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O ASH 2017 reúne os maiores hematologistas do mundo e traz o que há de novo no tratamento de doenças ligadas ao sangue. Promovido pela American Society of Hematology, o congresso acontece na cidade de Atlanta, EUA, e abordou temas relacionados às novas terapias para doenças linfoproliferativas. Este ano o evento aconteceu em Atlanta e reuniu mais de 25 mil médicos e profissionais da área da saúde. Só do Brasil foram mais de 300 médicos.

Carlos Chiattone, professor da Santa Casa de São Paulo e diretor da Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH), apontou que os principais avanços nesta área estão ligados aos tratamentos biológicos. “Estas terapias partem desde os anticorpos monoclonais até drogas que agem no metabolismo das células neoplásicas”, conta Chiattone.

O especialista explica que os tratamentos caminham para a redução do uso da quimioterapia para o combate das doenças. “Um passo decisivo que está sendo instaurado nos estudos clínicos é utilizar combinações dessas drogas biológicas”, explica. Chiattone acrescentou que o conhecimento biológico sobre as células vem crescendo a cada ano e que essa conquista representa um grande benefício para os pacientes.

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O ASH 2017 reúne os maiores hematologistas do mundo e traz o que há de novidade no tratamento de doenças ligadas ao sangue. Promovido pela American Society of Hematology, o congresso acontece na cidade de Atlanta, EUA e reúne mais de 25 mil médicos e profissionais da área da saúde. Mais de 300 médicos brasileiros participam do congresso que é considerado o maior do mundo sobre doenças do sangue. Durante todo o dia de hoje o medico hematologista Dr. Guilherme Perini – Hospital Israelita Albert Einstein, acompanhou diversas apresentações de novos estudos sobre Linfomas.

“Temos dados bastante interessantes. Acho importante falar sobre o follow up mais longo do ibrutinib para linfoma da zona do manto. Foram três anos e meio de acompanhamento de vários estudos que mostraram o papel do ibrutinib no linfoma do manto recaído ou refratário. Os estudos mostraram que um grupo desses pacientes, principalmente os politratados não tem uma sobrevida livre de progressão tão importante”, conta Perini.

Outro tema de debate no Congresso foi sobre a estratificação de risco de linfoma folicular. Mas, o dado mais importante, segundo o Dr. Perini, foi a resposta à terapia. Os pacientes que ficam sem progredir até dois anos são os que têm melhor resultado, explicou o especialista.

Já para o linfoma difuso de grandes células, os estudos não apresentaram novidades. A exceção é para a terapia CAR T-cell que, na avaliação do especialista, “ainda esta longe da nossa realidade”.

Ele concluiu destacando estudos que mostraram que a associação de azacetidina oral com o esquema R-CHOP apresentaram pacientes com praticamente 100% de resposta e 90% de resposta completa. “Vamos ficar de olho nessa novidade”, completou Perini.

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A utilização de brentuximab já é consolidada no Brasil para tratar pacientes com linfoma de Hodgkin recidivado pós-transplante, mas o ASH 2017 apresenta estudos com novidades no uso do medicamento em fases mais iniciais da doença. Jacques Tabacof, onco-hematologista do Centro Paulista de Oncologia (CPO), destacou a novas perspectivas do tratamento de linfoma de Hodgkin.

“Um estudo apresentado em plenária mostrou cerca de 1.300 pacientes que foram divididos para receber a antiga, boa e ainda clássica quimioterapia ABVD, em que o B, a bleomicina, foi substituída pelo brentuximab. O resultado foi positivo, conseguiram diminuir o risco de recidiva, com PFS aos três anos e diminuição de risco de 23%, um ganho absoluto de 5%”, afirma Tabacof.

Ainda é necessário recolher dados de sobrevida global para que, um dia, esse tratamento possa ser incorporado para todos os pacientes. “Há também problemas de custo, maior toxicidade e uso de fator de crescimento. Porém, é um dado científico importante e, com o tempo, pode ser que chegue aos pacientes na primeira linha”, comenta o onco-hematologista.

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Os médicos que participaram do maior Congresso de Hematologia do mundo, em Atlanta, EUA afirmaram que a imuno-oncologia é uma nova especialidade que vem dominando as pesquisas e revolucionando os tratamentos.

O Dr. Daniel Tabak, hematologista e oncologista do Rio de Janeiro constatou que “estamos vendo grande aplicabilidade desses novos conhecimentos, inclusive no Brasil”. A possibilidade de modificação de um regime terapêutico que vem sendo utilizado há muitos anos para o tratamento de doença de Hodgkin foi um dos destaques da sessão plenária, principal evento do Congresso.

Um fato que chamou a atenção foi que, pela primeira vez, um estudo comparativo de longo prazo foi demonstrado e rapidamente publicado. A pesquisa mostrou que uma nova droga chamada de brentuximab pode, potencialmente, substituir uma droga associada com uma série de complicações no tratamento da doença de Hodgkin, que é a bleomicina, explicou Tabak.

O especialista também acrescentou que para o Brasil isso representa um desafio muito grande, considerando o risco. “Acho que nós precisamos ter alguns cuidados antes de rapidamente implementar esse novo conhecimento, até porque é bem possível que a droga bleomicina, possa ser suprimida quase que totalmente sem comprometer os resultados”.

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O Dr. Bernardo Garicochea, oncologista e hematologista do Grupo Oncoclínicas, disse que um dos assuntos que mais chamaram a atenção no ASH foi a nova terapia conhecida como CAR T-cell.

“É muito mais que uma forma de tratamento, é um conceito novo de se tratar o câncer. Por acaso, neste momento, os cânceres iniciais que estão sendo tratados e documentados são as leucemias linfoides e mieloides agudas e os linfomas difusos. Mas este tipo de terapia, pela sua plasticidade e capacidade de gerar respostas muito profundas, será estendida para tumores sólidos também”, explicou.

O que se busca agora, segundo o Dr. Garicochea, é dimensionar a toxicidade. Apesar disso, “os resultados obtidos até agora são impressionantes na redução de morbidades e mortalidades pelo uso de CAR-T”. O maior problema é o custo do tratamento, acima de 400 mil dólares.

Em relação a Linfoma do Manto, dois estudos de longo follow up se destacaram no ASH, na avaliação do Dr. Bernardo Garicochea. Um estudo apresentado com o uso de lenalidomida com rituximab, chamado R-Square em linha inicial mostrou resultados que são impressionantes. “Em torno de 2/3 dos pacientes continuam com resposta clínica após cinco anos de tratamento, e esses são pacientes que não eram candidatos a transplante de medula: pacientes mais idosos, mais frágeis”, explicou Garicochea.

“E a gente fica se perguntando se essa forma de tratamento não tenderia a substituir o transplante de medula, também em uma fase inicial, já que essa comparação ainda não foi feita”, acrescentou o especialista.

O Dr. Garicochea informou também que outro estudo foi considerado fascinante em Linfoma do Manto, iniciado em 2004, acompanha pacientes que foram randomizados para receber R-CHOP e R-FC. “O resultado desse estudo, de uma forma bem simples, foi que os pacientes que recebiam R-CHOP, viveram mais do que aqueles que recebiam R-FC. Os pacientes que receberam R-CHOP com manutenção por rituximab viveram mais do que aqueles que receberam manutenção com Interferon”, frisou o médico.

A utilização de R-CHOP com manutenção com rituximab, em pacientes com Linfoma do Manto, ainda continua sendo uma das melhores estratégias para pacientes que não podem ser transplantados, concluiu.

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