Saúde mental e a qualidade de vida

“Quando pensamos no conceito de saúde, facilmente nos remetemos aos resultados dos nossos últimos exames de sangue ou de imagem, da última consulta ao médico, das dores que vimos sentindo ou deixamos de sentir, do tratamento que ficou pendente, porque achamos que “já estava bem!”. Porém, raramente consideramos nosso estado mental. Assim como a saúde física, a mental é parte integrante do nosso sistema funcional orgânico e responsável pela manutenção de nossas habilidades produtivas, no contexto pessoal, social e profissional.

Sendo assim, a busca pelo equilíbrio de ambas revela a condição essencial para se ter uma vida de qualidade. Nos tempos da tecnologia, somos levados a buscar pela frequente atualização de uso dos meios virtuais que têm dominado nossa forma de trabalhar, entreter e de se relacionar. Consequentemente, não só estamos nos isolando em nossas bolhas, afastando-nos do convívio familiar e das relações de amizade, como também alimentando os sintomas de ansiedade, onde buscamos por respostas imediatas, e não toleramos quando isso não acontece. A falta de interação real (presencial) com as pessoas, com o tempo, poderá se transformar em sensação de solidão e desamparo (onde o mundo virtual mascara, ilude) que precede a depressão.

Há também vários outros hábitos que boicotam a nossa busca por um estado mental saudável, tais como: a ociosidade, o negativismo, o fanatismo (político, religioso), excesso de trabalho, uso compulsivo de álcool, drogas e jogo, permanência em ambientes e relações tóxicas, sejam essas em qualquer âmbito (familiar, conjugal, social ou de trabalho). Independentemente da cor da pele, gênero, idade ou classe social, nenhum de nós está isento de adoecer mentalmente, o importante é estarmos atentos aos sinais, e para tal, o autoconhecimento é essencial. Sintomas permanentes de apatia, tristeza, desânimo, insônia, choro, taquicardia, inquietação, medo, raiva, falta ou excesso de apetite e/ou pensamentos frequentes de morte são alertas importantes para buscar ajuda. Não é fraqueza nem frescura fazer psicoterapia, tampouco é “louco” para buscar um médico psiquiatra, esses conceitos são mitos e estão ultra ultrapassados!

Não deixe o tempo passar, como qualquer doença física, o sofrimento mental não vai se curar sozinho, e poderá se agravar. Cuide de sua saúde psíquica, e viva com qualidade!”

Por: Psicóloga Glaucia.

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