Descobri o câncer de rim no início do mês de abril de 2019, na semana do meu aniversário de casamento. Na ocasião, fui fazer um ultrassom endovaginal, de rotina mesmo, a ginecologista havia solicitado este ultrassom desde fevereiro, mas por várias questões só fui fazer em abril, afinal era somente rotina, nada de tão importante pra mim. A médica ultrassonografia, por acaso, digo, fiada por Deus, verificou todo meu abdômen e constatou um nódulo no meu rim direito. Chegando em casa, mostrei ao meu esposo que bem sincero já me falou que poderia ser um câncer, foi um dos dias mais tristes que vivi até hoje.
Tenho duas filhas, a Sara de 5 anos e a Ester de 6, e meu primeiro pensamento foi: estou com câncer, vou morrer e deixar minhas filhas desamparadas.
A partir daí comecei a saga indo em vários médicos, (nefrologista, urologista, oncologista etc…) e inúmeros exames que confirmaram o câncer.
As minhas filhas e o meu esposo foram a minha força, afinal, morrer não era uma opção. Passei pela nefrectomia parcial do rim direito no dia 22 de maio, tinha um medo gigantesco, pois nunca havia passado por qualquer cirurgia, nem mesmo cesariana. No meio disso tudo vi minha mãe e irmãs se afastarem de mim…
Deus foi muito bom e tudo deu certo, melhor que o esperado, segundo a equipe médica.
Até aquele momento de descoberta eu não sabia da existência do câncer de rim. A palavra “câncer” por si só é muito forte, vi várias pessoas chorando depois da minha descoberta. Hoje digo que o câncer não é o fim de tudo, foi essa doença que me despertou pra vida… Pra viver o melhor que temos hoje. O apoio de amigos e de pessoas que passaram pela luta contra o câncer m ajudou muito. Agora já faço o acompanhamento contra a doença.
Hoje digo que o câncer tem cura sim… Deus, família e amigos foram a minha base pra vencer.