do estilo de vida do paciente e da alimentação. Após a determinação do câncer e de seu estágio, a equipe de cuidados oncológicos discutirá com o paciente as opções de tratamento. No caso do câncer renal, as opções de tratamento podem incluir cirurgia, terapia por radiação, terapia-alvo, imunoterapia, quimioterapia ou outras dessas combinações, dependendo dos fatores acima mencionados.

Tipos de Tratamento
Cirurgia

A cirurgia é o principal tratamento para a maioria dos carcinomas de células renais. As chances de sobreviver a um câncer de célula renal sem cirurgia são pequenas. Dependendo do estágio e do local do câncer e outros fatores, a cirurgia pode ser usada para remover tanto o câncer com alguns tecidos circundantes do rim quanto o rim em sua totalidade.

Radioterapia

A Radioterapia usa radiação de alta energia para matar as células cancerígenas. A terapia por feixe externo foca a radiação a partir do lado de fora do corpo sob o câncer. É como fazer um raio-x, mas a radiação é muito mais intensa. O procedimento em si é indolor. A radioterapia pode ser usada para tratar o câncer renal se a saúde geral da pessoa estiver muito debilitada para passar por cirurgia. Infelizmente, os cânceres renais não são muito sensíveis à radiação. Usar radioterapia antes ou após a remoção do câncer, não é rotineiramente recomendado porque os estudos não mostraram que ela melhora as taxa de sobrevida.

Quimioterapia

Quimioterapia usa medicamentos anticâncer que são administrados na veia ou pela boca (em forma de pílulas). Esses medicamentos entram na corrente sanguínea e alcançam todas as áreas do corpo, o que torna o tratamento potencialmente útil para o câncer que se disseminou (metastatizado) para os órgãos além dos rins.Infelizmente, as células do câncer renal são geralmente resistentes à quimioterapia, e não existe nenhuma maneira padrão de tratá-las com esses medicamentos. A quimioterapia é geralmente reservada para cânceres onde os medicamentos alvo e/ou imunoterapia não são eficazes.

Terapia-alvo

A terapia alvo é considerada uma medida terapêutica que veio revolucionar o tratamento do câncer, causando menos danos às células sadias. Utilizam anticorpos monoclonais, capazes de limitar o crescimento do tumor, em uma ação semelhante ao nosso sistema imunológico. Cerca de 20 a 25% dos casos se beneficiam dessa alternativa.

Imunoterapia

Segundo o Instituto Nacional do Câncer – INCA, é chamado de imunoterapia o tratamento do câncer que promove a estimulação do sistema imunológico, por meio do uso de substâncias modificadoras da resposta biológica. A imunoterapia é classificada em ativa e passiva, de acordo com as substâncias utilizadas e os seus mecanismos de ação. Na imunoterapia ativa, substâncias estimulantes e restauradoras da função imunológica (imunoterapia inespecífica) e as vacinas de células tumorais (imunoterapia específica) são administradas com a finalidade de intensificar a resistência ao crescimento tumoral. Na imunoterapia passiva ou adotiva, anticorpos antitumorais ou células mononucleares exógenas são administradas, objetivando proporcionar capacidade imunológica de combate a doença.

Curiosidades sobre o câncer renal:
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Estadiamento
Como o Câncer Renal  é Classificado?

O estadiamento é o processo de descobrir o quanto o câncer se espalhou. Seu tratamento e prognóstico (a previsão de chances de sobrevida) dependem, em grande parte, do estágio do câncer.

O estadiamento está baseado em resultados de exame físico, biópsias e exames de imagem (exame de CT, raio-X do tórax, exame de PET, etc.).

Na verdade, há 2 tipos de estadiamento para o câncer renal. O estágio clínico é a melhor estimativa do seu médico da extensão da sua doença, com base nos resultados de exame físico, exames laboratoriais e qualquer estudo de imagem que você tenha realizado. Se você realizar cirurgia, seus médicos também podem determinar o estágio patológico, que é baseado em alguns fatores como estágio clínico, mais o que for encontrado durante a cirurgia e exame do tecido removido. Isto significa que se você realizar uma cirurgia, o estágio do câncer pode realmente mudar depois disso (se foi descoberto que o câncer se espalhou mais do que estava suspeito, por exemplo). Provavelmente, o estadiamento patológico é mais preciso que o clínico, já que permite ao médico obter uma impressão direta da extensão do câncer.

Sistema de Estadiamento AJCC (TNM)

O sistema de estadiamento é uma maneira padronizada no qual a equipe de tratamento oncológico descreve a extensão do câncer. O sistema de estadiamento mais comumente utilizado é o da American Joint Committee on Cancer (Comitê da Junta Americana do Câncer) (AJCC), algumas vezes também conhecido como sistema TNM. O sistema TNM descreve 3 informações-chave:

> T indica o tamanho do tumor principal (primário) e se ele cresceu para as áreas próximas.

> N descreve a extensão de propagação para os linfonodos próximos (regionais). Os linfonodos são pequenos grupos de células do sistema imune em formato de feijão que são importantes na luta contra infecções.

> M indica se o câncer se espalhou (sofreu metástase) para outros órgãos do corpo. (Os locais mais comuns de propagação são para os pulmões, ossos, fígado e linfonodos distantes).

Números ou letras aparecem após T, N e M para fornecer mais detalhes sobre cada um destes fatores. Os números 0 a 4 indicam gravidade crescente. A letra X significa “não pôde ser avaliado, pois as informações não estavam disponíveis”.

 

Categorias T para Câncer Renal

TX: O tumor primário não pode ser avaliado (informações não disponíveis).

T0: Nenhuma evidência de tumor primário.

T1a: O tumor mede 4 cm (cerca de 11/2 polegadas) em sua extremidade ou é menor e está limitado ao rim.

T1b: O tumor mede mais que 4 cm, mas não maior que 7 cm (cerca de 2 ¾ polegadas) em sua extremidade e ainda está limitado ao rim.

T2: O tumor mede mais que 7 cm em sua extremidade mas ainda é limitado ao rim.

T3a: O tumor se espalhou pela glândula suprarrenal (que está situada sobre o rim) ou dentro do tecido adiposo ao redor do rim, mas não para além da camada fibrosa que circunda o rim e as proximidades do tecido adiposo (Fáscia de Gerota).

T3b: O tumor se espalhou para dentro da veia principal que leva para fora do rim (veia renal) e/ou a parte da maior veia que leva para o coração (veia cava) que está dentro do abdome.

T3c: O tumor atingiu a parte da veia cava que está dentro do tórax ou invadiu a parede da veia cava.

T4: O tumor se espalhou para além da fáscia de Gerota (camada fibrosa ao redor do rim e próximo do tecido adiposo).

 

Categorias N para Câncer Renal

NX: Os linfonodos regionais (proximidades) não podem ser avaliados (informação não disponível).

N0: Não se espalhou nos arredores dos linfonodos.

N1: Espalhou-se para os arredores de 1 linfonodo.

N2: Espalhou-se para os arredores de mais de 1 linfonodo.

 

Categorias M para Câncer Renal

MX: A presença de metástase distante não pode ser avaliada (informação não disponível).

M0: Não se espalhou para os linfonodos distantes ou outros órgãos.

M1: Presença de metástase distante; inclui a propagação para os linfonodos distantes e/ou para outros órgãos (tais como pulmões, ossos ou cérebro).

 

Grupamento por Estágio

Uma vez que as categorias T, N e M foram determinadas, esta informação é combinada para determinar o estágio global de I, II, III ou IV. O estágio identifica cânceres que apresentam um prognóstico semelhante, e portanto, são tratados de maneira semelhante. Os pacientes com estágio de menor número tendem a apresentar prognósticos melhores.

Estágio I

T1a-T1b, N0, M0: O Tumor mede 7 cm ou menos e é limitado ao rim. Não há disseminação para os linfonodos ou órgãos distantes.

Estágio II

T2, N0, M0: O tumor mede mais que 7 cm, mas ainda é limitado ao rim. Não há disseminação para os linfonodos ou órgãos distantes.

Estágio III

Diferentes combinações de categorias T e N são incluídas neste estágio.

T3a-T3c, N0, M0: O tumor principal atingiu a glândula suprarrenal, o tecido adiposo ao redor do rim, a veia renal e/ou a veia principal (veia cava) levando do rim ao coração. Ele não se espalhou para além da fáscia de Gerota. Não há disseminação para os linfonodos ou órgãos distantes.

T1a-T3c, N1, M0: O tumor principal pode ser de qualquer tamanho e pode estar fora do rim, mas não se espalhou para além da fáscia de Gerota. O câncer se espalhou para os arredores de 1 linfonodo mas não se espalhou para os linfonodos distantes ou outros órgãos.

Estágio IV

Existem diversas combinações de categorias T, N e M que estão incluídas neste estágio.

T4, N0-N1, M0: O tumor principal invadiu além da fáscia de Gerota. Espalhou-se para os arredores de mais de 1 linfonodo. Não se espalhou para os linfonodos distantes ou outros órgãos.

Qualquer T, N2, M0: O tumor principal pode ter qualquer tamanho e pode estar fora do rim. O câncer se espalhou para os arredores de mais de 1 linfonodo mas não se espalhou para os linfonodos distantes ou outros órgãos.

Qualquer T, Qualquer N, M1: O tumor principal pode ter qualquer tamanho e pode estar fora do rim. Pode ter se espalhado ou não para perto dos linfonodos. Espalhou-se para os linfonodos distantes e/ou outros órgãos.

 

Outros Sistemas

Embora o sistema de classificação TNM seja útil, alguns médicos têm apontado que existem outros fatores além da extensão do câncer que devem ser considerados na determinação do prognóstico e tratamento.

Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA) Sistema de Classificação Integrado

Este é um sistema mais complexo porém provavelmente mais preciso. Junto com o estágio do câncer, leva em consideração a saúde global da pessoa e o grau de Fuhrman do tumor para dividir pessoas em grupos de risco baixo, intermediário e alto. Você pode querer perguntar ao seu médico se ele ou ela usa este sistema e como ele pode se aplicar ao seu caso.

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Como todo tipo de tumor, ele tem início com a mutação genética de células. Inicialmente o câncer começa de maneira superficial na membrana mais interna da bexiga, membrana mucosa. Conforme essa célula sofre a mutação, ela começa a crescer desenfreadamente.
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