O ASH 2017 reúne os maiores hematologistas do mundo e traz o que há de novidade no tratamento de doenças ligadas ao sangue. Promovido pela American Society of Hematology, o congresso acontece na cidade de Atlanta, EUA e reúne mais de 25 mil médicos e profissionais da área da saúde. Mais de 300 médicos brasileiros participam do congresso que é considerado o maior do mundo sobre doenças do sangue. Durante todo o dia de hoje o medico hematologista Dr. Guilherme Perini – Hospital Israelita Albert Einstein, acompanhou diversas apresentações de novos estudos sobre Linfomas.

“Temos dados bastante interessantes. Acho importante falar sobre o follow up mais longo do ibrutinib para linfoma da zona do manto. Foram três anos e meio de acompanhamento de vários estudos que mostraram o papel do ibrutinib no linfoma do manto recaído ou refratário. Os estudos mostraram que um grupo desses pacientes, principalmente os politratados não tem uma sobrevida livre de progressão tão importante”, conta Perini.

Outro tema de debate no Congresso foi sobre a estratificação de risco de linfoma folicular. Mas, o dado mais importante, segundo o Dr. Perini, foi a resposta à terapia. Os pacientes que ficam sem progredir até dois anos são os que têm melhor resultado, explicou o especialista.

Já para o linfoma difuso de grandes células, os estudos não apresentaram novidades. A exceção é para a terapia CAR T-cell que, na avaliação do especialista, “ainda esta longe da nossa realidade”.

Ele concluiu destacando estudos que mostraram que a associação de azacetidina oral com o esquema R-CHOP apresentaram pacientes com praticamente 100% de resposta e 90% de resposta completa. “Vamos ficar de olho nessa novidade”, completou Perini.

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