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Pacientes que sofrem de polineuropatia amilodóitica familiar (ou paramiloidose), mais conhecida pela sigla PAF, já terão acesso no SUS ao tafamidis meglulina, o único medicamento aprovado para combater essa doença rara. O Secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde publicou a portaria de incorporação que estabelece esse tratamento no Diário Oficial da União, nesta quinta-feira, 18 de janeiro. Dessa forma, essa alternativa terapêutica estará disponível à população em até 180 dias.

O Ministério da Saúde estima que existem cerca de 4.800 brasileiros diagnosticados com PAF, uma doença genética e hereditária, ainda sem cura, que afeta as células nervosas e provoca distúrbios no sistema nervoso. A condição, que geralmente se manifesta a partir dos 20 anos, ocorre quando uma mutação faz com que a proteína transtirretina (TTR) seja produzida de forma instável e se aglomere em vários tecidos do corpo. A TTR transporta hormônios e outras moléculas que regulam diversas funções do organismo e é produzida principalmente pelo fígado.

Em decorrência dessa mutação, os pacientes sofrem dores crônicas, formigamento e perda de sensibilidade em braços e pernas, cansaço muscular, visão borrada, diarreia e outros problemas que podem se intensificar a medida que a doença evolui. Aprovado pela Anvisa em 2016, o tafamidis se destinará ao tratamento dos pacientes em estágio inicial da doença.

O medicamento, que custa cerca de R$ 21 mil ao mês, chega ao SUS para suprir a falta de opções terapêuticas para a doença — em casos avançados, a única alternativa é o transplante hepático— A droga estabiliza a proteína TTR e, apesar de não fazer com que os sintomas adquiridos regridam, desacelera a progressão natural da doença. Após a avaliação da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias (CONITEC) no SUS, o medicamento foi recomendado para pacientes em fase inicial e que não tenham realizado transplante de fígado. Os estudos científicos indicam que são os pacientes com esse perfil que mais se beneficiam do tratamento com tafamidis.

“A incorporação desse remédio é fundamental para os pacientes, pois ele faz com que a doença avance o mais lentamente possível”, destacou Márcia Waddington Cruz, diretora do Centro de Estudos em Paramiloidose Antônio Rodrigues de Melo (CEPARM), no Rio de Janeiro, e uma das maiores especialistas do país na doença. Ela explica que o tafamidis é uma alternativa terapêutica segura, sem os problemas que o transplante de fígado acarreta. “A taxa de mortalidade por transplante ainda é considerada alta e, além disso, não há órgãos para todos os pacientes”, diz.

Para Fábio Figueiredo de Almeida, paciente e presidente da Associação Brasileira de Paramiloidose (ABPAR), a chegada desse tratamento ao SUS representa um marco. “Além de melhorar a qualidade de vida dos pacientes, essa incorporação abre portas para que outros medicamentos que já estão sendo testados em outros países possam ser registrados no Brasil”, afirma.

O presidente da ABPAR, que foi diagnosticado com PAF em 2012, acrescenta que se trata também de uma vitória para médicos que cuidam há anos de pacientes com essa doença. “Antes, eles cuidavam de um paciente com uma sentença de morte nas mãos, porque não havia nenhum tratamento”, diz.

Veja aqui o relatório técnico da CONITEC com informações detalhadas sobre a recomendação de incorporação do tafamidis.

Fonte: http://conitec.gov.br

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O pertuzumabe estará disponível para pacientes com câncer de mama metastásico HER-2 positivo

O Secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos republicou a portaria de incorporação do medicamento pertuzumabe para o tratamento de pacientes com câncer de mama metastásico HER-2 positivo na rede pública de saúde, por incorreção na portaria original, publicada em 04 de dezembro de 2017. O fármaco estará disponível no SUS em até 180 dias. A republicação foi divulgada nesta sexta-feira, 19 de janeiro, no Diário Oficial da União.

O câncer de mama, que ocorre quando há uma multiplicação anormal das células mamárias, que crescem de maneira desordenada e formam tumores, é um dos cânceres mais diagnosticados, principalmente a partir dos 50 anos. Entre 15% e 20% dos casos apresentam superexposição da proteína HER-2 positivo, o que corresponde ao pior prognóstico, pois o tumor se faz mais agressivo, cresce e se prolifera com maior capacidade de invasão e disseminação para outros órgãos (metástase).

O tratamento se realiza com quimioterapia, radioterapia e terapia-alvo (que ataca especificamente as células cancerígenas). O medicamento pertuzumabe associado a trastuzumabe e docetaxel foi incorporado ao SUS por proporcionar um aumento de 15,7 meses no tempo de sobrevida global (tempo de sobrevivência desde o início do tratamento, sem que o paciente faleça).

A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (CONITEC) recomendou a utilização desse fármaco após analisar seus benefícios e considerar as contribuições de pacientes, familiares, sociedade médica e profissionais da saúde por meio das contribuições recebidas na consulta pública.

Veja aqui o relatório técnico com informações detalhadas sobre a incorporação.

Fonte: http://conitec.gov.br/

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Você conhece os riscos que o tabagismo pode causar na sua vida?

O mais conhecido inimigo do pulmão também pode trazer doenças para o coração.

O tabagismo tem grande impacto sobre a saúde cardiovascular, além de causar dependência física, psicológica e comportamental semelhante ao que ocorre com o uso de outras drogas.

Não faz diferença como o tabaco é consumido: cigarros, charutos, cachimbos e narguilés fazem mal à saúde.

O tabaco mata mais de sete milhões de pessoas por ano, das quais cerca de 900 mil são não-fumantes que morrem por respirar o fumo passivo.

Doença cardiovascular: o que é?

Doença cardíaca e acidente vascular cerebral (AVC) são, sobretudo, causados por um bloqueio que impede o sangue de seguir para o coração ou para o cérebro.

O tabagismo é um fator que aumenta o risco de ocorrência de doenças cardiovasculares, pois forma placas de gordura nos vasos sanguíneos; aumenta a pressão arterial e a frequência cardíaca; induz a resistência à insulina e diabetes e produz inflamação e trombose. Além disto, a inalação de monóxido de carbono reduz a quantidade de oxigênio transportado pelo sangue.

  • Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), as doenças cardiovasculares são as principais causas de morte em todo o mundo (17,7 milhões de pessoas todos os anos).
  • No Brasil, as doenças cardiovasculares são responsáveis por quase 30% de todos óbitos registrados no país anualmente, ocorrendo, em muitos casos, em indivíduos em idade produtiva (entre 35 e 64 anos).
  • Os não fumantes, que respiram a fumaça do tabaco, têm risco aumentado de desenvolver doenças cardíacas em 25 a 30%.
  • Para aqueles que param de fumar, após um ano, o risco de morte por infarto do miocárdio é reduzido à metade.

 

Fonte: INCA

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Ao todo serão lançados, até 2018, 47 protocolos que tem como objetivo reduzir a mortalidade e melhorar a qualidade de vida de pacientes e familiares

Até o final deste ano, pacientes de 12 doenças raras contarão com Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) organizados pelo Ministério da Saúde. O objetivo é reduzir a mortalidade e contribuir para a melhoria da qualidade de vida dos pacientes de doenças raras, com a incorporação de novas tecnologias no Sistema Único de Saúde (SUS). Esta é a primeira fase da ação que tem como objetivo lançar 47 PCDT para doenças raras até 2018.

Para a elaboração dos Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas (PCDT), que orientam médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e demais profissionais de saúde a como realizar o diagnóstico, tratamento e reabilitação dos pacientes foram consultados cerca de 60 especialistas brasileiros. O documento, colocado em consulta pública, recebeu 834 contribuições, sendo 760 de pacientes, familiares, amigos ou associações de pacientes, o equivalente a 91%.

“Estas publicações auxiliarão o Ministério da Saúde, por meio da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias (Conitec), na tomada de decisões para a inclusão de novos medicamentos e procedimentos seguros e eficazes para as pessoas com doenças raras”, esclareceu o secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde. Jarbas Barbosa.

Todos os protocolos estão organizados dentro da Política Nacional de Atenção Integral às Pessoas com Doenças Raras, lançada em 2014. As publicações têm como base os conceitos das Redes de Atenção à Saúde que contam com sistemas logísticos e de apoio necessários para garantir a oferta de ações de promoção, detecção precoce, diagnóstico, tratamentos e cuidados paliativos e integral no SUS.

“Todos os processos incluídos nestes protocolos estão baseados em evidências científicas, levando em consideração aspectos importantes como eficácia, efetividade e segurança, que são fundamentais para oferecer uma linha de cuidado cada vez melhor e que ofereça mais qualidade de vida ao paciente e também aos seus familiares”, destacou o coordenador geral de Média e Alta Complexidade do Ministério da Saúde, José Eduardo Fogolin Passos.

DOENÇA RARAS – De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), doenças raras são aquelas que afetam até 65 pessoas a cada 100 mil indivíduos. Para a implementação da Política Nacional de Atenção Integral às Pessoas com Doenças Raras, foram incorporados, inicialmente, 15 exames de biologia molecular e citogenética, além do aconselhamento genético na tabela de procedimentos do SUS.

O número exato de doenças raras ainda é desconhecido, mas atualmente são descritas de sete a oito mil doenças na literatura médica, sendo que 80% delas decorrem de fatores genéticos e os outros 20% estão distribuídos em causas ambientais, infecciosas e imunológicas.

A previsão do investimento para a política é de aproximadamente R$ 130 milhões. O custeio dos procedimentos para diagnósticos de doenças raras é efetuado por meio do Fundo de Ações Estratégicas e Compensação (FAEC) e repassado aos Estados, Distrito Federal e Municípios.

Para as doenças que ainda não contam com protocolos próprios, a assistência e o cuidado às pessoas com doenças raras continuarão a seguir as diretrizes estabelecidas pela Política Nacional de Atenção às Pessoas com Doenças Raras no SUS.

EIXO/GRUPO

DOENÇAS/GRUPOS DE DOENÇAS

EIXO I – Anomalias Congênitas ou de Manifestação Tardia

Polineuropatia amiloidótica familiar
Anomalias da determinação e diferenciação do sexo
Imunodeficiências primárias
Anomalias Cromossômicas e complexos malformativos (Incluindo: Cranioestenoses / Disostoses Crâniofaciais; Osteocondrodisplasias; Síndrome de Marfan e afins; Doenças de Reparo do DNA / Instabilidade cromossômica; Síndrome de Noonan e afins, e Facomatoses)
EIXO I – Deficiência Intelectual Deficiência intelectual associada a Síndromes e complexos malformativos
Deficiência Intelectual associada à alteração cromossômica
Síndrome Rett e afins
Síndrome do X-Frágil
Deficiência intelectual ligada ao cromossomo X
Deficiência Intelectual de causa teratogênica
Deficiência Intelectual não sindrômica idiopática
Deficiência intelectual autossômica não sindrômica

EIXO I – Erros inatos do metabolismo

Aminoacidopatias (Incluindo os neurotransmissores diagnosticados em conjunto com as hiperfenilalaninemias)
Erros inatos do metabolismo com manifestação aguda (Incluindo: Intolerâncias a açúcares; Defeitos de ß-oxidação dos ácidos graxos; Distúrbios do ciclo da Uréia; Glicogenoses; Acidurias Orgânicas)
Adrenoleucodistrofia ligada ao Cromossomo X e Doenças Peroxissomais
Distúrbio do metabolismo dos metais e Porfirias

EIXO II – Infecciosas

Infecção por micobacteria atípica e BCGite

Fonte: Ministério da Saúde

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